domingo, 15 de abril de 2007

ESPECTÁCULO - 1


Cigano, espanhol, homem do mundo, assim se definiu Joaquín Cortés. Naquele espectáculo - o espectador pensou que fosse o dia mais intimista do dançarino, com grandes confissões pessoais -, Joaquín Cortés falou do sonho de um menino de onze anos que ensaiava horas a fio, de manhã à noite, deixando os pés ensanguentados, em busca de uma arte.

Conseguiu-o. Nascido em Córdoba (Espanha) em 1969, entrou no Ballet Nacional de Espanha com catorze anos e aos dezassete era solista. Em 1992, criou a sua própria companhia, Joaquín Cortés Ballet Flamenco. Depois de uma passagem pelo cinema (Almodóvar, Saura), foi para Nova Iorque, onde tomou contacto com outras tendências da dança e da música, corria o ano de 1999.

O espectáculo de agora tem o nome de Mi Soledad. Lê-se no catálogo: "Aos trinta e sete anos, Joaquín Cortés deu ao património do flamenco um baile com selo próprio. Um baile virtuosista que é o resultado do que ele chama fusão, um trabalho sério, rigoroso e continuado em que reflecte todas as influências numa busca insaciável de uma identidade própria".




Observação: gosto de flamenco, mas o de Cortés desperta-me dúvidas. Acho que tem um ego excessivo; poderia repartir o seu repertório como outros artistas. Mas não deixei de apreciar todo o espectáculo, pelos cenários, pela música e músicos, pelo colorido das roupas, pelas histórias em torno de cada peça.

1 comentário:

Anónimo disse...

certa vez vi um espectáculo de António Canales no Coliseu do Porto, e recomendo vivamente. não sei se será fácil de encontrar no tube mas imagino que sim.