terça-feira, 12 de abril de 2005

QUEIMAR, SUGERI EU?

Escreve hoje Pedro Fonseca, do blogue ContraFactos & Argumentos, sob o título "Um conjunto de nada": "1) Rogério Santos do Indústrias Culturais atira com a candidatura de JPMenezes para provedor do Público. Em tempos de conclaves papáveis, é para queimar? É pena...".

Reconheço que o título mordaz e o uso do verbo "queimar" me magoaram, mas quem anda numa praça pública arrisca-se a ouvir/ler comentários menos lisonjeiros. Não, eu não quero queimar ninguém. Aliás, tenho uma grande admiração pelo trabalho de João Paulo Meneses, desde que vi e comentei as provas do seu livro Tudo o que se passa na TSF. O que ele escreveu nesse livro de estilo de rádio - e que eu positivamente anotei aqui na devida altura - e o que tem escrito no seu blogue exactamente sobre os provedores de leitor dos jornais, no qual venho colocando frequentes comentários mostrando a minha concordância, prova que eu não quero eliminá-lo. Dei uma sugestão. Não sou pirómano e a minha influência é reduzidíssima (ou nenhuma, acrescento).

O post de Pedro Fonseca tem um elemento útil, o link para o blogue Não Sei Brincar. Neste blogue, há uma mensagem assinada por António Vergara e que merece muita atenção. Ele escreve sobre a blogosfera e a "infinita variedade da estupidez humana". Apesar de concordar com quase tudo, noto na mensagem uma tendência apocalíptica que deixa quase imobilizada a capacidade humana de imitar os bons modelos. Ora: lê a blogosfera quem quer; ela não se impõe autoritariamente nem custa dinheiro.

Adenda: ainda sobre o blogue ContraFactos & Argumentos. O Pedro Fonseca escreveu no passado dia 7, mas só li hoje, uma ligação entre o novo blogue de Helder Bastos, Travessias Digitais, e um texto que aqui publiquei sobre o livro de Dan Gillmor, Nós, os media. Ao Helder, um grande abraço daqui de Lisboa até ao Porto e desejos de um bom blogue sobre "media, novos media, jornalismo e ciberjornalismo".

Sem comentários: