MAIS UMA TESE DE MESTRADO EM RÁDIO
Defendida esta manhã, aqui em Coimbra, uma tese de mestrado com a nota máxima, a de Sílvio Santos, intitulada A rádio no quotidiano. Estudo sobre hábitos de audição de adultos e jovens no concelho de Coimbra, na Faculdade de Letras desta cidade (Instituto de Estudos Jornalísticos, de onde estou a escrever o post).
O texto divide-se em três partes: contexto e revisão teórica, investigação da rádio e suas audiências, hábitos de audição no concelho de Coimbra. A tese teve como objectivos identificar o papel e o lugar da rádio no quotidiano dos ouvintes de Coimbra. O agora mestre, pelo método de inquérito, abordou duas gerações, a dos pais e a dos filhos: 1) 17-19 anos, 73 indivíduos, com respostas predominantemente femininas, cerca de 3/4, "sem paciência para ouvirem programas falados", 2) 40-58 anos, pais daqueles jovens, 101 indivíduos, com equilíbrio entre homens e mulheres, habituados a ouvir informação em rádio.
Como principais conclusões, Sílvio Santos apresentou: 1) a rádio é um elemento presente no quotidiano dos grupos, 2) a audição de rádio é uma actividade em simultâneo com outras (80%), 3) a rádio é o principal suporte para audição de rádio, 4) um número maior de respondentes prefere ouvir as estações nacionais, mas procura informação nas rádios locais, 5) a esmagadora dos ouvintes fazem-no nas frequências de FM e não em DAB. O grupo dos jovens ouve música em casa enquanto estuda, ao fim da tarde e à noite, preferindo música e as estações RFM, Mega FM e Cidade FM. Já o grupo mais velho ouve rádio de manhã cedo, buscando um misto de música e informação (Antena 1 e TSF). Uma ideia interessante da tese agora defendida é a de considerar a escuta de rádio no automóvel como uma extensão da esfera íntima do lar, o que explica melhor o comportamento dos ouvintes adultos.
Sem comentários:
Enviar um comentário