O IKEA SEGUNDO SÓNIA MORAIS SANTOS
Confesso que não gostei das intervenções dela no programa da manhã da Antena 1, ao longo de vários meses, conforme o escrevi aqui. Mas os seus textos no DNA à sexta-feira são pequenas pérolas, que eu leio atentamente. Logo: fui injusto para com ela [tenho seguido a sua vida familiar, através dos seus textos; desejo felicidades à sua agora aumentada família].
Na edição de ontem, ela escreveu sobre o Ikea. De um modo fascinante! Ao contrário da minha escrita, pretensamente mais analítica e sociológica, o seu modo de escrever é um fresco, seguimos as frases como se estivéssemos a ver. Ela é uma jornalista com um forte sentido de reportagem, para não dizer romancista. Nas suas peças, está lá tudo: cheiros, gestos, o burlesco e o grotesco.
Recordo que, uma ocasião, quando escrevi aqui no blogue sobre o outlet de Alcochete, Sónia Morais Santos também o fez no mesmo dia. Aquilo que eu vi em tons cinzentos, ela mostrou uma paleta de cores. Agora, numa altura em que eu dei voz aos meus alunos de licenciatura [e aproxima-se o tempo de dar voz aos de mestrado], e em que falei do Ikea, ela escreve sobre o tema. Quase que dá vontade de pegar nos textos dela e compará-los com os que saem aqui. Eu ficaria a perder, certamente.
Tenho escrito também sobre a importância do caderno de sexta-feira do Diário de Notícias, dirigido por Pedro Rolo Duarte. Os textos que este edita no DNA são também motivo de muito prazer em termos de leitura. Copio aqui parte da página onde ele reflecte sobre revistas, um espaço de muita e boa informação. Pois vejo a capa da revista do Sunday Times sobre a qual eu também escrevi.
Chamo, contudo, a atenção para a entrevista de capa: Dalila Rodrigues, a nova directora do Museu Nacional de Arte Antiga. Inteligente e bonita, qualidades que aprecio obviamente numa mulher, a entrevista conduzida por Paula Oliveira traça um retrato que vale a pena ler. E as(os) alunas(os) do mestrado irão com certeza trabalhar este texto, dentro dos conceitos de indústrias culturais e criativas que espero desenvolver nas semanas mais próximas.
1 comentário:
Ikea é do género feminino, portanto deve dizer-se "a Ikea". É um erro que a Sónia Morais Santos também comete no texto do DN.
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