Há três anos por esta altura, quando estreava a peça O Preço, de Arthur Miller, João Lourenço anunciava o próximo encerramento do Teatro Aberto. Então, escrevi aqui que ecoaram a palavra medo e a ideia não ter medo. E não me lembro se empregou a palavra resistência ou se a ideia foi apenas pensada por mim. As companhias estavam a sofrer um forte desinvestimento da cultura, com o Teatro Aberto a receber menos 73% de subsídio estatal do que fora previsto.
Agora, na comemoração dos 40 anos do Teatro Aberto, inaugurado em 1976 com a peça de Brecht O Círculo de Giz Caucasiano, parece mais confiante. João Lourenço ouviu palavras de estímulo do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, quando o protocolo com a EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural) está assinado e esta entidade ligada à Câmara de Lisboa passa a gerir o teatro, e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que atribuiu ao Teatro Aberto o grau de Membro Honorário da Ordem da Instrução Pública, galardão por altos serviços prestados na educação e no ensino. João Lourenço
Encantador foi o filme sobre a vida do Teatro e algumas das suas representações mais emblemáticas. Mas, ao mesmo tempo, estranho - ver o teatro em filme, ver excertos de peças em filme com enquadramento e cortes.
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