O FIM DO DNA?
"Há nove anos que o DNA é a minha casa. Cada aniversário do suplemento é como se fosse, também, um aniversário meu. E, de certo modo, é mesmo. [...] o DNA foi a casa onde cresci. [...] Conheci o meu homem. Casei. Tive dois filhos. Comprei a minha casa. Acabo de a vender. Nestes nove anos fui feliz. As felicitações que o suplemento recebe, pelos seus nove anos, sinto-as como se fossem minhas. Mesmo. [...] O DNA faz nove anos e lê-se nos jornais que não chega aos dez" (Sónia Morais Santos, texto com o título Novembro, Lisboa, página 27, da coluna "Vê-se-te-avias", do DNA de hoje).
O título do suplemento é "Estou a preparar-me..." [continua nas páginas seguintes] "Para a festa..." "...do DNA..." "Nove anos todos novos"! E Pedro Rolo Duarte, no seu editorial chamado "Uma capa, a metáfora e um «Livro de Estilo»", conta-nos o que vai na sua alma: "O DNA é um suplemento do Diário de Notícias. Complementar significa, neste caso, acrescentar. O DNA deve acrescentar criatividade, reflexão, profundidade e personalização. Deve ser uma vez por semana o que o DN, pela sua natureza, não pode ser todos os dias". E, mais adiante, sublinha o seguinte: "No DNA não procuramos objectividade nem verdade. Procuramos sinceridade, seriedade, e uma clara noção de ética".
E nas duas páginas anteriores o suplemento mostra-nos os prémios que ganhou; só de Sónia Morais Santos contei três. Vou guardar mais este suplemento para recordar. Até porque vou sentir falta das memórias trazidas nomeadamente por aquela jornalista, como a de hoje em que nos fala da série de televisão Espaço 1999. Oh, quantas vezes me sentei em frente ao televisor a acompanhar a saga do comandante John Koening, da drª Helena Russel e dos seus companheiros!
Confesso ainda que guardo sempre para o fim da leitura dos jornais os suplementos, como o "DNA/DN:Música", "Mil Folhas", "Actual". São os jornais que as empresas jornalísticas preparam especialmente para mim; os "Vidas" ou as "Públicas" ficam para o resto da família (sem desprimor para esta). Aqueles que fazem os jornais conhecem bem o público cá de casa.
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