terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

TEORIAS DA COMUNICAÇÃO

Acompanham a evolução dos media e dos transportes, das alterações do tempo e do espaço, da ideia de viagem.

As teorias principais referem produtos: notícias, bens culturais, da produção ao consumo, da propaganda ou publicidade à percepção e à recepção. Elas trabalham conceitos de outras ciências sociais: sociologia, psicologia, semiótica, cibernética. E a arte e a cultura. As teorias aplicam-se a vários domínios: podemos interpretar um filme, uma peça musical ou teatral, um texto de jornal, um livro como Diários de Viagem (de Eduardo Salavisa, 2008, com a primeira edição já esgotada). São meios para explicar como se processa uma mensagem, como se prepara, como chega ao receptor, se este é passivo ou activo. Um texto presta-se a ser interpretado, de acordo com a nossa idade, nível cultural e económico. É isso que os cultural studies explicam. Ao invés, a teoria hipodérmica nasceu com um pressuposto científico: uma mensagem chegava a todos com igual incidência.

As teorias são como conversas, termos e conceitos sobre uma actividade, um assunto. As teorias ocupam-se da produção, da recepção, da transmissão no indivíduo e na sociedade. Estudam os seus modos de organizar e de interpretar. A sua pluralidade significa pontos de vista, dificuldades de afirmação universal de uma perspectiva, mesmo que se afirme científica. As teorias da comunicação demonstram essa capacidade de multiplicar e discernir pontos de vista.

As teorias da comunicação surgem, frequentemente, divididas entre: 1) teoria, e 2) estrutura social e métodos. Provêm de pontos de vista: 1) teorias cuja origem se destina a explicar a organização capitalista do mundo, como as dos efeitos (ilimitados, limitados) ou investigação administrada (Lasswell e trabalhos de Lazarsfeld), 2) com influências marxistas, como as dos culturais studies (Stuart Hall, Open University) e da escola de Frankfurt (Adorno e Horkheimer), 3) teorias fundadas na linguagem, como a semiótica (Barthes, Peirce), 4) sociologia do jornalismo (produção e constrangimentos profissionais, recepção e audiências) (Michael Schudson), 5) determinismo tecnológico (McLuhan), 6) teoria matemática da informação.

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