O DEBATE DA TELEVISÃO NO ESPAÇO PÚBLICO
Hoje, no jornal Público, nove investigadores do departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, encabeçados por Moisés de Lemos Martins, escrevem sobre o processo em curso de renovação das licenças de televisão.
Dizem os investigadores no ponto 2 do seu texto: "Quinze anos depois [da atribuição de licenças], que avaliação se faz da oferta televisiva da SIC e da TVI? Que estudos foram feitos para essa ponderação [em termos de equilíbrio qualitativo da programação]? Com que base científica? Segundo que critérios? Com que auscultação dos cidadãos"? E, no ponto 3 do mesmo artigo, perguntam: "De que forma têm a SIC e a TVI cumprido estas obrigações [convivência cívica, contribuição para o pluralismo político, social e cultural, promoção da cultura e da língua portuguesa], nomeadamente no horário nobre, que é a franja que abrange maior número e mais diversidade de telespectadores para os quais as estações generalistas trabalham"?
Os nove investigadores da Universidade do Minho não concordam com o secretismo e a "espiral de silêncios que inviabilizam qualquer participação das mais diversas entidades" [leia-se: associações e grupos de cidadãos]. Para os que assinam o texto, é "lícito esperar que a entidade formalmente responsável pela decisão sobre a renovação das licenças auscultasse a opinião pública e não se confinasse ao silêncio dos seus gabinetes".
O blogueiro, enquanto cidadão atento a estas coisas, concorda com os investigadores da Universidade do Minho. A televisão é um importante bem público, pelo que nos devemos preocupar conscientemente com o seu rumo.
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