terça-feira, 22 de março de 2005

BARÓMETRO DA COMUNICAÇÃO

Destaquei, alguns dias atrás, o primeiro Barómetro da Comunicação lançado pelo Obercom. Agora, já estou em condições de dar mais detalhes, depois de ler o CD-ROM contendo a informação disponibilizada.

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Para o Obercom, o barómetro pretende ser um instrumento de análise. Segundo a carta que acompanha os indicadores, ele contribui "para a objectivação da análise sectorial através da investigação continuada das cadeias de valor e da sobreposição comparativa dos respectivos indicadores. Mais à frente, o mesmo documento indica que "a comparação estatística e o surgimento de tendências [podem] ser analisadas e comentadas por painéis de peritos, constituídos segundo critérios de representatividade sectorial e com substrato técnico e científico". Para além da introdução, o documento inclui objectivos, histórico, nota metodológica e ficha técnica.

O trabalho agora divulgado cruza a estrutura dos anuários e com o texto teórico saído no penúltimo número da revista do Obercom (título: A cadeia de valor do audiovisual), feito por uma equipa de investigadores liderado por Carla Martins. Traz a data de Dezembro mas contém informação até 2003 e apenas no audiovisual (televisão), com alguns campos vazios na área. Embora não invalide a importância do barómetro publicado, parece-me que houve precipitação na sua concepção e divulgação. Era preferível, quanto a mim, esperar pelo final do primeiro trimestre deste ano e incluir dados referentes a 2004.

Dos elementos agora publicados, escolhi o do custo médio da produção por hora e por género de produção: em 2002, atingia a verba de €17,91 mil, baixando para €12,83 mil em 2003. Já o custo de produção por hora na ficção desceria de €129,98 mil em 2002 para €13,61 mil no ano seguinte (o que me julgo pouco provável, dada a redução de quase cem por cento!).

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