Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 15 de abril de 2007
ESPECTÁCULO - 1
Cigano, espanhol, homem do mundo, assim se definiu Joaquín Cortés. Naquele espectáculo - o espectador pensou que fosse o dia mais intimista do dançarino, com grandes confissões pessoais -, Joaquín Cortés falou do sonho de um menino de onze anos que ensaiava horas a fio, de manhã à noite, deixando os pés ensanguentados, em busca de uma arte.
Conseguiu-o. Nascido em Córdoba (Espanha) em 1969, entrou no Ballet Nacional de Espanha com catorze anos e aos dezassete era solista. Em 1992, criou a sua própria companhia, Joaquín Cortés Ballet Flamenco. Depois de uma passagem pelo cinema (Almodóvar, Saura), foi para Nova Iorque, onde tomou contacto com outras tendências da dança e da música, corria o ano de 1999.
O espectáculo de agora tem o nome de Mi Soledad. Lê-se no catálogo: "Aos trinta e sete anos, Joaquín Cortés deu ao património do flamenco um baile com selo próprio. Um baile virtuosista que é o resultado do que ele chama fusão, um trabalho sério, rigoroso e continuado em que reflecte todas as influências numa busca insaciável de uma identidade própria".
Observação: gosto de flamenco, mas o de Cortés desperta-me dúvidas. Acho que tem um ego excessivo; poderia repartir o seu repertório como outros artistas. Mas não deixei de apreciar todo o espectáculo, pelos cenários, pela música e músicos, pelo colorido das roupas, pelas histórias em torno de cada peça.
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1 comentário:
certa vez vi um espectáculo de António Canales no Coliseu do Porto, e recomendo vivamente. não sei se será fácil de encontrar no tube mas imagino que sim.
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