Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO
domingo, 25 de setembro de 2011
DANSER À PARIS DANS LES ANNÉES 1970-80
"En matière de pratiques culturelles, le développement de la fréquentation des discothèques est sans doute l’évolution la plus notable, à la fin des années 1970, et elle passe totalement inaperçue des radars macro-sociologiques de l’époque, notamment des enquêtes sur les pratiques culturelles des Français". Lire plus ici.
PREPARAÇÃO DE PAINÉIS
Na Lx Factory preparam um painel artístico (Before I die), na avenida Lusíada montam um painel publicitário, que presumo ser sofisticado a avaliar pela duração de tempo na instalação e pelos meios utilizados (o anterior anúncio pertencia à Vodafone, como se vê abaixo). O primeiro é para ser visto pelo passeante apenas durante o dia e o segundo pelo automobilista dia e noite; o primeiro, produto artesanal, é conceptual e o segundo, com escala industrial, veicula uma mensagem comercial. Possivelmente, o primeiro é um projecto único e o segundo uma imagem que vemos em muitas cidades espalhadas pelo mundo. Um veicula apenas um sentimento estético, o outro apela ao marketing e ao consumo embora possua uma igual linha estética; um tem os artistas como produtores, o outro possui profissionais que executam um projecto delineado antes da obra.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
TELENOVELAS
Isabel Ferin, professora associada da Universidade de Coimbra, editou agora o livro Memórias da telenovela. Programas e recepção. Na contracapa do livro, ele é apresentado como sistematizador de um género televisivo de muita audiência em Portugal: a telenovela. A autora mostra de Gabriela, cravo e canela até a produção nacional actual.
O livro é, porém, mais do que aquilo que se lê na contracapa. É a investigação de uma vida, da docente que tirou dois graus (mestrado e doutoramento) em S. Paulo e aí adquiriu as metodologias de investigação de um género televisivo igualmente muito popular no Brasil. É ainda o facto de a autora trazer a tipologia de investigação e ter criado discípulos que prosseguem com investigação própria. A primeira frase da apresentação do livro é a seguinte: "Memória da Telenovela é uma obra sobre ficção seriada televisiva". Isto abre para outra dimensão, a do percurso do formato e o seu impacto na sociedade. A soap opera americana, amada e odiada em simultâneo, porque considerada produto de consumo popular e produto de baixa qualidade, chegou à América latina e hibridizou-se, transformou-se. De Cuba passou para o Brasil, Argentina e México, os ainda hoje grandes produtores de telenovela, antes dela chegar à Europa, nomeadamente Portugal.
Isabel Ferin (à direita na imagem, com Nelson Ribeiro a apresentar o seu livro anteontem) procura no seu texto agora publicado sistematizar os dados sobre a ficção produzida em Portugal, uma "tentativa de construção de uma memória de um dos géneros televisivos de maior audiência no nosso país" (p. 8). Além da apresentação, Memória da Telenovela divide-se em três partes (contextos históricos e geográficos; produção e emissão; audiências, usos e recepção) e nove capítulos (história dos media e da ficção em Portugal; das soap operas às telenovelas; sobre a cultura de massas; a revolução da Gabriela; as agendas da telenovela brasileira em Portugal; da telenovela à prostituição; ficção seriada, 2007-2009; audiências e recepção; públicos especiais).
Porque ainda não li o livro na totalidade, retenho apenas a estrutura do primeiro capítulo, em que a autora esboça uma periodização funcional para explicar a investigação sobre a história da ficção e dos media em Portugal desde a década de 1930 (a tese de doutoramento da autora, não publicada, foi sobre António Ferro, o ideólogo do Estado Novo) até 2005. Assim, ela divide esse longo período em cinco etapas: Estado Novo (1930-1974, subdividido em quatro ciclos), revolução de Abril de 1974, normalização democrática e modernização (1977-1988), mercado televisivo e ficção (1992-1998), estratégias da ficção em português (1998-2005). Dados estatísticos, compreensão dos acontecimentos políticos, culturais, sociais e empresariais, a par dos principais programas na televisão portuguesa, dão um panorama alargado deste nosso passado rico e complexo.
O livro é, porém, mais do que aquilo que se lê na contracapa. É a investigação de uma vida, da docente que tirou dois graus (mestrado e doutoramento) em S. Paulo e aí adquiriu as metodologias de investigação de um género televisivo igualmente muito popular no Brasil. É ainda o facto de a autora trazer a tipologia de investigação e ter criado discípulos que prosseguem com investigação própria. A primeira frase da apresentação do livro é a seguinte: "Memória da Telenovela é uma obra sobre ficção seriada televisiva". Isto abre para outra dimensão, a do percurso do formato e o seu impacto na sociedade. A soap opera americana, amada e odiada em simultâneo, porque considerada produto de consumo popular e produto de baixa qualidade, chegou à América latina e hibridizou-se, transformou-se. De Cuba passou para o Brasil, Argentina e México, os ainda hoje grandes produtores de telenovela, antes dela chegar à Europa, nomeadamente Portugal.
Isabel Ferin (à direita na imagem, com Nelson Ribeiro a apresentar o seu livro anteontem) procura no seu texto agora publicado sistematizar os dados sobre a ficção produzida em Portugal, uma "tentativa de construção de uma memória de um dos géneros televisivos de maior audiência no nosso país" (p. 8). Além da apresentação, Memória da Telenovela divide-se em três partes (contextos históricos e geográficos; produção e emissão; audiências, usos e recepção) e nove capítulos (história dos media e da ficção em Portugal; das soap operas às telenovelas; sobre a cultura de massas; a revolução da Gabriela; as agendas da telenovela brasileira em Portugal; da telenovela à prostituição; ficção seriada, 2007-2009; audiências e recepção; públicos especiais).
Porque ainda não li o livro na totalidade, retenho apenas a estrutura do primeiro capítulo, em que a autora esboça uma periodização funcional para explicar a investigação sobre a história da ficção e dos media em Portugal desde a década de 1930 (a tese de doutoramento da autora, não publicada, foi sobre António Ferro, o ideólogo do Estado Novo) até 2005. Assim, ela divide esse longo período em cinco etapas: Estado Novo (1930-1974, subdividido em quatro ciclos), revolução de Abril de 1974, normalização democrática e modernização (1977-1988), mercado televisivo e ficção (1992-1998), estratégias da ficção em português (1998-2005). Dados estatísticos, compreensão dos acontecimentos políticos, culturais, sociais e empresariais, a par dos principais programas na televisão portuguesa, dão um panorama alargado deste nosso passado rico e complexo.
FESTIVAL EM ÁGUEDA
O Gesto Orelhudo é um festival de musicomédia, termo nascido da orelhuda ideia de casar a música e o humor. Ver mais aqui.
CINEMA DA ÍNDIA
A partir de 8 de Outubro, e durante os sábados do mês, o Museu do Oriente (Lisboa) promove o curso Índia. Cinema e Sociedade. O curso tem como objectivo apresentar a Índia contemporânea na sua diversidade e complexidade, articulando a apresentação de cada tema com o cinema, passando por realizadores clássicos, como Satyajit Ray, ao moderno e cosmopolita Bollywood. Nas últimas duas décadas, a Índia entrou na economia transnacional, graças ao desenvolvimento de tecnologias de comunicação e de informação, à entrada no mercado de televisão por satélite, e uma escala de produção cinematográfica a nível internacional. Saber mais através do email info@foriente.pt.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
FONTES DE INFORMAÇÃO E JORNALISMO
Aldo Antonio Schmitz lançou agora o livro Fontes de Informação. Ações e estratégias das fontes no jornalismo (2011), editado pela Combook, de Florianópolis, no estado brasileiro de Santa Catarina. Docente e director do Instituto Superior de Comunicação (ISCOM), em Florianópolis, com uma actividade de vinte anos na gestão da comunicação pública e empresarial, o seu livro é o primeiro no Brasil a tratar exclusivamente do tema. Ele reune e faz a revisão da literatura do tema e operacionaliza um trabalho empírico baseado em entrevistas a 440 fontes, assessores de imprensa e jornalistas.
O autor propõe uma complexa classificação de fontes de informação, atendendo a categoria (primária, secundária), grupo (oficial, empresarial, institucional, popular, notável, testemunhal, especializada, referencial), acção (proactiva, activa, passiva, reactiva), crédito (identificada, anónima) e qualificação (confiável, fidedigna, duvidosa) (pp. 26-36). Assessoria de imprensa, jornalistas, media training, imagem e reputação e ética são outros tópicos abordados no livro.
Na contracapa, Aldo Antonio Schmitz indica os seus propósitos: "a obra elucida as acções e as estratégias, inclusive as equivocadas, das fontes de notícias em persuadir os jornalistas a reproduzir os factos, o enfoque, as falas e os seus interesses, com o propósito de zelar por uma reputação ilibada e imagem positiva, seja pessoal, da organização ou do grupo social que representam. Enfim, contribui para a introdução aos estudos sobre fontes de notícias nos cursos de Jornalismo e Relações Públicas".
O autor propõe uma complexa classificação de fontes de informação, atendendo a categoria (primária, secundária), grupo (oficial, empresarial, institucional, popular, notável, testemunhal, especializada, referencial), acção (proactiva, activa, passiva, reactiva), crédito (identificada, anónima) e qualificação (confiável, fidedigna, duvidosa) (pp. 26-36). Assessoria de imprensa, jornalistas, media training, imagem e reputação e ética são outros tópicos abordados no livro.
Na contracapa, Aldo Antonio Schmitz indica os seus propósitos: "a obra elucida as acções e as estratégias, inclusive as equivocadas, das fontes de notícias em persuadir os jornalistas a reproduzir os factos, o enfoque, as falas e os seus interesses, com o propósito de zelar por uma reputação ilibada e imagem positiva, seja pessoal, da organização ou do grupo social que representam. Enfim, contribui para a introdução aos estudos sobre fontes de notícias nos cursos de Jornalismo e Relações Públicas".
terça-feira, 20 de setembro de 2011
LANÇAMENTO DE LIVROS EM BRASÍLIA
A Faculdade de Comunicação UnB lança dois livros hoje às 19:00, no auditório FAC: Comunicação e Cidadania: princípios e processos, Dione Moura (Coord), coletânea com diversos autores da FAC e convidados, publicado pela Editora Francis e Campus 40 anos – dos papiros à internet, fruto do projecto final de curso de Jaqueline Lima (texto) e Taynara Nogueira (diagramação), Summus Editora.
OBITEL
No segundo dia do encontro da Obitel, houve apresentações nacionais, casos do Uruguay, México, Espanha e Estados Unidos (aqui, a produção de ficção de língua castelhana). Retive alguns elementos como o peso da produção e das co-produções, a existência de públicos diversificados (jovens, adultos, mais velhos), com consumos distintos, a importância de temas universais mas adaptados a realidades nacionais e regionais e alguma coincidência desses temas e circulação de alguns títulos (comprados e adaptados aos países de recepção).
Nas comunicações produzidas, discutiram-se também formatos (séries, minisséries, telenovelas) e o papel dos actores (alguns cuja popularidade garante audiências elevadas) e dos argumentistas. Uma questão introduzida no presente ano no anuário do Obitel, a da transmediação (a partir do conceito desenvolvido por Henry Jenkins), com o uso das redes sociais como comentários e sugestões, foi comum às comunicações. Indique-se que os diferentes países trabalharam dados nacionais a partir de uma grelha de análise comum, o que permite estabelecer uma comparabilidade admirável.
Ler mais aqui e aqui.
Nas comunicações produzidas, discutiram-se também formatos (séries, minisséries, telenovelas) e o papel dos actores (alguns cuja popularidade garante audiências elevadas) e dos argumentistas. Uma questão introduzida no presente ano no anuário do Obitel, a da transmediação (a partir do conceito desenvolvido por Henry Jenkins), com o uso das redes sociais como comentários e sugestões, foi comum às comunicações. Indique-se que os diferentes países trabalharam dados nacionais a partir de uma grelha de análise comum, o que permite estabelecer uma comparabilidade admirável.
Ler mais aqui e aqui.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
ACTIVIDADES DO MAEDS
Numa parceria entre o MAEDS (Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal) e o Centro de Estudos Bocageanos, vai decorrer em Setúbal e nos próximos dias 8 e 15 de Outubro um workshop de Introdução à Arqueologia Subaquática. No mesmo museu, vai haver um curso de pintura (acrílico) com Eduardo Carquejeiro, de 27 de Setembro a 6 de Dezembro, com a duração de 11 semanas, com Sessões de duas horas e meia às terças-feiras (18-20:30). Mais informações aqui e aqui.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
CASA DAS HISTÓRIAS PAULA REGO
O arquitecto Eduardo Souto de Moura foi distinguido hoje com o Prémio Secil de Arquitectura pela Casa das Histórias Paula Rego (Cascais).
VILA CRIATIVA - UNIDADE PILOTO
Um grupo de criativos das mais diversas áreas encontraram no Orçamento Participativo de Lisboa a oportunidade para propor um projecto de reconversão e revitalização urbana articulado com as indústrias criativas da Cidade. Encarando esta iniciativa de boas práticas como a verdadeira participação dos cidadãos na governação da cidade, esperam com a votação conseguir o limite máximo de 1 milhão de euros para ver a sua "Vila Criativa - Unidade Piloto" a funcionar.
O projecto baseia-se na reconversão urbana de antigas vilas operárias camarárias, um património da Cidade votado ao abandono, que constitui um tipo arquitectónico e marca o testemunho de uma época. Este grupo acredita que estes edifícios possuem características óptimas para a reconversão em pólos aglutinadores de criativos, as VILAS CRIATIVAS. Uma aposta nas indústrias criativas como factor de desenvolvimento da Cidade.
Criativos das áreas de artes e ofícios tradicionais, música, artes visuais, artes dramáticas, edição, design, literatura, arquitectura, publicidade, cinema, tecnologias e conteúdos interactivos, culinária, poderiam trabalhar num lugar marcado pelas sinergias criativas. Mais do que uma incubadora de empresas, falam de uma “incubadora de ideias”.
O vídeo promocional, uma conversa de chat cibernético entre Fernando Pessoa e alguns dos seus heterónimos acerca desta “Vila Criativa” está acessível aqui: http://www.vimeo.com/28980351.
O projecto baseia-se na reconversão urbana de antigas vilas operárias camarárias, um património da Cidade votado ao abandono, que constitui um tipo arquitectónico e marca o testemunho de uma época. Este grupo acredita que estes edifícios possuem características óptimas para a reconversão em pólos aglutinadores de criativos, as VILAS CRIATIVAS. Uma aposta nas indústrias criativas como factor de desenvolvimento da Cidade.
Criativos das áreas de artes e ofícios tradicionais, música, artes visuais, artes dramáticas, edição, design, literatura, arquitectura, publicidade, cinema, tecnologias e conteúdos interactivos, culinária, poderiam trabalhar num lugar marcado pelas sinergias criativas. Mais do que uma incubadora de empresas, falam de uma “incubadora de ideias”.
O vídeo promocional, uma conversa de chat cibernético entre Fernando Pessoa e alguns dos seus heterónimos acerca desta “Vila Criativa” está acessível aqui: http://www.vimeo.com/28980351.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
RADIO EVOLUTION
A conferência Radio Evolution é organizada pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho para a ECREA Radio Research Section (presidida por Guy Starkey, que vemos no vídeo abaixo) e está integrada nas comemorações dos 75 anos da Rádio Renascença, começando hoje e prolongando-se até sexta-feira. Das comunicações a que assisti no campus de Braga, destaco Jean-Jacques Cheval, que fez uma longa e interessante revisão da história da rádio em especial nos momentos políticos mais importantes na vida europeia e internacional. Menciono ainda as de Janey Gordon, que relevou a rádio comunitária em diversos países do mundo, Tomasz Goban-Klas, o qual fez uma análise à história da rádio a partir do conceito de mediamorphosis de Roger F. Fidler e que o comunicador transformou para radiomorphosis, e Nelson Ribeiro, que viu cartas enviadas à Emissora Nacional na década de 1930 sobre os apresentadores da estação e as comparou com os posts colocados nas páginas do Facebook do grupo Renascença no começo de 2011 sobre os animadores da antena.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
PROTECÇÃO DE DIREITOS DE AUTOR
A reivindicação dos músicos e produtores de aumentar de 50 para 70 anos a protecção dos direitos de autor sobre as músicas como forma de garantir a reforma dos artistas com uma grande carreira foi agora garantida pelo Conselho da União Europeia. O articulado chama-se Lei de Cliff, em homenagem ao músico britânico Cliff Richards, que liderou a campanha para a mudança legislativa (a partir de notícia do jornal Público).
EXPOSING EXHIBITION
Exposing Exhibition is a one-day conference that, following the triennial meeting by ICOM-CC held in Lisbon this year, aims to be an extended place for reflecting on issues concerning tangible and intangible heritage, particularly in relation to contemporary art. Exposing Exhibition seeks to address diverse strategies of presentation and preservation of contemporary artworks and the mutual influence between them. By bringing together a multidisciplinary panel, different perspectives are integrated into a broad discussion around the vicissitudes and potentialities of investigating, curating, preserving and producing contemporary art, underlining the interdisciplinary character of many projects and case studies. Communications will draw from issues concerning methodologies of investigation (namely practice based and the ethnographic approach); relations between exhibition and documentation; decision-making processes (ethical implications and the sharing or shifting authority); revision of conservation and curatorial paradigms; the challenges of new media for the conservation and curatorship of contemporary art; prospecting the museum of the future. Read more here.
CURSOS DE GESTÃO DE PROJECTOS CULTURAIS
15 Setembro a 16 Dezembro, com coordenação: Maria Calado e organização conjunta do Instituto Nacional de Administração (INA) e da Fundação do Oriente.
Local: Museu do Oriente. Os módulos com recurso a equipamento informático decorrem nas instalações do INA, em Algés. Horário: quintas-feiras das 14.00 às 18.00 e sextas-feiras das 9.00 às 18.00. Duração: 150 horas (4 módulos para gestores e 3 módulos para profissionais). Público-alvo: Responsáveis pela gestão e quadros técnicos de organizações culturais e turísticas, designadamente, museus, monumentos, centros culturais, livro e edição, galerias de arte, teatros, orquestras, parques temáticos e outros equipamentos culturais e turísticos da Administração Pública Central e Local, associações, fundações e empresas.
Ver mais em http://www.ina.pt/.
Local: Museu do Oriente. Os módulos com recurso a equipamento informático decorrem nas instalações do INA, em Algés. Horário: quintas-feiras das 14.00 às 18.00 e sextas-feiras das 9.00 às 18.00. Duração: 150 horas (4 módulos para gestores e 3 módulos para profissionais). Público-alvo: Responsáveis pela gestão e quadros técnicos de organizações culturais e turísticas, designadamente, museus, monumentos, centros culturais, livro e edição, galerias de arte, teatros, orquestras, parques temáticos e outros equipamentos culturais e turísticos da Administração Pública Central e Local, associações, fundações e empresas.
Ver mais em http://www.ina.pt/.
domingo, 11 de setembro de 2011
LOJAS DE GLASGOW
Carol Foreman, em 2010, publicou Glasgow shops. Past and present. Armazéns, lojas ligadas ou não à alimentação e centros comerciais fizeram parte do seu estudo. As lojas, diz a historiadora de Glasgow, começaram a ter a traça que conhecemos a partir do século XVIII, funcionando a loja no rés-do-chão e o resto da casa para habitação do proprietário. As principais zonas de comércio de lojas eram High Street, Gallwgate, Saltmarket, Trongate, Bridgegate e King Street. A primeira loja a ter iluminação a gás foi em 1818, com o merceeiro James Hamilton. Durante o século XIX, os comerciantes estenderam-se para a parte ocidental da cidade. A Argyle Street abriu em 1828, sendo ainda hoje parte central do movimento da cidade a par de Buchanan Street. Lentamente, formavam-se lojas com nomes que perdurariam, como Lipton (ainda hoje conhecida como marca de chá), Sarah Louise Bridal (roupas de casamento), Paterson (calçado, já não existente no Reino Unido mas na Europa) e Chisholm Hunter (ourivesaria e relojoaria).
Hoje, mantêm-se os edifícios sólidos mas o design exterior das lojas (e restaurantes) não é muito moderno, ficando a operacionalidade da montra e da sinaléctica.
Hoje, mantêm-se os edifícios sólidos mas o design exterior das lojas (e restaurantes) não é muito moderno, ficando a operacionalidade da montra e da sinaléctica.
sábado, 10 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
PROVA DE AUTOR
PROVA DE AUTOR é um projecto artístico, experimental e sensível, da autoria da fotógrafa Susana Paiva, dedicado à produção, promoção e difusão de projectos editoriais singulares, nomeadamente livros de artista. O projecto visa recentrar o poder de decisão, frequentemente detido por outrém, no próprio autor. PROVA DE AUTOR retoma assim uma ideia há muito abandonada – a da liberdade artística individual. PROVA DE AUTOR subsiste exclusivamente graça a um conjunto de apoios individuais por parte de cidadãos que acreditam na mais valia de projectos sensíveis desta natureza.
Ver mais em PROVA DE AUTOR.
Ver mais em PROVA DE AUTOR.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
PINTURA DE JOSEF BOLF
A Galeria Arthobler (Rua Miguel Bombarda, 624, Porto) apresenta a primeira exposição individual do artista checo Josef Bolf, Matt glass of double doors, a partir de 17 de Setembro. Nascido 1971 em Praga, os temas mais comuns no trabalho de Josef Bolf andam em torno da vulnerabilidade, do infantilismo, da destruição e a limitação da comunicação, tentando trabalhar o mais autêntico possível com o que quer transmitir – emoções e estados de espírito.
RADIO EVOLUTION
terça-feira, 6 de setembro de 2011
LITERACIA VISUAL, POR ISABEL CAPELOA GIL
O último texto e a última frase de um livro são marcantes, pois representam o final da leitura e aquilo que ficou mais recentemente na nossa memória. Assim, retenho o que escreve Isabel Capeloa Gil: "Revelando a hostilidade como categoria contingente e situada, [o filme] In the Valley of Elah apresenta, no estado de excepção do Hollywood pós-político, a exigência de uma renovada literacia, que abarque o indistintivo, o ambivalente, a crítica [...]" (p. 290).
"Visualidade, violência e a construção da hostilidade no cinema" é o título do último capítulo do livro Literacia Visual, de Isabel Capeloa Gil, há pouco tempo publicado (Edições 70). O capítulo analisa o cinema de guerra - aquele que incide em sequências de combate mas também na formação discursiva apoiada no sistema político-social da indústria cinematográfica (p. 271), com a autora a distinguir inimigo e hostilidade aplicados ao filme de Paul Haggis, In the Valley of Elah (2007), depois de circular por textos de Richard Sennett, Carl Schmidt, Michel Foucault, Sigmund Freud e Jacques Lacan.
Dividido em duas partes, o livro contém textos de conferências proferidas nomeadamente em Utreque, Londres, Filadélfia, Braga e Lisboa e ilustra a grande erudição da autora, que percorre os clássicos gregos e latinos (Platão, Aristóteles, Lucrécio) e modernos e pós-modernos (Lacan, Baudelaire, Benjamin, Musil, Freud, Grusin, Barthes), e abrange saberes que vão da psicologia à literatura, da filosofia à história. Cinema e fotografia são os media mais destacados nos seus textos, mas também a literatura (e os pequenos contos em especial, em Edgar Allan Poe, Robert Musil e J. M. Coetzee). A noite, o conflito, a guerra, a catástrofe, a ruína, a visibilidade e o invisível, mas também o distanciamento, a reflexividade, a remediação, a modernidade e a pós-modernidade, a fragmentação e a memória, são tópicos centrais observados e que, apesar de escritos para ocasiões e espaços distintos, apresentam uma notável unidade orgânica. O óptico, o visual, os instrumentos para ver (binóculo, óculo), a máquina fotográfica e a de filmar acompanham todo o volume.
Se a primeira parte trata dos dispositivos do olhar (que encontramos mais aprofundados no primeiro texto), a segunda parte é dedicada à visualidade e à violência (que seguimos melhor no sexto e último texto do volume).
Dos dispositivos do olhar, a autora destaca a imagem do coelho-pato, usada em obras de transição do século XIX para o XX. Um dos pressupostos é que a visão não é apenas uma característica biológica e natural mas enquadrada pela sociedade e cultura (p. 13). A literacia visual vem desse princípio, que exige competências múltiplas e se encara como a necessidade de cultura para ler as imagens (p. 15). A literacia visual invoca a capacidade crítica da leitura (p. 23). Barthes, Foucault, Mirzoeff e Mitchell são alguns dos autores referenciados. A autora destaca diversos tópicos: imagem como não sendo produto natural ou transparente ou verdadeiro, literacia visual além da concepção linguística das imagens, transdisciplinar, interrelacional, revisionista e com estratégia de cidadania (pp. 24-30).
Sobre a visualidade e violência, Isabel Capeloa Gil vê-as como conceitos relacionados, além da aliteração dos termos (p. 271). A visualidade é uma estrutura da mediação, pressuposto da apropriação do real pelo olhar. Por seu lado, a violência reside no olhar do sujeito e que se projecta no ecrã, conferindo prazer perverso ao espectador que sente a dor e o infortúnio do observado. O filme acima identificado conduz ao texto teórico da autora. Mais à frente, ela identifica a mimésis como estando dentro das categorias de inimigo e próximo (p. 290).
Antes, a autora escrevera sobre a domesticidade do conflito e a fotografia de Martha Rosler e "quando a mulher regressa", dois belos ensaios sobre a guerra e a representação dos indivíduos - o homem na frente da batalha e a mulher no trabalho durante a guerra; o regresso do homem, traumatizado pela guerra e querendo recuperar o emprego, o que leva a um idealizar da mulher no regresso ao lar (e ao normal), ao mesmo tempo que se questiona a femme fatale na mulher alemã, amante e espia, dentro do cânone do cinema noir. A isso, Isabel Capeloa Gil chama a arqueologia da regressão (p. 234), citando filmes como I'll Be Seeing You e The Search.
Como disse acima, ela trabalha com frequência pequenos contos, alguns marginais dentro da obra dos autores estudados, além de construir relações novas e de leitura estimulante. Lembro Baudelaire e a remediação em Benjamin, o negro em Edgar Allan Poe, a ideia do coelho-pato, que dá duas perspectivas de uma situação mas que a autora considera escasso e defende múltiplas interpretações. Ela volta à remediação em Benjamin e Spike Lee sobre as inundações de New Orleans: a de 1927, relatada num programa radiofónico por Benjamin, numa série sobre catástrofes; a de 2005, com o furacão Katrina e do qual Spike Lee faz um documentário, mostrando as pessoas e o que lhes aconteceu.
O texto sobre sapatos é central na primeira parte do livo. Isabel Capeloa Gil desenvolve e entretece três conceitos - fetiche, reificação e fragmentação. O fetichismo parte do que é criado artificialmente, do produto (p. 60). Ela analisa Marx e Simmel nas suas concepções de alienação e hegemonia. Parte de Baudelaire e acaba em Benjamin, com os lugares, as mulheres, as passagens, os objectos como candeeiros e a moda (os sapatos). Os sapatos, escreve, são metonímias retóricas da dualidade entre alienação e redenção (p. 69). Os sapatos, dentro da moda, mesclam o estético com o social e o psicológico. Baudelaire diria que tudo o que é adorno da mulher serve para ilustrar a sua beleza (p. 73). Em Benjamin, o sapato representa mais do que um desejo (p. 74). O sapato (ou a perna revelada) constitui um fragmento da mulher que o homem alienado deseja possuir.
"Visualidade, violência e a construção da hostilidade no cinema" é o título do último capítulo do livro Literacia Visual, de Isabel Capeloa Gil, há pouco tempo publicado (Edições 70). O capítulo analisa o cinema de guerra - aquele que incide em sequências de combate mas também na formação discursiva apoiada no sistema político-social da indústria cinematográfica (p. 271), com a autora a distinguir inimigo e hostilidade aplicados ao filme de Paul Haggis, In the Valley of Elah (2007), depois de circular por textos de Richard Sennett, Carl Schmidt, Michel Foucault, Sigmund Freud e Jacques Lacan.
Dividido em duas partes, o livro contém textos de conferências proferidas nomeadamente em Utreque, Londres, Filadélfia, Braga e Lisboa e ilustra a grande erudição da autora, que percorre os clássicos gregos e latinos (Platão, Aristóteles, Lucrécio) e modernos e pós-modernos (Lacan, Baudelaire, Benjamin, Musil, Freud, Grusin, Barthes), e abrange saberes que vão da psicologia à literatura, da filosofia à história. Cinema e fotografia são os media mais destacados nos seus textos, mas também a literatura (e os pequenos contos em especial, em Edgar Allan Poe, Robert Musil e J. M. Coetzee). A noite, o conflito, a guerra, a catástrofe, a ruína, a visibilidade e o invisível, mas também o distanciamento, a reflexividade, a remediação, a modernidade e a pós-modernidade, a fragmentação e a memória, são tópicos centrais observados e que, apesar de escritos para ocasiões e espaços distintos, apresentam uma notável unidade orgânica. O óptico, o visual, os instrumentos para ver (binóculo, óculo), a máquina fotográfica e a de filmar acompanham todo o volume.
Se a primeira parte trata dos dispositivos do olhar (que encontramos mais aprofundados no primeiro texto), a segunda parte é dedicada à visualidade e à violência (que seguimos melhor no sexto e último texto do volume).
Dos dispositivos do olhar, a autora destaca a imagem do coelho-pato, usada em obras de transição do século XIX para o XX. Um dos pressupostos é que a visão não é apenas uma característica biológica e natural mas enquadrada pela sociedade e cultura (p. 13). A literacia visual vem desse princípio, que exige competências múltiplas e se encara como a necessidade de cultura para ler as imagens (p. 15). A literacia visual invoca a capacidade crítica da leitura (p. 23). Barthes, Foucault, Mirzoeff e Mitchell são alguns dos autores referenciados. A autora destaca diversos tópicos: imagem como não sendo produto natural ou transparente ou verdadeiro, literacia visual além da concepção linguística das imagens, transdisciplinar, interrelacional, revisionista e com estratégia de cidadania (pp. 24-30).
Sobre a visualidade e violência, Isabel Capeloa Gil vê-as como conceitos relacionados, além da aliteração dos termos (p. 271). A visualidade é uma estrutura da mediação, pressuposto da apropriação do real pelo olhar. Por seu lado, a violência reside no olhar do sujeito e que se projecta no ecrã, conferindo prazer perverso ao espectador que sente a dor e o infortúnio do observado. O filme acima identificado conduz ao texto teórico da autora. Mais à frente, ela identifica a mimésis como estando dentro das categorias de inimigo e próximo (p. 290).
Antes, a autora escrevera sobre a domesticidade do conflito e a fotografia de Martha Rosler e "quando a mulher regressa", dois belos ensaios sobre a guerra e a representação dos indivíduos - o homem na frente da batalha e a mulher no trabalho durante a guerra; o regresso do homem, traumatizado pela guerra e querendo recuperar o emprego, o que leva a um idealizar da mulher no regresso ao lar (e ao normal), ao mesmo tempo que se questiona a femme fatale na mulher alemã, amante e espia, dentro do cânone do cinema noir. A isso, Isabel Capeloa Gil chama a arqueologia da regressão (p. 234), citando filmes como I'll Be Seeing You e The Search.
Como disse acima, ela trabalha com frequência pequenos contos, alguns marginais dentro da obra dos autores estudados, além de construir relações novas e de leitura estimulante. Lembro Baudelaire e a remediação em Benjamin, o negro em Edgar Allan Poe, a ideia do coelho-pato, que dá duas perspectivas de uma situação mas que a autora considera escasso e defende múltiplas interpretações. Ela volta à remediação em Benjamin e Spike Lee sobre as inundações de New Orleans: a de 1927, relatada num programa radiofónico por Benjamin, numa série sobre catástrofes; a de 2005, com o furacão Katrina e do qual Spike Lee faz um documentário, mostrando as pessoas e o que lhes aconteceu.
O texto sobre sapatos é central na primeira parte do livo. Isabel Capeloa Gil desenvolve e entretece três conceitos - fetiche, reificação e fragmentação. O fetichismo parte do que é criado artificialmente, do produto (p. 60). Ela analisa Marx e Simmel nas suas concepções de alienação e hegemonia. Parte de Baudelaire e acaba em Benjamin, com os lugares, as mulheres, as passagens, os objectos como candeeiros e a moda (os sapatos). Os sapatos, escreve, são metonímias retóricas da dualidade entre alienação e redenção (p. 69). Os sapatos, dentro da moda, mesclam o estético com o social e o psicológico. Baudelaire diria que tudo o que é adorno da mulher serve para ilustrar a sua beleza (p. 73). Em Benjamin, o sapato representa mais do que um desejo (p. 74). O sapato (ou a perna revelada) constitui um fragmento da mulher que o homem alienado deseja possuir.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
AINDA MAIS ESTUDOS IBÉRICOS
A ACIS (Association for Contemporary Iberian Studies) tem investigadores que trabalham em áreas distintas como literatura, estudos culturais, geografia, história oral e memória, destando-se o empenho em entender as narrativas não dominantes e até esquecidas (aproximando-se, curiosamente, do tema dos media negligenciados da conferência de Março último de comunicação em Carleton, Ottawa, a que assisti).
No último sábado, Margaret Anne Clarke, da Universidade de Portsmouth (Senior Lecturer in Portuguese), apresentou uma comunicação intitulada Memories of resistance: oral history in Portugal, onde definiu história oral que se aproxima de algum do trabalho que tenho vindo a realizar e que me foi útil pela comparabilidade metodológica. Segundo Clarke, na história oral articulam-se memória, avaliação e pequena história (a quase anedota), cuja fluidez das conversas com os entrevistados permite construir um quadro mais alargado de compreensão do passado e, por isso, possibilitar o encontro entre a história e as vidas individuais, entre mundos privados e acontecimentos de interesse geral. Do mesmo modo que se trabalha a interacção entre narrativa, imaginação e subjectividade, também ocorre a relação com factos subjectivos.
No último sábado, Margaret Anne Clarke, da Universidade de Portsmouth (Senior Lecturer in Portuguese), apresentou uma comunicação intitulada Memories of resistance: oral history in Portugal, onde definiu história oral que se aproxima de algum do trabalho que tenho vindo a realizar e que me foi útil pela comparabilidade metodológica. Segundo Clarke, na história oral articulam-se memória, avaliação e pequena história (a quase anedota), cuja fluidez das conversas com os entrevistados permite construir um quadro mais alargado de compreensão do passado e, por isso, possibilitar o encontro entre a história e as vidas individuais, entre mundos privados e acontecimentos de interesse geral. Do mesmo modo que se trabalha a interacção entre narrativa, imaginação e subjectividade, também ocorre a relação com factos subjectivos.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
MAIS ESTUDOS IBÉRICOS
Christopher Tulloch, da Universidade Pompeu Fabra (Barcelona) falou hoje de uma investigação em que está envolvido sobre os correspondentes estrangeiros durante o período de transição para a democracia em Espanha (1975 em diante). O conjunto de factos (morte de Francisco Franco, restauração da monarquia, transição democrática, questão do País Basco e legalização do Partido Comunista espanhol) despertou a atenção dos media internacionais, levados a estabelecerem uma comparação com outro momento histórico daquele país, a Guerra Civil, dado o conjunto de ingredientes e que atraiu muitos jornalistas correspondentes. Os investigadores envolvidos na pesquisa fizeram consulta de arquivos, recolheram memórias de antigos jornalistas e os seus depoimentos (Madrid, Paris, Washington, Berlim). Uma das conclusões marcantes foi sobre o perfil dos jornalistas: os mais novos tiveram o baptismo jornalístico internacional, os mais velhos haviam feito a cobertura da guerra do Vietname, passado por Portugal em 1974 e tinham uma visão pessimista da situação, que não veio a revelar-se deste modo. Em 1977, um quarto dos correspondentes era de proveniência da Alemanha, prova do interesse deste país pelos acontecimentos em Espanha.
Durante o dia, ouvi comunicações sobre televisão (estudos comparativos da ficção em Espanha e Portugal), memória histórica em Espanha (como documentários sobre a Guerra Civil). E também a comunicação plenária do escritor Use Lahoz sobre a novela enquanto elemento de recuperação da memória.
Durante o dia, ouvi comunicações sobre televisão (estudos comparativos da ficção em Espanha e Portugal), memória histórica em Espanha (como documentários sobre a Guerra Civil). E também a comunicação plenária do escritor Use Lahoz sobre a novela enquanto elemento de recuperação da memória.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
ESTUDOS IBÉRICOS EM GLASGOW
A guerra civil de Espanha acabou em 1939, mas ainda há marcas: o professor Willy Maley, da Universidade de Glasgow, fez uma comunicação (Far distant, far distant: Scottish volunteers in the Spanish Civil War), onde fez referências ao seu pai James, jovem combatente na guerra. Maley fez pesquisa científica, ouviu o pai, contactou com outros antigos combatentes, estabeleceu conexões, contextualizou e traçou um quadro singular desse acontecimento violento. Apesar da distância entre a Escócia e a Espanha, a ligação acende memórias velhas que servem ainda de tema de discussão e de análise.
Foi assim que começou hoje a 32ª conferência da ACIS (Association for Contemporary Iberian Studies) organizada pelas Universidades de Glasgow e West of Scotland. Ainda ouvi as colegas portuguesas Gisela Silva Guevara, Margarida Rendeiro e Ana Cachola. Amanhã e sábado de manhã prosseguem os trabalhos que se repartem em áreas distintas como literatura, arte, media e história dos países ibéricos.
Foi assim que começou hoje a 32ª conferência da ACIS (Association for Contemporary Iberian Studies) organizada pelas Universidades de Glasgow e West of Scotland. Ainda ouvi as colegas portuguesas Gisela Silva Guevara, Margarida Rendeiro e Ana Cachola. Amanhã e sábado de manhã prosseguem os trabalhos que se repartem em áreas distintas como literatura, arte, media e história dos países ibéricos.
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