DISTÂNCIA E PROXIMIDADE
Trata-se de um programa da Fundação Calouste Gulbenkian que interroga as possibilidades e os limites da interculturalidade.Escreve António Pinto Ribeiro:- Só há um futuro mais pacífico possível para a Humanidade se a Interculturalidade for viável. Com isto quer-se dizer que a Interculturalidade, mais do que uma estratégia de encontro ou de comunicação cultural, deve ter subjacente um projecto político de transformação social transnacional.
No jardim, o projecto inclui 14 instalações de tantos outros artistas. A Orquestra Gulbenkian será dirigida por Muhai Tang. O colectivo Afro-Beat reune as músicas tocadas por Fela Kuti e Tony Allen e muitos outros. Mas também a música de Afrikan Boy (Nigéria). E Arnaldo Antunes (Brasil). Do campo do cinema, exibem-se Hiroshima mon amour, de Alain Resnais, e Tão perto/Tão longe, de vinte realizadores a partir de uma encomenda da própria fundação. O professor Arjun Appadurai proferirá a conferência de inauguração (a anotar o dia nas agendas: 27 de Outubro), seguindo-se outras de outros conferencistas. No café Babélia, prevêm-se conversas.
A partir de 21 de Junho e até 28 de Outubro. A seguir o programa com atenção.
3 comentários:
... A questão pode ser de pensar que é fácil o diálogo cultural, que é facil nós estabelecermos relações com o outro que é diferente culturalmente em relação a nós. E nao é nem fácil, nem é evidente e necessário que a ponte seja imediata. Há um lugar para a estranheza que é preciso que exista, há um lugar para a estranheza e para a diferença que é preciso que subsista, para que tudo isto não se transforme numa monocultura...
Antonio Pinto Ribeiro, in Câmara Clara, 18 de Maio de 2008
mgf
Professor,
Acho este texto tao bonito, e ainda mais se o escutar - vera que fica preso à convicçao/autoridade que ritmo exprime - que tenho pena de nao ter no seu blogue uma noticia a remeter para Câmara Clara":
A estranheza necessaria
... A questão pode ser de pensar que é fácil o diálogo cultural, que é facil nós estabelecermos relações com o outro que é culturalmente diferente em relação a nós. E não é nem fácil, nem é evidente e necessário que a ponte seja imediata. Há um lugar para a estranheza que é preciso que exista, há um lugar para a estranheza e para a diferença que é preciso que subsista, para que tudo isto não se transforme numa monocultura...
António Pinto Ribeiro, in « Câmara Clara », 18 de Maio de 2008
DISTÂNCIA E PROXIMIDADE
Trata-se de um programa da Fundação Calouste Gulbenkian que interroga as possibilidades e os limites da interculturalidade.
...
Marguerite Duras « Hiroshima mon amour"
Lui : Tu n’as rien vu à Hiroshima. Rien.
Elle : J’ai tout vu . Tout.(P. 22)
...
Elle : Hi-ro-shi-ma. C’est ton nom.
Lui : C’est mon nom. Oui. Ton nom à toi est Nevers. Ne-vers-en-Fran-ce.(P. 124)
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