O e-book Jornalismo radiofónico, de João Paulo Meneses, com 129 páginas, editado pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (Universidade do Minho, Braga), é a reescrita de Tudo o que se Passa na TSF, publicado em 2003, com a preocupação de desenvolver uma questão muito importante para ser esquecida: a comunicação radiofónica e o jornalismo são condicionados pelas características de receção do próprio meio. Desse modo, o autor desenvolveu o capítulo sobre ruído. Outras preocupações foram evitar repetições ou eventuais incoerências.
Retiro uma parcela do texto (p. 7), espécie de introdução ao que é rádio: "A rádio é, entre os diversos meios de difusão, aquele que mais influencia a mensagem, ou seja, que mais condiciona os conteúdos. Enquanto meio (isto é, veículo de transmissão de mensagens selecionadas), a rádio possui determinadas características; a televisão, o jornal ou a internet também, claro. Mas só na rádio se verifica uma verdadeira acumulação (poder, simultaneamente, ler o jornal e ouvir rádio, cozinhar e ouvir rádio, conduzir e ouvir rádio). A rádio que hoje conhecemos é a que se reposicionou quando surgiu a televisão: deixou a sala de
estar e a noite, passando para o carro (e cada vez mais para os smartphones) e para o dia. Ou seja, este consumo secundário é fortemente influenciador da capacidade e qualidade de receção do ouvinte. Ignorar isso, por parte de quem comunica na rádio – neste caso dos jornalistas – é o primeiro e derradeiro pecado".
João Paulo Meneses foi profissional da TSF, tem doutoramento em comunicação e trabalha atualmente na Escola Superior de Jornalismo (Porto). O seu hóbi preferido é criar bonsais, as pequenas árvores japonesas, participando em exposições em Vila do Conde, concelho onde reside.
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