segunda-feira, 7 de novembro de 2005

N8OHX

Trata-se de uma dança da companhia Pisando Ovos, da Corunha, composta por David Loira e Rut Balbís, estreada em Maio passado e que agora vi em Santiago de Compostela.

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Em meados da década passada, os dois conheceram-se quando estudavam Ciências da Actividade Física e do Desporto, partilhando interesses, atraídos pela acrobacia, teatro e dança. Após a licenciatura, continuaram a estudar em Londres (London Contemporary Dance School), onde se especializaram em dança contemporânea e coreografia. Rut reparte o seu tempo dando aula de dança contemporânea e preparando o doutoramento. David pertence ao Caramuxo Teatro.
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A dança que apresentam actualmente fala-nos de um mundo de mutantes, que procuram aprender a conviver e a amar. A obra, enquanto arte criativa, vê-se contaminada pelas indústrias culturais, pois há muito da memória cinematográfica (Minority report, por exemplo) e do texto de Mary Shelley, Frankenstein - seres humanos criados por outros seres humanos, a quem faltam coordenação, emoções e sentido equilibrado da solidariedade e da paixão.

O teatro Galán, onde a dança foi apresentada, faz parte de uma série de salas alternativas de teatro existente em Espanha desde 1992. Actualmente, compõe-se de 26 teatros de oito comunidades autónomas, incluindo a Galiza. Esta rede de teatros - espaços pequenos ou médios - procura a difusão e promoção do teatro, da dança contemporânea e do património cultural comum, dentro do conceito de indústrias criativas como aqui tenho defendido.

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