Vestia sempre de branco e o seu saco de pano era branco. No inverno, a sua canadiana de pipinhas era de lã muito clara.
Viamo-lo a almoçar na cafetaria aqui da rua. O nosso vizinho de mesa parecia um poeta.
Afinal, era pintor com obra sólida, conforme li no obituário há pouco no jornal. Tão elegante quanto discreto. Artista e professor. Que ignorância a minha. Quantas conversas poderia encetar com ele. Talvez me mostrasse as obras em criação no seu ateliê, presumo, do outro lado da rua.
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