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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Intelectuais brasileiros e portugueses pedem permanência de Carlos Fino em Brasília

NOTA À IMPRENSA

Intelectuais brasileiros e portugueses pedem permanência de Carlos Fino em Brasília

Preocupados com a informação de que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português teria decidido extinguir o cargo de Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília, dezenas de jornalistas, acadêmicos e diversos outros profissionais do Brasil e Portugal decidiram enviar carta ao actual responsável pela diplomacia portuguesa, Paulo Portas.

A medida, se tomada, implicaria na saída do jornalista Carlos Fino, que ao longo dos últimos anos vem, com todo o empenho e dedicação, desempenhando essas funções.

O objetivo da missiva, disponível online em http://www.peticoesonline.com/peticao/fica-fino/346, é evitar que tal decisão se concretize, o que, a verificar-se, além de prejudicar algumas iniciativas de cooperação em curso na área da mídia, poderia também refletir-se negativamente nas celebrações do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, que irão realizar-se entre 7 de setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013.
A campanha conta com perfil nas redes sociais (www.twitter.com/ficafino e https://www.facebook.com/pages/Carlos-Fino/293117707412186?ref=tn_tnmn) e com a participação de prestigiados jornalistas e professores de diversas instituições de ensino superior dos dois países.

Depoimentos

Abaixo, alguns depoimentos a respeito da importância da permanência de Carlos Fino em Brasília:
“Aprovo e apóio com entusiasmo esta iniciativa. (...) Em 14 anos de contato com vários conselheiros de imprensa de várias embaixadas aqui em Brasília, asseguro que ele é dos melhores profissionais que já passaram por esta capital, em termos de eficiência, disposição e extremo profissionalismo no atendimento aos jornalistas em busca de informação. Isso torna ainda mais viável e consolidado o aprofundamento das relações bilaterais.”
Vera Souto – Editora - TV Globo

Carlos Fino é um dos mais emblemáticos jornalistas portugueses, de tal maneira marcou, ao longo de quarenta anos, a sua memória pública e o seu imaginário. Trabalhando na Embaixada Portuguesa em Brasília, "Carlos Fino colocou a sua extraordinária carreira profissional ao serviço da aproximação das comunidades portuguesa e brasileira, assim como do inter-conhecimento e da cooperação entre os média de Portugal e do Brasil. Seria lastimável que este aristocrata do jornalismo português fosse afastado de um lugar onde tem feito um notável trabalho, servindo Portugal e prestigiando o jornalismo português.
Moisés de Lemos Martins - Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)

“É com muita honra e a certeza de estar tomando a iniciativa correta por tudo o que o Sr. Carlos Fino tem realizado em prol da cooperação no âmbito da CPLP que assino a presente carta de apoio.”
Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB

“O estreitamento das relações entre Brasil e Portugal tem no jornalista Carlos Fino um entusiasmado defensor, como provam sua ação na embaixada de Portugal e também a participação, como convidado especial, na série de TV Lá e Cá, exibida na RTP2 e na TV Cultura, durante minha gestão como presidente da emissora”.
Paulo Markun – jornalista, ex-apresentador do programa “Roda Viva” – da TV Cultura, o mais prestigiado programa de entrevistas da TV brasileira

“Meus sinceros cumprimentos pela iniciativa. (...) tenho o privilégio de poder considerar o CarlosFino um grande amigo, extraordinária figura humana e um dos mais competentes profissionais a quem tive o prazer de conhecer no exercício do jornalismo. Ético, sério, inteligente, perspicaz, amigo incondicional dos amigos, Carlos é daquelas pessoas a quem chamo de "amigo sem tempo nem distância". Está e estará sempre presente em minha memória e no coração. Torço para que ele permaneça no posto especialmente quando se celebra o Ano de Portugal no Brasil (e vice-versa). Afastá-lo do cargo neste momento será uma perda irreparável. Vamos aguardar que o bom senso prevaleça de modo a permitir que possamos continuar tendo a satisfação de conviver com o Carlos por, pelo menos, mais alguns anos.
Humberto Netto – jornalista

“Com certeza, (...) não podemos deixar que isso ocorra! Carlos é um grande profissional, além de um amigo.E, certamente, gostaríamos de tê-lo por aqui não apenas neste que será o ano de PT no BR, mas, por muito tempo, haja vista que Carlos tem nos brindado com sua experiência ímpar junto aos jornalistas brasileiros e lusófonos. Seria uma perda inestimável se ele fosse removido do Brasil. Não concordamos com isso, evidentemente.”
Alcimir Carmo, secretário executivo na Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa

Acredito que a imprensa brasileira, por exemplo, nunca esteve tão perto de Portugal graças ao brilhante trabalho que vem sendo realizado por Carlos Fino.Um jornalista que conhece comunicação como ninguém e sempre pronto a dar informações e auxiliar a todos quando se trata de divulgar Portugal.
Edgar Lisboa, Colunista Político do Jornal do Comércio (RS), presidente do Instituto Brasileiro do Rádio (IBR)

Exmo. Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Dr. Paulo Portas,

O ano de 2012 é estratégico para as relações luso-brasileiras, na medida em que a partir de setembro será celebrado o ano de Portugal no Brasil e vice-versa, momento adequado para o lançamento de bases de uma cooperação cada vez mais permanente que transforme retórica em práticas e atitudes.

Nesse sentido, nós, abaixo-assinados, gostaríamos de contar com a decisão de Vossa Excelência no sentido de manter a presença do jornalista Carlos Fino à frente das atividades como Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília.

Uma eventual saída de Carlos Fino, agora, precisamente quando se prepara aquele evento, poderia colocar em risco uma série de esforços e articulações, umas já em curso outras em começo de projeto, promissoras de impactos humanos, científicos e económicos positivos no relacionamento entre os dois países.

Ao longo dos últimos sete anos, pudemos testemunhar o esforço de Carlos Fino em abrir espaço para a relação luso-brasileira nos órgãos de comunicação social, destacando sua atividade na assessoria da imprensa e na série de programas "Lá e Cá", trabalho realizado em parceria da RTP com a TV Cultura, que tem plenas possibilidades de prosseguir, agora numa nova série em acordo com a TV Brasil.

Cumpre relatar também que, como atestam os jornalistas que recorreram à Embaixada em busca de informação, é importante destacar a eficiência, o profissionalismo e a extrema correção com que ele sempre desempenhou sua tarefa. Na prática, isso também colaborou para o aprofundamento das relações bilaterais, na medida em que os meios de comunicação passam a veicular mais informações e abrir mais espaço sobre Portugal.

Ademais, são incontáveis as colaborações de Carlos Fino ao intercâmbio entre Brasil e Portugal, por meio de sua presença em encontros audiovisuais (a exemplo do Festlatino, em Pernambuco), eventos acadêmicos (LUSOCOM, em São Paulo), palestras, cursos (como o por ele realizado na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro e também em São Paulo, na Bienal Internacional do Livro e sob os auspícios da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa - FJLP) promoção de acordos de cooperação e participação em debates com estudantes, pesquisadores e professores de graduação e pós-graduação de prestigiosas instituições de ensino brasileiras, tais como, entre outras, Universidade de Brasília, Universidade Católica de Brasília, Universidade de Fortaleza, Universidade de São Paulo, Itaú Cultural, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, e portuguesas como Universidade do Minho, Universidade Lusíada, Universidade de Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade Portucalense.

Sabemos que o momento econômico português exige medidas de contenção que sacrificarão necessariamente muitas iniciativas e comprometerão muitos planos anteriormente definidos. No entanto, julgamos que, mesmo neste contexto, a ligação de Portugal ao Brasil deve não só ser protegida como até fortalecida. Numa altura em que as notícias dão abundantemente conta da intensificação dos fluxos de emigração de Portugal para o Brasil, apelamos à especial sensibilidade do Governo Português, no sentido de, com este gesto, encorajar uma relação entre dois países a que não faltam razões para reforçar os seus laços.

São motivações de ordem histórica, económica, política e simbólica que fundamentam o nosso entendimento de que a presença de Carlos Fino em Brasília, pelo menos até ao termo do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, se traduziria em ganho efectivo para ambos os países, em termos de visibilidade, ação e promoção de uma cooperação cada vez mais alicerçada e com resultados que podem ser aferidos.

Encerrar o posto de conselheiro de imprensa na embaixada e afastar uma pessoa que desfruta de reconhecido prestígio junto dos media e dos meios universitários da comunicação no Brasil, e que, além disso, tem dado provas de grande empenho no fomento das relações bilaterais, não será certamente,
Senhor Ministro, a melhor forma de começar o Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal.

Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Com os melhores cumprimentos,

1) Fernando Oliveira Paulino, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília

2) Vera Souto, jornalista, Editora-TV Globo

3) Rogério Santos, professor da Universidade Católica Portuguesa

4) Madalena Oliveira, professora da Universidade do Minho

5) Giovana Teles, jornalista

6) Moisés de Lemos Martins, Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)

7) Dad Squarisi, jornalista

8) Laurindo Leal Filho, professor da Universidade de São Paulo

9) Zélia Leal Adguirni, professora da Universidade de Brasília

10) Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB

11) Humberto França, vice-presidente para Relações Internacionais da Fundação Biblioteca Brasileira de Nova York e Presidente e fundador do Movimento Festlatino

12) Ricardo Noblat, jornalista

13) Francisco Câmpera, repórter da TV Bandeirantes

14) Samy Leal Adguirni, repórter da Folha de S. Paulo, correspondente em Teerã

15) Paulo Markun, jornalista

16) Antonio Hohlfeldt, Presidente da INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação

17) Dione Moura, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
18) Luiz Martins da Silva, prof. da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília

19) Viviane dos Santos Brochardt, mestranda da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília

20) Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais

21) Pedro Rafael Vilela Ferreira, mestrando da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília

22) Luana Spinillo Poroca, mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília

23) Rodrigo Garcia Vieira Braz, doutorando da Faculdade de Comunicação da UnB

24) Eduardo Hollanda - Revista Brasileiros - Editor Especial

25) Márcia Marques, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília

26) Roberto Petti, Gestão de Direitos e de Beneficiamento de Conteúdo TV Globo

27) José Carlos Torves, Diretor executivo da Federação Nacional de Jornalistas

28) Rolemberg Estevão de Souza, Conselheiro da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores

29) Sylvia Moretzsohn, professora de jornalismo na Universidade Federal Fluminense (Niterói/RJ)

30) Leyberson Lelis Chaves Pedrosa, jornalista e mestrando em Comunicação Social pela Universidade de Brasília.

31) José Eduardo Barella, jornalista

32) Paulo Caruso, Revista Época e Fundação Padre Anchieta - TV Cultura , São Paulo

33) José Brandão Coelho, Presidente Honorífico,Câmara de Comércio Brasil Portugal Paraná

34) Sérgio Dayrell Porto, professor da Faculdade de Comunicação da UnB

35) Alfredo Prado, jornalista, diretor dos portais Portugal Digital e África21 Digital

36) Kátia Cubel, jornalista, presidente do Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia

37) Carlos Manuel Pedroso Neves Cristo, Diretor da "Flecha de Lima Associados"

38) Alexandre Jorge Cavalcanti Ayres, médico do Hospital Universitário de Brasília

39) Humberto Netto, Assessor de Imprensa da Delegação da União Europeia no Brasil

40) Alcimir Antonio do Carmo, secretário executivo da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa – FJLP

41) Osvaldo Ferreira, Maestro Titular - Orquestra Sinfônica do Paraná, Programador Musical - Allgarve 2011, Director Artístico - Oficina de Música de Curitiba

42) Ana Elisa Santana, jornalista e funcionária da TV Escola

43) Carlos Alberto Ribeiro De Xavier - Assessor Especial do Ministério da Educação

44) Manuel Fernando Lousada Soares, Diretor da LS – Net, Ex Secretário de Estado Adjunto de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,

45) Liziane Guazina, Professora da Faculdade de Comunicação da UnB.

46) Ana Lúcia Prado Reis dos Santos, professora da Universidade da Amazônia, Belém-Pará e doutoranda da Universidade Fernando Pessoa, Porto-Portugal.

46) Victor Gentilli, jornalista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo

47) Rogério Christofoletti, professor da Universidade Federal de Santa Catarina
48) Luiz Egypto de Cerqueira, jornalista, redator-chefe do Observatório da Imprensa (Brasil)

49) Ray Cunha, escritor e jornalista

50) Fábio Henrique Pereira, professor da Faculdade de Comunicação da UnB.

51) Flávia Rocha, jornalista

52) Walter Guimarães, jornalista

53) Paulo Victor Chagas, estudante e extensionista do Programa Comunicação Comunitária

54) Emily Almeida Azarias, estudante de Comunicação da Universidade de Brasília

55) Luiz Motta, professor da Faculdade de Comunicação da UnB, ex-secretário de Comunicação do Distrito Federal

56) Francisco Sant'Anna, jornalista, editor responsável do programa Diplomacia da TV Senado.

57) Lúcia Helena Alves de Sá, Presidente da Associação Casa Agostinho da Silva

58) Amândio Silva, Presidente da Associação Mares Navegados

59) Silvestre Gorgulho, Jornalista e ex-secretário de Estado de Cultura do Distrito Federal

60) Mariana Martins de Carvalho, doutoranda do Programa de Pós Graduação da Universidade de Brasília

segunda-feira, 2 de junho de 2008

POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO EM DEBATE EM BRASÍLIA


Na série de debates públicos sobre Políticas de Comunicação, na Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, hoje, pelas 19:30 (hora local), o tema é Em busca da Lei Geral da Radiodifusão/Comunicação Social Eletrônica: o desafio da Conferência Nacional de Comunicação.

Convidada: deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), integrante da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. A exposição da palestrante terá um máximo de 30 minutos, seguindo-se os comentários de Fernando O. Paulino, pesquisador do LaPCom-UnB, jornalista e doutor em Comunicação pela UnB (Universidade de Brasília, Brasil).

Iniciativa do Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília, o evento vai decorrer em ICC Norte – Auditório da Faculdade de Comunicação da UnB (Subsolo da FAC), Brasília.

domingo, 25 de abril de 2010

BRASÍLIA

Gostei de ler o artigo de Jorge Marmelo sobre Brasília na passada quarta-feira, dia 21 de Abril, no jornal Público (link aqui).

  • "Temos uma qualidade de vida muito melhor do que no Rio de Janeiro ou São Paulo, apesar de os problemas estarem aumentando com o crescimento da cidade e o desenvolvimento das regiões próximas. Mas a violência não é tanta [como noutras cidades brasileiras] e temos um céu lindo. E o traço do arquitecto", diz a bióloga, recordando os versos de Linha do Equador, a canção de Caetano Veloso: "Céu de Brasília, traço do arquitecto/gosto tanto dela assim."

    Victor Alegria, um português de 71 anos que chegou a Brasília há quase 47, fugido do Estado Novo, e que reclama a capital brasileira como uma segunda pátria, tem uma visão equidistante: reconhece os problemas da cidade, da violência e miséria da periferia à inadequação da cidade aos pedestres. "Quem não tem carro, sofre. Brasília é corpo, cabeça e rodas", diz. Mas, acrescenta, "tem possivelmente o melhor nível de vida do Brasil", "uma das melhores assistências médicas, boas moradias, muito lazer e bons restaurantes" [parcela de texto de Jorge Marmelo].
[imagem e vídeo originalmente colocados no blogue em 25 de Novembro de 2008]


quarta-feira, 15 de julho de 2009

CENTROS COMERCIAIS


São 105 centros comerciais (os hipermercados estão fora) e ocupam 3,4 milhões de metros quadrados em lojas (em ABL, área bruta locável, que não inclui corredores, parques de estacionamento e armazéns), o que daria para albergar os 10,2 milhões de habitantes do país, se toda a gente decidisse ir ao mesmo tempo para esses espaços, conclui Joana Pereira Bastos (Expresso, 4 de Julho último). Cada português vai uma vez por semana a um desses espaços; em 2007, contabilizaram-se perto de 500 milhões de visitas.


O conforto, a diversidade de oferta de produtos e os horários alargados são razões principais dessa preferência. Ao invés, o comércio tradicional não procura a adaptação a estas condições. Por isso, até 2011 prevê-se a abertura de mais doze centros comerciais.

O mesmo trabalho de Joana Pereira Bastos, com Isabel Paulo, aborda dois exemplos de adaptação e sucesso e dois casos de decadência ou fracasso total. Curiosamente, as jornalistas olharam para Lisboa (Fonte Nova e Apolo 70) no primeiro caso e Porto (Brasília e Dallas) no segundo caso, mas poderiam olhar para outros exemplos nessas cidades. Basta percorrer um pequeno centro comercial junto ao Saldanha e os que estão perto da sede da PT, na Av. Fontes Pereira de Melo.

Mas peguemos nos quatro exemplos inseridos na notícia do jornal. Na realidade, o Fonte Nova soube sobreviver ao gigante Colombo; embora haja alguma rotação de lojas, o supermercado, os cinemas, a loja de gelados, a loja de fotocópias, os restaurantes e cafetarias e outras lojas souberam aproveitar-se de uma arquitectura quase quadrada do centro. O Apolo 70, já sem cinema há muitos anos, visitado diariamente por 2500 pessoas, soube aguentar-se mesmo com a grande concorrência do centro comercial por baixo da praça de touros do Campo Pequeno. Se o Fonte Nova está numa boa zona residencial, o Apolo 70 combina residências com forte zona de serviços.

Já os centros do Porto acima exemplificados tiveram outra sorte, até por terem maior dimensão. O Brasília foi, durante anos, um dos maiores centros comerciais do norte do país, com cinema e muitas lojas, alargando inclusivé as instalações. Igualmente situado na Boavista, zona central da cidade, o Dallas parecia ser uma alternativa ao Brasília mas cedo os problemas de estrutura física (problemas de perigo de incêndio, por exemplo) ditaram o seu encerramento. E o Brasília enfrentou a concorrência de centros próximos como o junto ao mercado do Bom Sucesso, que abriria com uma pista de gelo, entretanto desactivada, e um conceito mais moderno de restauração e de cinema multiplex.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

OUTRAS PAISAGENS URBANAS DE BRASÍLIA


O Fernando Paulino ("correspondente" do Indústrias em Brasília) tinha-me avisado: o blogue http://www.umaoutrabrasilia.blogspot.com/ é mesmo "Uma outra Brasília". Fui lá espreitar e confirmei: o blogue de Usha Velasco mostra o Sector Comercial Sul, onde o nome do bar (Maracutaya Drinks) e a figura dos três macaquinhos são puras corruptelas, onde os chupa-chupas e rebuçados e chocolates são a perdição dela, que, entretanto, ouve e se diverte com Sivuquinha, que dá aulas de acordeão na Escola de Música. Escreve a Usha: "Piauiense, há 34 anos em Brasília, ele é pianista, sanfoneiro e um doce de pessoa".

Além disso, ela dá conta das gentes e das paisagens, da sua casa na Asa Norte, com muitas árvores à frente da sua janela, dos automóveis antigos e das suas chinelas, num registo simultaneamente profissional e intimista. Onde se descobre que há um lado popular na cidade moderna que nos é mostrada das fotografias.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

RECORDAÇÃO DE BRASÍLIA (3) - SÍTIOS


A arquitectura de Brasília é utópica. Traçada a régua e esquadro, a Praça dos Três Poderes (legislativo, jurídico, executivo) é o cume dessa utopia. Uma grande alameda parte e desemboca lá, com os edifícios dos ministérios logo acima. O poder legislativo é bicamarário, o que torna mais ampla a discussão pública (espaço público).

A cidade foi inaugurada a 21 de Abril de 1960 pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. A cidade, ao dividir-se em duas asas (norte, sul), dá uma ideia da modernidade do transporte e do planeamento. O plano urbanístico (Plano Piloto) foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que também concebeu o Lago Paranoá. Em simultâneo, fez-se a manutenção e a ampliação do espaço de arborização, com parques da cidade extensos e bem visíveis quando se chega à cidade de avião. As construções mais espectaculares seriam projectadas pelo arquitecto Oscar Niemeyer (ver mais informações na
Wikipedia). Os sectores industriais são identificados, caso do sector gráfico, onde está o museu da Imprensa, por exemplo (destacado aqui, no passado dia 11). Aqui, a lógica do património é diferente dos modelos alemão e austríaco da ilha ou bairro dos museus. É grande a distância entre edifícios, apelando ao uso do automóvel (diz-se que em Brasília para um milhão de habitantes há dois milhões de viaturas).

A Universidade de Brasília (UnB) é outro lugar de utopia (entrevistei aqui o
Chico Livreiro, fígura ímpar da cultura daquela universidade). Assente num edifício com um quilómetro de comprimento e inicialmente sem departamentos, a Universidade seria pensada como lugar em que todos, universitários e povo, pudessem conversar. O golpe militar de 1964 acabou com a utopia, nascendo a departamentalização. Da fundação, ficou o edifício, o seu enorme jardim e uma certa circulação anárquica. Muito recentemente, a legislação do país introduziu a distribuição por quotas de negros, índios, mulatos e pessoas pertencentes a níveis económicos reduzidos, o que terá impacto próximo na realidade daquela universidade.

À cidade falta o pathos das cidades europeias, de ruas com lojas, de edifícios antigos, de arquitecturas distintas consoante a época em que foram edificados. Há, contudo, quem pense o contrário: a Europa está decadente, o Brasil é um país do futuro, mostrando a diversidade e a miscigenação que Canclini tão bem observou (e de que fiz eco
aqui).


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

OS LIVROS DE FERNANDO PAULINO

Em 2007, Fernando Paulino contribuira com um texto para o livro organizado por Murilo César Ramos e Suzy dos Santos, Políticas de comunicação. Buscas teóricas e práticas, em edição da Paulus. Título do artigo: "Comunicação e responsabilidade social: modelos, propostas e perspectivas".

Professor da Universidade de Brasília e do IESB (Instituto de Educação Superior de Brasília, ouvidor (provedor do ouvinte) da rádio nacional do Brasil, defendeu tese de doutoramento em 2008 exactamente na área da responsabilidade social dos media, de onde a edição já este ano desse trabalho, Responsabilidade social da mídia. Análise conceitual e perspectivas de aplicação: Brasil, Portugal, Espanha (edição da Casa das Musas).

Anteontem, foi o lançamento do livro livro LUSOCOMUM: Governança, Transparência, Accountability e Comunicação Pública, no IESB (Instituto de Educação Superior de Brasília, naquela cidade), cujo volume foi organizado por aquele professor. A publicação conta com artigos de especialistas em Comunicação Pública de países de língua portuguesa (Brasil, Portugal, Moçambique e Cabo Verde) e foi resultado de um seminário internacional realizado pela Coordenação do Curso de Pós-graduação em Assessoria em Comunicação Pública do IESB, com apoio do CNPq, Imprensa Nacional e Instituto Camões/Embaixada de Portugal, no começo de Novembro de 2008 (em baixo, vídeo que fiz com depoimento de Fernando Paulino sobre o balanço do encontro, aqui publicado em 7 de Novembro de 2008). Também neste ano, fora publicado outro volume por ele organizado, e de que dei aqui conta, com o título Comunicação e Saúde.

Eu estou particularmente grato ao Fernando, pelo convite para ter participado nesse seminário internacional e pela possibilidade de escrever um artigo sobre blogues, dado à estampa com o livro. E também por acompanhar o seu percurso intelectual, deveras interessante, e dentro de uma linha de rumo muito coerente: a necessidade dos media, nomeadamente o audiovisual, serem verdadeiros e pedagógicos na relação com as suas audiências. Tenho aprendido muito com os seus trabalhos.


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

LIVRO SOBRE POLÍTICAS DA COMUNICAÇÃO LANÇADO EM BRASÍLIA


Hoje, às 19:00, é lançado o livro Políticas da Comunicação: buscas teóricas e práticas, da editora Paulus, em Brasília, capital federal do Brasil (mais especificamente, no restaurante Carpe Diem, SCLS, 104 Sul, Loja 01, Asa Sul, naquela cidade).


Os autores da obra são: Murilo César Ramos, Suzy Santos (orgs); Érico da Silveira; César Ricardo Bolaño; Valério Brittos; Othon Jambeiro; Lara Haje; Regina Luna Santos de Souza; Fernando Oliveira Paulino; Francisco Sierra; Francisco Javier Moreno Gálvez; Geórgia Moraes; Samuel Possebon; Marcus A. Martins; Israel Bayma; André Barbosa Filho; Cosette Castro; Sayonara Leal.

Mais informações sobre o evento: Paulus em Brasília: [acesso no Brasil]: (61) 3225-9847 e
brasilia@paulus.com.br.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS MEDIA


Nos últimos anos, o termo accountability está na ciência política latino-americana como sinónimo de mecanismos que possibilitam a responsabilização das pessoas que ocupam cargos públicos, eleitas ou não, pelos seus actos à frente das instituições do Estado (Paulino, 2008: 12). Para além dos poderes Judicial, Executivo e Legislativo, pressupõe a existência de agências com autoridade legal, dispostas e capacitadas para empreender acções que vão do controlo rotineiro até sanções legais. A accountability estende-se a jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão.

O trabalho onde o tema responsabilidade social é desenvolvido resulta da tese de doutoramento de Fernando Paulino, defendida este ano na Universidade de Brasília. Aí se pretende identificar e avaliar iniciativas estabelecidas dentro dos chamados Meios de Assegurar a Responsabilidade Social dos Media (MARS), na tentativa de os aplicar à realidade brasileira (Paulino, 2008: 13). Ele segue autores como Claude-Jean Bertrand (2002), Eugene Goodwin (1993) e Hugo Aznar (1999), que consideraram a Teoria da Responsabilidade Social da Imprensa como base para um sistema de jornalismo ético que obrigue os comunicadores a se responsabilizarem perante o público, com prestação de contas das suas actividades (Paulino, 2008: 15).

Tal inspira-se, por seu lado, nas actividades da Comissão sobre Liberdade de Imprensa (Comissão Hutchins), constituída em Dezembro de 1942, a partir do financiamento de Henry Luce, um dos fundadores da revista Time. Robert Maynard Hutchins foi convidado para coordenar uma pesquisa que revelasse “o estado actual e as perspectivas futuras da liberdade de imprensa”. O resultado do trabalho da Comissão foi A Free and Responsible Press a General Report on Mass Communication: Newspapers, Radio, Motion Pictures, Magazines, and Books, publicado em 1947. O documento, onde se temia que a concentração de propriedade nas mãos de um número mais pequeno de empresas pudesse resultar num monopólio de ideias (Paulino, 2008: 21), provocou polémica ao indicar a criação de um órgão independente que avaliasse a actuação dos media. As críticas vinham de muitas instituições de comunicação, que temiam que as regulamentações se materializassem em interferências restritivas à liberdade de imprensa (Paulino, 2008: 19).

O termo accountability, que não tem uma tradução exacta na língua portuguesa, refere a obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo prestar contas a entidades controladoras ou ao seu público (Paulino, 2008: 87), sendo traduzido frequentemente por responsabilização ou prestação de contas. Paulino (2008: 27) ressalta o crescimento da atenção dos media, em especial as referentes a actividades de promoção da saúde, infância, meio ambiente e desenvolvimento sustentável por parte das empresas.



Ele dá ênfase a um dos tipos de accountability, a social (elenca mais duas, horizontal e vertical), concepção baseada numa matriz teórica que partilha da ideia de que o controlo da acção governamental pela sociedade constitui uma especificidade (Paulino, 2008: 94), mecanismo de controlo não eleitoral, envolvendo elementos institucionais e não institucionais assentes na acção de múltiplas associações de cidadãos, movimentos sociais ou media, com o objectivo de dar visibilidade a erros e falhas do Estado, trazer novos pontos à agenda pública ou influenciar decisões políticas.

O autor segue de perto o modelo de Claude-Jean Bertrand dos MARS (Meios para Assegurar a Responsabilidade Social dos Media), os quais incluem colunas de correcção de erros, secções de cartas dos leitores, colunas do provedor dos leitores, revistas de jornalismo, observatórios de imprensa e códigos de ética dos media (Paulino, 2008: 104). Paulino (2008: 256) referencia igualmente associações de telespectadores e blogues que levam os media a prestar contas. Na investigação, foi feito um levantamento exaustivo das competências assumidas pelas entidades reguladoras dos media em Espanha e em Portugal, caso da ERC, modelos que o autor entende úteis para a implementação da responsabilidade social dos media no Brasil. O trabalho de Fernando Paulino - "correspondente" do Indústrias Culturais em Brasília - incluiu entrevistas feitas a dirigentes de empresas dos media, reguladores e académicos.


Leitura: Fernando Oliveira Paulino (2008). Responsabilidade Social da Mídia. Análise conceitual e perspectivas de aplicação no Brasil, Portugal e Espanha. Tese de doutoramento defendida na Universidade de Brasília, 347 páginas

sábado, 5 de janeiro de 2008

PORTUGUÊS: PARA QUANDO UMA LÍNGUA HOMOGÉNEA?


Copio o que a SECOM, Secretaria de Comunicação da Universidade do Brasil, publicou ontem, dia 4 (os meus agradecimentos prévios a Fernando Paulino, "correspondente" do Indústrias em Brasília, Brasil, por me ter dado a conhecer o conteúdo da entrevista) (o português da entrevista é, certamente, o usado no Brasil):

"É preciso ter uma língua escrita o mais homogênea possível", por RODOLFO BORGES, Da Secretaria de Comunicação da UnB (com fotografias de Roberto Fleury/UnB Agência, como a que coloquei aqui no blogue)

No dia 26 de dezembro de 2007, Portugal deveria ter ratificado o acordo ortográfico que unificaria a forma de escrever o português nos oito países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nosso alfabeto ganharia mais três letras (k, w e y) e a maioria dos acentos sumiria, entre outras mudanças. Mas os portugueses titubearam de novo. O receio lusitano adia, mais uma vez, o início a vigência do acordo, assinado por todos os países da CPLP (com exceção do Timor-Leste, que ainda não era membro) em 1990. Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram a decisão, e isso seria suficiente para ele começar a valer. Mas, sem o aval de Portugal, a unificação da língua não tem força política para vingar.

"O argumento atual de Portugal leva em conta o parque editorial. Eles acreditam que vai haver prejuízos financeiros na implantação de uma série de mudanças", explica a professora Enilde Faulstich, do Departamento de Lingüística, Português e Línguas Clássicas (LIP) da Universidade de Brasília (UnB). Enquanto não entram em acordo, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste continuam a escrever o português de forma diferente – e isso pode atrapalhar a internacionalização da língua. "Ao ensinar português a um estrangeiro, nós não devemos ser obrigados a fazer a duplicidade de estrutura (lusitana e brasileira) a toda hora. Isso cria insegurança em quem está aprendendo a língua", defende a professora.

Na entrevista abaixo, Faulstich comenta os detalhes do acordo ortográfico e destaca que a licenciatura em Português do Brasil como Segunda Língua completa dez anos na UnB. "O Distrito Federal é a única federação do país que forma docentes para o ensino do português a falantes de outras línguas, não apenas a estrangeiros, mas a surdos e a índios", comemora. A lingüista ainda analisa o lugar do português no mundo atual e critica as políticas nacionais de expansão da língua. "As propostas que vêm dos setores superiores do Ministério da Educação e do Ministério das Relações Exteriores são para professores doutores. Ora, não se faz um doutor de uma hora para a outra", reclama.


A entrevista, na íntegra, pode ler-se aqui. Neste momento, o blogueiro não quer tomar partido, mas a acusação é suficientemente grave para Portugal. Ainda que a entrevista seja dada por uma docente universitária, sem responsabilidades de decisão política de qualquer nível.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

LIVRO SOBRE COMUNICAÇÃO E SAÚDE


Comunicação e Saúde é um livro organizado por Fernando Oliveira Paulino e editado pela Casa das Musas, em Brasília. No prefácio, indica-se que o livro apresenta múltiplas abordagens da comunicação para a promoção da saúde e que a publicação, juntamente com outros produtos audiovisuais elaborados por jovens de Planaltina, Varjão, Ceilândia e São Sebastião, resulta do projecto Saúde e Comunicação Comunitária apoiado pelo ministério brasileiro da Educação. De entre outros objectivos, o projecto visou ampliar o acesso aos media na promoção da saúde e estimular a criação de novas linguagens audiovisuais. Com o artigo "Blogues e a promoção da saúde", participei com muito agrado no projecto agora publicado.

Fernando Oliveira Paulino tem doutoramento em Comunicação pela Universidade de Brasília, é docente universitário e ouvidor (provedor) das rádios da Empresa Brasil de Comunicação EBC.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

AINDA O LUSOCOMUM

Marleide Neves entrevistou-me para o blogue fazendoassessoria (21 de Novembro último), a propósito do Seminário Internacional sobre Comunicação Pública e Lusofonia, realizado no começo de Novembro em Brasília. Registo a minha última resposta:

  • P: Na sua opinião, deve ser organizada uma nova edição do LUSOCOMUM?

    R: Por mim, sim. Mas alargada nomeadamente a Angola. E com um programa de
    docência como indiquei acima, para maior partilha de conhecimentos. Além
    de criar metas bem precisas, como formação de grupos de trabalho que façam
    estudos comparativos sobre a realidade das mídia nos nossos países. A
    ideia foi pensada informalmente nesses dias aí em Brasília, mas tem de se
    dar andamento formal.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

NO BRASIL, AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE CONCESSÕES DE RÁDIO E TV


Na próxima quinta-feira, vai decorrer em Brasília uma audiência pública para debater a renovação das concessões de rádio e televisão, convocada pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados do Brasil.

A audiência analisará sobretudo as concessões das emissoras Globo, Record e Bandeirantes (estações em várias cidades do Brasil), com o objectivo de avaliar o serviço prestado durante os últimos quinze anos. A audiência visa ainda propor regras e compromissos para o próximo período de exploração da radiodifusão por essas empresas.

Ao longo do mês passado, diversas organizações realizaram audiências públicas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, para um melhor conhecimento de situações e envolvimento na sessão do dia 27.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ACTIVIDADES DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Entre 1 e 8/10, a UnB (Universidade de Brasília) realiza a semana universitária com variadas actividades científicas e culturais nos quatro campi da universidade. A programação multidisciplinar está disponível em aqui. As inscrições podem ser feitas nesse sítio acima ou directamente no local dos seminários, apresentações, debates, cursos etc, quando houver vaga. A atenção especial vai para o debate sobre Comunicação Pública, que contará com as presenças de Tereza Cruvinel, presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e Regina Lima, Ouvidora da EBC [provedora do ouvinte], agendado para quarta-feira, dia 5, às 8:30 no auditório da Faculdade de Comunicação (FAC) da UnB. A ressalvar também a presença dos professores César Bolaño (UFS, presidente da ALAIC), Valério Brittos (Unisinos), Delia Crovi (México) e Eliseo Colón (Porto Rico), que oferecerão seminários na pós-graduação, dirigidos a professores, estudantes de graduação, mestrandos e doutorandos, e interessados em cursar pós-graduação, na quarta-feira, dia 5, das 14:15 às 18:00, e na quinta-feira, dia 6, das 8:15 às 12:00. As inscrições nos dois seminários são gratuitas e podem ser feitas através doposcom@unb.br ou pessoalmente com Regina ou Luciano na Secretaria do Programa de Pós-Graduação da FAC entre hoje e quarta, dia 5. Os professores Bolaño, Brittos, Crovi e Colón também participarão, na sexta-feira, dia 7, pela manhã, de debates sobre Pluralismo, Comunicação Internacional e Liberdade de Expressão, frutos de parceria entre ALAIC e UNESCO. No sábado, dia 8, outro destaque vai para a palestra Futebol: Gestão, Comunicação e Cidadania, a proferir por Luis Alvaro Oliveira Ribeiro, presidente do Santos FC.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

ARTICLE 19 busca Consultor/a em Brasília

O/A consultor/a atuará em Brasília em temas relacionados à liberdade de expressão e informação nas políticas internas e na política externa brasileira. O/A profissional deverá planejar e implementar estratégias de advocacy com a finalidade de contribuir para que o Brasil adote posições com forte embasamento nos direitos humanos no contexto internacional e regional, inclusive em acordos e fóruns multilaterais. O/A consultor/a auxiliará o escritório regional da ARTICLE 19 sediado em São Paulo a promover as mudanças legais, políticas e práticas necessárias para realização do direito à liberdade de expressão e o acesso a informação.
Primeiros passos:

Inicialmente, a ARTIGO 19  busca recrutar um consultor que, durante um período experimental de 3 meses, desenvolva as seguintes tarefas:
1. Desenvolvimento (em inglês) de um plano estratégico de engajamento junto ao governo brasileiro, com o objetivo de persuadir as autoridades nacionais a assumirem uma função mais central na proteção dos direitos humanos nos contextos regional e internacional. O documento também deverá indicar principais interlocutores e parcerias recomendáveis entre organizações da sociedade civil, coalisões, redes e ativistas.
2. Iniciar dois projetos pilotos de advocacy – tanto relacionados ao âmbito domestico, quanto à política externa brasileira: o/a profissional deverá construir uma rede de contatos com membros influentes do governo e do congresso, assim como atores sociais e com a mídia, desenvolvendo atividades de advocacy relacionadas a 2 temas de considerável relevância ou urgência no âmbito domestico e externo, em coordenação com o escritório da ARTICLE 19 em São Paulo.
Qualificações:

O interessado deverá possuir significativa experiência política, de interação com a mídia e de advocacy. Buscamos um graduado em direito, relações internacionais, jornalismo e/ou com atuação na área das ciências humanas, que deve possuir também experiência no trabalho em prol dos direitos humanos. Fluência em português e inglês são requisitos essenciais, assim como conhecimento da mídia e do processo legislativo brasileiros.
Interessados devem enviar currículo e carta de intenções para selecao@artigo19.org até 10 de fevereiro.
-- 
Natália Keiko
ARTIGO 19
tel.: (11) 3057-0042/0071
Rua João Adolfo, 118 - 8ºandar
Anhangabaú, São Paulo, Brasil
tel. +55 11 30570042/0071
http://www.artigo19.org/
Twitter: @Artigo19
Receba nosso informes:
http://bit.ly/artigo19

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

RÁDIO COMUNITÁRIA UTOPIA FM


A Rádio Comunitária Utopia FM transmite em 98,1 MHz FM na região administrativa de Planaltina (DF), perto de Brasília, e endereço na internet em Utopia. O colectivo da rádio desenvolve trabalhos sociais em escolas da região e em parceria com o Projecto Comunicação Comunitária da UnB (Universidade de Brasília).

[obrigado, de novo, ao Fernando Paulino]

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

LUSOCOMUM


Nos passados dias 3 e 4, realizou-se no Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), daquela cidade, o seminário internacional Lusocomum sob o tema "Transparência, Governança, Accountability e Comunicação Pública".

O encontro envolveu investigadores do Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal. No vídeo abaixo, Fernando Paulino dá conta dos resultados do seminário (registo feito ontem). Fernando Paulino, um dos principais artífices do seminário, é docente na Universidade de Brasília e no IESB e provedor do ouvinte da rádio pública brasileira.



Espero dar mais informações sobre o encontro nos próximos dias.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

RECORDAÇÃO DE BRASÍLIA (4) - BIENAL DE DESIGN DE BRASÍLIA


Bernardo Díaz Nosty ("El nuevo continente virtual", pp. 18-19, in Tendencias '07 Medios de comunicación. El escenário iberoamericano. Madrid: Ariel) segue Hallin e Mancini (2004) quando estes investigadores, ao escreverem sobre a relação entre sistemas políticos e sistemas de media, descrevem três modelos bem definidos nas democracias ocidentais: pluralista, corporativo democrático e liberal. Ora, dizem estes investigadores, os sistemas da América Latina não encaixam em nenhum destes modelos, mas possuem uma tipologia híbrida com coincidências com o modelo pluralista polarizado da Europa do Sul e com o liberal dos Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda. Mas Hallin e Mancini acham que a maior tendência se deve à influência ibérica. Na América Latina não há uma tradição de imprensa crítica, quer pela ausência de uma sociedade civil organizada quer pela personalização da política. Hallin e Mancini destacam ainda a escassa profissionalização dos meios e uma brecha mediática (falta educação para os media, diria eu).

Os media na América Latina são dominados pelo audiovisual, inspirados na variante americana da rentabilidade económica, com atipicidade de consumo (se aumentam os produtos reguionais baixam os programas locais) e atipicidade social.

A década de 1970 foi de uma grande desestabilização política, com regimes militares em mais de dez países, ciclo que mudou na década seguinte. O século XXI assiste ao reaparecimento de regimes autoritários sob a capa de nacionalismos e populismos. A aproximação e afastamento do denominado imperialismo cultural norte-americano - com penetração de produtos televisivos e cinematográficos - é uma marca a seguir. Aí talvez possamos distinguir o Brasil de outros países da região, mais moderado e comprometido igualmente com a desigualdade social sem um discurso fechado como em alguns vizinhos.