Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sexta-feira, 9 de março de 2007
UMA MEMÓRIA DA RTP
Retiro do blogue manuelinhodaire a sua recordação da primeira RTP:
Parabéns RTP, pelos 50 anos de transmissão. Trago 2 recordações! A primeira foi algures numa aldeia do Concelho de Santarém, onde pernoitei como o meu Pai e antes do aconchego da noite, após um dia intensivo da arte de mercandar, deslocámo-nos a uma taberna com um portão enorme de madeira, e à entrada fomos obsequiados com 2 rebuçados, tendo sido cobrada a módica quantia de 1$00 por cada um, servindo de jóia para a minha 1.ª noite de televisão. Foi bonito ver aquele aparelho com imagens entre pessoas suadas pelo trabalho árduo do dia e alguns comentários, quase sempre em surdina, envergonhados, referentes às imagens do aparelho a preto e branco. A segunda recordação prende-se com as sessões de televisão ao Domingo à tarde, na Casa do Povo da minha terra. Lá para depois das 15 horas surgia no écran a série americana do "Rim-Tim-Tim" em que os desgraçados indios eram sempre derrotados, quase sempre descobertos pelo latir do enorme cão "Rim" que dava sinal de ataque às forças da ordem impecavelmente fardadas de azul e arreadas de correias brancas(imaginava eu, porque aquilo era a preto e branco, recordem-se!) Vinha a publicidade do "Cavaleiro Branco", ia ao bar apressadamente beber um pirolito para retomar depressa a cadeira para a série "Bonanza". Assim que esta série acabava rumava à casa cumprindo as ordens da minha mãe. Antes do Jantar tinha que dar uma volta pelos livros de estudo, porque no outro dia era dia de escola.
Um abraço para o meu velho amigo Figueiredo, postador nas várias horas vagas. Puxa, a gente já não se vê há muito tempo! Há dois anos? Há mais? Quando há um almoço de confraternização? Aí poderíamos falar da RTP a preto e branco e, em especial, dos nossos tempos dos "adeus até ao meu regresso" e "nesta quadra natalícia, desejo muitas propriedades" (prosperidades).
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