Este foi o título aproximado da rubrica de José Vítor Malheiros no Público de ontem. A ideia conclusiva do seu texto é que o tempo em que se compravam jornais desapareceu ou está a desaparecer. Isto lido num jornal de papel provocou-me um choque grande, eu que sou apenas leitor. Nem imagino o que sentiram os que são profissionais de um jornal em papel.
A base da sua ideia é que a compra dos jornais foi afectada pela banalização da televisão, pelo desenvolvimento das notícias na rádio, nos canais de satélite e cabo, na internet, nos jornais gratuitos, nos suportes e ecrãs que aparecem quase todos os dias. A indústria dos jornais, diz o jornalista, sabe isso há muito mas a prática é diferente do discurso. As reestruturações não vão conduzir a parte alguma, pois o futuro parece traçado. Os jovens não lêem jornais mas recolhem a informação nesses outros canais acima identificados.
Observação: no dia 16 de Dezembro de 2004, José Vítor Malheiros esteve numa aula minha. Recordo o que ele designava por "16-25, a faixa etária que consome muitos media em geral mas menos jornais". Hoje, tal grupo etário foi alargado. Incluindo os mais velhos, que deixaram de comprar jornais porque a televisão é mais barata e mais atraente (se em regime de infotainment).
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