Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 6 de junho de 2010
SOBRE O CINEMA
As artes de vanguarda do século XX exerceram a alteração radical nas suas formas e conteúdos, com substituição das formas clássicas e rompimento com escolas e estilos anteriores - pintura, escultura, dança, música e literatura. Apenas o cinema se manteve numa atitude pouco conflituosa. À descontrução do espaço de representação e da harmonia das artes de vanguarda, que se tornaram incompreensíveis, o cinema inscreveu-se sempre no espaço da narrativa e da estética. A essa trajectória tranquila do cinema corresponderam exigências comerciais e de sucesso que as artes de vanguarda questionaram. Hoje, as condições de recepção no ecrã mudaram: ao cinema sucederam-se a televisão, o vídeo e o descarregamento de ficheiros da internet, novas maneiras de ver um filme. Mas o cinema continua a ser a arte mais bem sucedida da história, com a fusão do espaço e do tempo, do olho e do verbo, do movimento e da música - e é um elemento essencial na formação da consciência moderna (Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, 2010, O ecrã global, Lisboa, Edições 70, pp. 293-296).
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