A ACIS (Association for Contemporary Iberian Studies) tem investigadores que trabalham em áreas distintas como literatura, estudos culturais, geografia, história oral e memória, destando-se o empenho em entender as narrativas não dominantes e até esquecidas (aproximando-se, curiosamente, do tema dos media negligenciados da conferência de Março último de comunicação em Carleton, Ottawa, a que assisti).
No último sábado, Margaret Anne Clarke, da Universidade de Portsmouth (Senior Lecturer in Portuguese), apresentou uma comunicação intitulada Memories of resistance: oral history in Portugal, onde definiu história oral que se aproxima de algum do trabalho que tenho vindo a realizar e que me foi útil pela comparabilidade metodológica. Segundo Clarke, na história oral articulam-se memória, avaliação e pequena história (a quase anedota), cuja fluidez das conversas com os entrevistados permite construir um quadro mais alargado de compreensão do passado e, por isso, possibilitar o encontro entre a história e as vidas individuais, entre mundos privados e acontecimentos de interesse geral. Do mesmo modo que se trabalha a interacção entre narrativa, imaginação e subjectividade, também ocorre a relação com factos subjectivos.
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