sexta-feira, 6 de junho de 2008

DISTÂNCIA E PROXIMIDADE


Trata-se de um programa da Fundação Calouste Gulbenkian que interroga as possibilidades e os limites da interculturalidade.


Escreve António Pinto Ribeiro:

  • Só há um futuro mais pacífico possível para a Humanidade se a Interculturalidade for viável. Com isto quer-se dizer que a Interculturalidade, mais do que uma estratégia de encontro ou de comunicação cultural, deve ter subjacente um projecto político de transformação social transnacional.
No jardim, o projecto inclui 14 instalações de tantos outros artistas. A Orquestra Gulbenkian será dirigida por Muhai Tang. O colectivo Afro-Beat reune as músicas tocadas por Fela Kuti e Tony Allen e muitos outros. Mas também a música de Afrikan Boy (Nigéria). E Arnaldo Antunes (Brasil). Do campo do cinema, exibem-se Hiroshima mon amour, de Alain Resnais, e Tão perto/Tão longe, de vinte realizadores a partir de uma encomenda da própria fundação. O professor Arjun Appadurai proferirá a conferência de inauguração (a anotar o dia nas agendas: 27 de Outubro), seguindo-se outras de outros conferencistas. No café Babélia, prevêm-se conversas.

A partir de 21 de Junho e até 28 de Outubro. A seguir o programa com atenção.

3 comentários:

Anónimo disse...

... A questão pode ser de pensar que é fácil o diálogo cultural, que é facil nós estabelecermos relações com o outro que é diferente culturalmente em relação a nós. E nao é nem fácil, nem é evidente e necessário que a ponte seja imediata. Há um lugar para a estranheza que é preciso que exista, há um lugar para a estranheza e para a diferença que é preciso que subsista, para que tudo isto não se transforme numa monocultura...

Antonio Pinto Ribeiro, in Câmara Clara, 18 de Maio de 2008
mgf

Anónimo disse...

Professor,
Acho este texto tao bonito, e ainda mais se o escutar - vera que fica preso à convicçao/autoridade que ritmo exprime - que tenho pena de nao ter no seu blogue uma noticia a remeter para Câmara Clara":

A estranheza necessaria

... A questão pode ser de pensar que é fácil o diálogo cultural, que é facil nós estabelecermos relações com o outro que é culturalmente diferente em relação a nós. E não é nem fácil, nem é evidente e necessário que a ponte seja imediata. Há um lugar para a estranheza que é preciso que exista, há um lugar para a estranheza e para a diferença que é preciso que subsista, para que tudo isto não se transforme numa monocultura...

António Pinto Ribeiro, in « Câmara Clara », 18 de Maio de 2008

Anónimo disse...

DISTÂNCIA E PROXIMIDADE

Trata-se de um programa da Fundação Calouste Gulbenkian que interroga as possibilidades e os limites da interculturalidade.
...

Marguerite Duras « Hiroshima mon amour"

Lui : Tu n’as rien vu à Hiroshima. Rien.
Elle : J’ai tout vu . Tout.(P. 22)

...

Elle : Hi-ro-shi-ma. C’est ton nom.
Lui : C’est mon nom. Oui. Ton nom à toi est Nevers. Ne-vers-en-Fran-ce.(P. 124)