quinta-feira, 24 de novembro de 2005

A AULA DE HOJE

Foi agradável, na aula de hoje, ouvir Raquel Ribeiro Santos, responsável pelos Serviços Educativos da Culturgest.

O que disse? Dos serviços educativos criados há cerca de um ano, dos projectos a eles associados, das visitas guiadas. Foi uma presença jovem e pedagógica, onde ela falou dos públicos criados e a criar, os públicos reais e os públicos potenciais. Referiu-se à programação anual, que inclui públicos infantis (3 a 5 anos) e primeiro ciclo de escolaridade.

Os formatos da informação em papel constituiram outro dos temas abordados, estabelecendo elas comparação entre informação produzida pela Culturgest nos vários programas produzidos e com programas de outras instituições da cultura (benchmarking). Raquel Ribeiro Santos, que tem uma grande exigência com esses documentos e que constituem o primeiro cartão de visita da sua instituição, mostrou alguns dos exemplares, uns maiores que outros mas sempre adaptados às circunstâncias (como os enviados por correio) [a imagem ao lado, retirada do quadro a óleo e lápis de óleo sobre tela, de Fátima Mendonça, Salinha forrada a bolo-mármore, de 2004-2005 (exposição patente até 18 de Dezembro) encabeça um dos cartazes dos Serviços Educativos da Culturgest].

A programação para as escolas assenta numa grande empatia com alunos e professores, tendo, previamente, de identificar necessidades e características. Uma das melhores regras é saber o que as escolas estão a fazer, para aumentar essa empatia. Além de criar uma rede de professores, com quem produz uma avaliação do trabalho conjunto desenvolvido.

Segundo a nossa convidada, trabalhar com públicos infantis ou muito jovens implica também estabelecer - para além das escolas - ligação aos pais das crianças, no que ela designou por públicos familiares. Tal quer dizer ainda mostrar o que a Culturgest é: 1) a identidade desta, 2) o que ela está a fazer (teatro, música, exposições, etc.), e 3) contactos, como o telefone ou o e-mail.

A mim, que sou vizinho da Culturgest, ela deu um aspecto distinto da zona residencial de influência da instituição: público relativamente jovem e de nível económico elevado, logo público(s) potencial(ais) para visitar aquele espaço cultural. Uma política de proximidade, nomeadamente com as escolas da zona, levam-na a um contacto muito pessoal e através do telefone.

Observação: no ano lectivo passado, convidara Bárbara Coutinho e Marise Francisco, dos Serviços Educativos do Centro Cultural de Belém (CCB) [ver mensagem de 10 de Dezembro de 2004]. Não sabia, até pouco tempo antes, da enorme importância deste tipo de serviços dentro de instituições como a Culturgest, CCB ou Gulbenkian. Por detrás destes serviços está uma grande responsabilidade em formar ou apoiar a formação de públicos da cultura. Quanto a mim, não tem sido realçado este esforço das instituições e dos seus jovens mas muito bem preparados quadros (mais no feminino que no masculino, parece-me).

1 comentário:

Principessa disse...

parece que a fotografia vai chegar atrasada, visto o post já estar escrito. É pena...