terça-feira, 18 de abril de 2006

PARA ONDE VAI O MUSEU DA RÁDIO?

A
14 de Maio de 2004 colocava aqui no blogue uma mensagem que incluía o seguinte: "A notícia editada no jornal Público, do passado dia 1, não foi ainda desmentida pela administração da RTP, proprietária do museu. Para além da possível transferência do património para o Museu das Comunicações, a notícia informa que uma parte do acervo pode ir para a sucata, o que seria lamentável. Apelo ao bom senso de quem manda nestas coisas para que repense o futuro de tão importante museu. Peço a todos os internautas que consultem o blogue A Minha Rádio e assinem a petição. Por favor, visitem ainda o sítio Rádio no Sapo".

Entretanto, enviava uma carta à RTP, onde lavrava o meu descontentamento. A resposta chegou-me com data de 25 de Maio, dando conta dela
aqui. Nela se lia: "o actual Museu da Rádio não será «desmantelado». Pelo contrário, a instituição dará oportunamente lugar ao futuro Museu da Rádio e Televisão, passando a incorporar também o espólio do núcleo museológico da RTP". A mesma carta adiantava que o museu da Rádio e da Televisão seria instalado "em local adequado quer à boa conservação das peças como à sua efectiva disponibilidade".

Agora, volvidos dois anos, o mesmo Público (em notícia de ontem) dá nota do futuro do museu da rádio: sai da rua do Quelhas, onde ocupa 600 metros quadrados, para ocupar instalações no edifício da avenida Marechal Gomes da Costa, num espaço de 320 metros quadrados.

Os blogues temáticos da rádio insurgiram-se logo desde ontem, casos do
A Rádio em Portugal e NetFM. Será necessária uma nova petição nos blogues para trazer mais gente à causa e pressionar a entidade proprietária, que presta serviço público?

O jornal ouviu duas fontes: Manuel Bravo, defensor do modelo inicial do museu, e Pedro Jorge Braumann, o novo director do Centro de Documentação e do espaço que vai albergar o museu. São duas posições distintas. Para mim, o museu ficar na rua do Quelhas ou transferir-se para a avenida Marechal Gomes da Costa é secundário. Mas o espaço total de alojamento das peças sim, é deveras importante. Se for verdade o que o jornal escreveu, o espaço é manifestamente reduzido, mesmo que se exponham apenas as peças mais valiosas. Por exemplo, reconstituir um estúdio de rádio ou apresentar pedagogicamente os modelos de rádio. O próprio Pedro Braumann admite que o espaço de reservas do museu será uma situação provisória, o que não é muito entusiasmante.

O certo é que o museu está já fechado desde o começo do mês. NÃO SE FAZ UMA COISA DESTAS. Temos direito à indignação!

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