No mesmo Museu de Artes Decorativas (Paris), está igualmente uma exposição temporária sobre publicidade de televisão nos últimos 40 anos (1968-2008). Aqui, dá-se conta das diferenças de estéticas (os anúncios mais antigos são mais ingénuos e voltados para as marcas, de modo simples), tecnológicas (distinguem-se os anúncios analógicos e digitais). As marcas são francesas, de grande prestígio, da aviação aos telemóveis, de perfumes e canetas a produtos de alimentação.
Pela visão daquelas peças, percebe-se o quanto importante é a publicidade - para além do reclame, significa uma maneira de ver o mundo, de marca com valor universal, cultural e económico. São produtos de consumo diário, de prestígio ou de estímulo ao consumo (as viagens). Muitos anúncios são realistas, outros apelam a mundos sociais inexistentes e oníricos. Outros, como o da Amnestia Internacional, revelam um mundo duro, violento e trágico. A publicidade é, como o cinema, campo de muitas perspectivas e com narrativas variadas.
Com a exposição, a publicidade ganha corpo, torna-se menos marginal na programação da televisão. É uma arte a rever, e a estudar. Embora com mais dificuldade que a publicidade impressa, dada a maior inacessibilidade aos arquivos audiovisuais (pelo menos em Portugal).
Sem comentários:
Enviar um comentário