Está a decorrer hoje na Universidade Nova de Lisboa a apresentação de resultados do projecto O Lugar da Cultura no Jornalismo Contemporâneo. Do comunicado de imprensa promovido pela organização do evento, retiro a seguinte informação:
"Menos jornalismo cultural e menos cultura na primeira página. A crise financeira que afectou a economia europeia e norte-americana em 2008 explica algumas das mudanças no jornalismo e na cultura: menos investimento público no financiamento das actividades culturais, menos suplementos culturais e menos públicos e leitores. Mas a maioria das transformações registadas no âmbito do projecto de investigação A Cultura na Primeira Página – um estudo dos jornais portugueses na primeira década do século XXI (PTDC/CCI-COM/122309/2010), já estava em curso desde 2004: uma abordagem jornalística da cultura centrada em acontecimentos, como os festivais de cinema e música, as estreias de filmes e os lançamentos de livros. Longe da atenção dos media ficam a maioria dos restantes campos artísticos, como o teatro, a dança ou as artes plásticas. A cultura também não propicia muitas estórias de primeira página, mesmo numa década atravessada por uma intensa conflitualidade social e política em torno dos sucessivos cortes no financiamento das estruturas artísticas e actividades culturais. As manchetes com temas de cultura baixaram em todos os jornais analisados e quase nenhuma versou assuntos ligados à política cultural. Alguns jornais, como o semanário Expresso e a revista Visão, deixaram de publicar temas culturais na primeira página. Outros, como o Diário de Notícias, desinvestiram na visibilidade deste campo na primeira página. A única excepção é o Público, que continua a fazer da informação cultural uma forte marca de identidade editorial".
[fotografia: Enrique Bustamante na sua comunicação; vídeo: Carla Baptista na apresentação de resultados]
"Menos jornalismo cultural e menos cultura na primeira página. A crise financeira que afectou a economia europeia e norte-americana em 2008 explica algumas das mudanças no jornalismo e na cultura: menos investimento público no financiamento das actividades culturais, menos suplementos culturais e menos públicos e leitores. Mas a maioria das transformações registadas no âmbito do projecto de investigação A Cultura na Primeira Página – um estudo dos jornais portugueses na primeira década do século XXI (PTDC/CCI-COM/122309/2010), já estava em curso desde 2004: uma abordagem jornalística da cultura centrada em acontecimentos, como os festivais de cinema e música, as estreias de filmes e os lançamentos de livros. Longe da atenção dos media ficam a maioria dos restantes campos artísticos, como o teatro, a dança ou as artes plásticas. A cultura também não propicia muitas estórias de primeira página, mesmo numa década atravessada por uma intensa conflitualidade social e política em torno dos sucessivos cortes no financiamento das estruturas artísticas e actividades culturais. As manchetes com temas de cultura baixaram em todos os jornais analisados e quase nenhuma versou assuntos ligados à política cultural. Alguns jornais, como o semanário Expresso e a revista Visão, deixaram de publicar temas culturais na primeira página. Outros, como o Diário de Notícias, desinvestiram na visibilidade deste campo na primeira página. A única excepção é o Público, que continua a fazer da informação cultural uma forte marca de identidade editorial".
[fotografia: Enrique Bustamante na sua comunicação; vídeo: Carla Baptista na apresentação de resultados]
Sem comentários:
Enviar um comentário