domingo, 10 de abril de 2005

O MUNDO APETITOSO DAS REVISTAS DE (SOBRE A) TELEVISÃO

Em artigo assinado por Nuno Azinheira, o Diário de Notícias de hoje faz uma análise das revistas de televisão, a propósito do 18º aniversário da TV 7 Dias, a líder de mercado no segmento. A revista (do grupo Impala) vendeu em 2004 quase 169 mil exemplares por semana, deixando para trás a TV Guia (grupo Cofina), com 82 mil exemplares por semana, e a TV Mais (da Edimpresa), com quase 70 mil exemplares semanais (dados da Associação Portuguesa de Controlo de Tiragens, APCT).

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A peça de Azinheira toca em alguns dos pontos mais importantes numa abordagem às revistas do género: o piscar de olho ao "glamour" do social e o sensacionalismo, a que responde a directora da TV 7 Dias, Luísa Jeremias, à frente da publicação há dois anos. Quanto ao lado do embelezamento do social, a jornalista entende que as histórias publicadas são investigadas, ao passo "que as revistas cor-de-rosa passam ao de leve sobre elas". E rejeita o sensacionalismo, pois o que fazem "é jornalismo de investigação, um género que infelizmente cada vez se pratica menos na nossa imprensa". Mas Jeremias entra em contradição, ao reconhecer que um corpo redactorial de 13 jornalistas "para uma publicação de 160 páginas e o destacável sobre telenovelas" é curto. Ora, sabe-se que o jornalismo de investigação implica muita disponibilidade de tempo para procurar dados e fontes de informação.

A TV 7 Dias, quando nasceu em 1987, concorreu directamente com a então líder TV Guia (que pertencia ao grupo RTP). A situação inverteu-se, devido também à vida desta segunda publicação, cujo título renasceu dentro de outro grupo mediático. De notar ainda a informação que acompanha os dados referentes a cada uma das três publicações, em termos de audiência média (Marktest): 1) TV 7 Dias, 6,3%, 2) TV Guia, 5,2%, 3) TV Mais, 3,5%.

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