sábado, 12 de junho de 2010

FONTE LUMINOSA

A Fonte Luminosa foi inaugurada em 1940 (Duarte Pacheco, António Salazar e Óscar Carmona estiveram na inauguração). Do lado oposto da Alameda D. Afonso Henriques, o Instituto Superior Técnico é quase da mesma época. O mesmo Duarte Pacheco fora seu director entre 1927 e 1932. Não muito longe dali, o Instituto Nacional de Estatística fora inaugurado em 1935. A tecnologia, a estatística e a arquitectura monumental faziam deste perímetro a Lisboa moderna.

Era o tempo do Portugal imperial. Após a década da guerra mundial e da silenciosa e frustrante década de 1950, a década seguinte traria as guerras coloniais, de contestação ao império, desfeito em 1974-1975. Portugal procurava um novo rumo, como o ocorrido fez hoje 25 anos, a adesão à CEE, actual União Europeia. Lentamente, desde essa época, Lisboa transformou-se, hoje tornada uma cidade mais cosmopolita. Curiosamente, a zona a sul da Fonte Luminosa passou a albergar gentes do mundo inteiro. Quem passa pela rua Morais Soares, por exemplo, vê africanos, brasileiros, indianos e outros asiáticos a andar, a conversar, a viver e a fazer compras, num cambiante de cores e costumes muito diferentes dos representados pela ingénua Maria Papoila, o filme de Leitão de Barros de 1937.

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