segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

INDÚSTRIAS CRIATIVAS SEGUNDO A WORK FOUNDATION


A Work Foundation publicou em Junho deste ano o documento Staying ahead: the economic performance of the UK’s creative industries.

Para Will Hutton, director executivo da Work Foundation, o programa de economia criativa, lançado em Novembro de 2005, procurou "criar o melhor quadro de apoio à inovação, crescimento e produtividade das indústrias criativas. Foi concebido como relação permanente entre Governo e indústrias criativas, com identificação de problemas e encontro de soluções num sector cada vez mais significativo da economia do Reino Unido".


Seguindo o modelo circular concêntrico de
Throsby [imagem da direita], a Work Foundation apresenta um centro criativo incluindo as formas de produtos originais, como a cultura popular (e os programas de computador) mas excluindo as artes. Segue-se um círculo exterior, o das indústrias culturais clássicas (filme, televisão, rádio, indústria fonográfica, jogos de computador), cujo objectivo é a sua comercialização. Depois, ainda mais externo, vem o círculo das indústrias criativas que incluem produtos originais associados com funcionalidades, como moda e publicidade.

O relatório fala de 13 indústrias criativas (que valem 7,3% da economia, comparável à indústria financeira, e empregam 1 milhão de pessoas e mais 800 mil em ocupações criativas) e da associação desta ideia com as de criatividade (ou talento), inovação, economia do conhecimento e valor expressivo (representado, por exemplo, em programas de software, videojogos e material cultural interactivo gerado pelo utilizador na internet). As 13 indústrias criativas são: antiguidades, arquitectura, artes performativas, design, edição, filme e vídeo, moda, música, ofícios, publicidade, serviços de software e de computadores, software interactivo de lazer, televisão e rádio.

Os motores de sucesso da economia criativa, ainda segundo o mesmo estudo, são: 1) procura, 2) grande diversidade, 3) território que encoraja a experimentação e a inovação, 4) formação e conhecimento, 5) redes, 6) sector público como garante institucional, 7) propriedade intelectual, e 8) grande capacidade de criar empresas de pequena e média dimensão.

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