sábado, 21 de janeiro de 2017

João Paulo Guerra recusado para o lugar de provedor do ouvinte

João Paulo Guerra foi recusado para o lugar de provedor do ouvinte pelo Conselho de Opinião (CO) da RTP. No final de novembro, tinha sido recusado o nome de Joaquim Vieira. Agora, foi a vez de jornalista João Paulo Guerra, também colaborador da Antena 1. A administração da RTP terá de indicar um terceiro nome para suceder a Paula Cordeiro.

Atualização a 23 de janeiro de 2017: "O provedor do telespetador da RTP, Jorge Wemans, afirmou hoje estar «atónito e profundamente chocado» com o chumbo do nome do jornalista João Paulo Guerra para provedor do ouvinte pelo Conselho de Opinião, na passada sexta-feira. «Estou atónito e profundamente chocado com a recusa do Conselho de Opinião da RTP de aceitar João Paulo Guerra como provedor do ouvinte. Não vislumbro qualquer fundamento para esta decisão», afirmou Jorge Wemans, num comunicado (Diário de Notícias). Não terão sido divulgadas as razões do Conselho de Opinião e Jorge Wemans, nomeado provedor do telespectador, função iniciada há um mês, questiona a posição vinculativa daquele conselho e reserva-se o direito de tomar posição sobre a decisão.

Atualizado a 24 de janeiro de 2017: "O Conselho de Opinião da RTP chumbou o nome de João Paulo Guerra para Provedor do Ouvinte. Já tinha feito o mesmo com Joaquim Vieira. Em 2010, vetou o meu nome para Provedora da Televisão. Os possíveis provedores são indicados pelo Conselho de Administração da RTP e são depois obrigados a submeter-se a um sinistro exame feito por conselheiros cujo percurso profissional, a maior parte das vezes, não os habilita a julgar quem têm à sua frente. No meu caso, a RTP recorreu ao tribunal onde se exigiu a gravação da memorável audição. Nunca essa gravação apareceu, apesar de ter sido feita. E nunca ninguém explicou publicamente a razão de tão misterioso veto, embora todos os que estavam envolvidos dominassem bem o que se passou nos bastidores. Por conhecer os corredores de toda a situação, desisti do processo em tribunal, porque me cansei dessa gente. A pergunta que se coloca é a seguinte: pode o Conselho de Opinião continuar a ter este poder"? (Felisbela Lopes).

Atualizado a 29 de janeiro de 2017: ver a página do Facebook Provedor João Paulo Guerra, não. Porquê?

Atualização a 4 de fevereiro de 2017: "O Conselho de Opinião da RTP concluiu hoje [3 de fevereiro de 2017] não ser possível fundamentar o chumbo do nome do jornalista João Paulo Guerra para Provedor do Ouvinte, sendo o resultado da votação enviado à administração sem a exigida fundamentação. O Conselho de Opinião da RTP tinha convocado com urgência um plenário para hoje sobre o chumbo de João Paulo Guerra. Em comunicado, aquele órgão adiantou que, tendo reunido para deliberar sobre a fundamentação da votação havida, no dia 20 de janeiro último, sobre o candidato a provedor do ouvinte, senhor João Paulo Guerra, o Conselho de Opinião da Rádio e Televisão de Portugal, concluiu hoje não ser possível fundamentar esse voto em cumprimento do disposto do n.º 5 do artigo 34.º dos Estatutos da empresa. Por isso, foi aprovado pelos conselheiros -- por unanimidade e aclamação -- o envio ao Conselho de Administração [da RTP] do resultado da votação, desfavorável ao candidato, sem a exigida fundamentação" (TSF).

Atualização a 6 de fevereiro de 2017: "O jornalista João Paulo Guerra é o novo Provedor do Ouvinte da Antena 1 e restantes rádios do grupo RTP. Como assume hoje funções, já não vai assinar O Fio da Meada da próxima sexta-feira. A tarefa fica em boas mãos: será um prazer escutar de novo na telefonia a Alexandra Lucas Coelho" (João Paulo Baltazar).

Parabéns ao novo provedor do ouvinte.

1 comentário:

Rui Luís Lima disse...

Como leitor de jornais, ouvinte de radio e espectador da televisão, já lá vão longos anos, começo a ficar perplexo com as decisões deste Conselho de Opinião.
Boa Tarde