Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Le Corbusier
Charles-Édouard Jeanneret, mais conhecido por Le Corbusier (1887), começou por se dedicar à relojoaria mas orientou-se depois para a arquitetura. Ele formou-se junto dos grandes arquitetos da época, como Hoffman, Pierret e Behrens, e viajou muito pela Europa. Mas a exposição no Centre Pompidou, em Paris, revela um igualmente talentoso pintor.
Sem qualquer intenção de o biografar, destaco alguns momentos da sua atividade: purismo, espírito novo, figuração dos corpos, equipamentos domésticos, modulor, unidades de habitação, período acústico, ressonância espiritual e cidade humanista.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
A Altice os media franceses
Patrick Drahi, o dono da Altice (que comprou a Portugal Telecom este ano), adquiriu um conjunto importante de meios de comunicação. No pacote, incluem-se Libération, L'Express e Stratégies. Agora, de acordo com o Le Monde, de 28 de julho, fez uma aliança com a NextRadio TV, de Alain Well, para comprar a BMFTV e a RMC, um grupo de media também importante no panorama francês. Uma oferta de ações no total de 600 milhões de euros. O jornal francês fala de uma cascata de holdings, de que Drahi é especialista.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Magritte
O museu Magritte existe no local desde 2009. Lembro-me de o ter visitado noutro edifício há muito tempo. Está muito pedagógico e com um percurso ideal para se compreender a sua obra. René Magritte é um dos pintores que mais gosto. Não conhecia, contudo, o seu impacto como pintor de cartazes. A sua obra divide-se em três períodos principais: 1) 1898-1929, período desconstrutivista e primeiras obras surrealistas, 2) 1930-1950, trabalho de publicidade, aproximação ao partido comunista, pleno surrealismo, 3) 1951-1967, trabalho de repetição de grandes imagens como Empire des Lumières e Domain d'Arnheim [quadro de Francis Picabia em fundo].
terça-feira, 28 de julho de 2015
Rádio em Portugal e no Brasil: trajetória e cenários
Foi publicado hoje o livro Rádio em Portugal e no Brasil: trajetória e cenários, na versão eletrónica (http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/cecs_ebooks/issue/view/179). É uma alegria ter um capítulo nesse livro, organizado por Madalena Oliveira e Nair Prata (agradeço à Madalena o convite para escrever no volume). O título do meu capítulo é História da rádio em Portugal: dos pioneiros à rádio nova (1924-1974).
No começo da nota de apresentação do livro, as duas organizadoras escreveram: "Comparativamente com outras áreas de conhecimento, os Estudos de Rádio e de Som têm, a nível mundial, uma tradição relativamente menor e mais discreta no quadro das Ciências da Comunicação. Embora as linguagens sonoras sejam até anteriores à comunicação visual, a consolidação dos chamados communication studies está muito mais ligada ao interesse despertado pelos suportes visuais que se expandiram ao longo do século XX do que ao interesse pelos meios de natureza exclusivamente acústica. Vários fatores poderão explicar, do ponto de vista histórico, este deficit de atenção dos investigadores pela comunicação sonora. A emergência da Comunicação como disciplina universitária é mais ou menos contemporânea do aparecimento da televisão. Por isso, o fascínio pela imagem em movimento, que já se conhecia desde o cinema, sobrepôs-se, logo no início da delimitação do campo da Comunicação, a qualquer outra forma de linguagem. Com uma presença sólida, mas menos eufórica do que a televisão, a rádio foi rapidamente negligenciada como meio num contexto de céleres transformações tecnológicas. Tornou-se quase invisível em termos académicos, embora nunca esquecida em absoluto".
No começo da nota de apresentação do livro, as duas organizadoras escreveram: "Comparativamente com outras áreas de conhecimento, os Estudos de Rádio e de Som têm, a nível mundial, uma tradição relativamente menor e mais discreta no quadro das Ciências da Comunicação. Embora as linguagens sonoras sejam até anteriores à comunicação visual, a consolidação dos chamados communication studies está muito mais ligada ao interesse despertado pelos suportes visuais que se expandiram ao longo do século XX do que ao interesse pelos meios de natureza exclusivamente acústica. Vários fatores poderão explicar, do ponto de vista histórico, este deficit de atenção dos investigadores pela comunicação sonora. A emergência da Comunicação como disciplina universitária é mais ou menos contemporânea do aparecimento da televisão. Por isso, o fascínio pela imagem em movimento, que já se conhecia desde o cinema, sobrepôs-se, logo no início da delimitação do campo da Comunicação, a qualquer outra forma de linguagem. Com uma presença sólida, mas menos eufórica do que a televisão, a rádio foi rapidamente negligenciada como meio num contexto de céleres transformações tecnológicas. Tornou-se quase invisível em termos académicos, embora nunca esquecida em absoluto".
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Ouvir a TSF Jazz, andar, visitar museus
Das práticas culturais, ouvir rádio e visitar museus são duas boas atividades. Um museu de pintura exige conhecimento ou vontade de aprendizagem. As obras expõem-se e precisam de códigos interpretativos e gente que discuta e troque saberes. Utensílios suplementares são os aparelhos em várias línguas que nos guiam pelas obras. Outra ajuda são os folhetos que distribuem à entrada da visita. Fenómeno mais recente é a fotografia (selfie) junto da obra, uma nova espécie de kitsch. Há museus que proíbem, há museus que se mostram permissivos nas suas obras de exposição permanente, mantendo as restrições quando elas estão em exposição temporária e pertencem a outras instituições. Mas as fotografias que fazemos são alguma vez utilizadas? Não começa a haver um excesso de imagens? Como as classificamos e como as partilhamos?
domingo, 26 de julho de 2015
Mona Hatoum
Mona Hatoum nasceu em 1952 no Líbano, filha de pais palestinianos. Quando a guerra civil rebentou no seu país, ela estava em Londres, não podendo regressar. Matriculou-se numa escola de arte em Londres, tendo adquirido a nacionalidade inglesa. Desde 2003, divide o seu tempo entre Londres e Berlim.
Agora, uma exposição completa das sua obras, nomeadamente instalações desde o final da década de 1970, está presente no Centre Pompidou. Ela atraiu inicialmente pelas suas performances e trabalhos em vídeo com uma expressão assente em motivações sociais e políticas. Depois, começou a trabalhar em esculturas e grandes instalações. A sua obra articula-se entre minimalismo, arte cinestésica e conceptual com o surrealismo.
sábado, 25 de julho de 2015
Museu da contrafação
O Museu da Contrafação (Muséee de Contrefaction) é, essencialmente, um espaço de compreensão do modo como o falso põe em perigo a economia, a segurança e a saúde. Sem ser um museu espetacular, ele tem uma mostra de mais de 500 produtos manufaturados que são falsificados em todo o mundo, grande parte dele situado na Ásia. A maioria dos produtos contrafeitos provém da alfândega francesa.
Medicamentos, roupa, cigarros, bebidas, cosméticos, calçado, relógios, artigos de desporto e CD e DVD são das principais áreas de fabrico de contrafação. O museu chama a atenção para a necessidade de manter os direitos intelectuais, as marcas, os modelos e o investimento na inovação. A contrafação representa 5 a 10% do comércio mundial, o que conduz a uma perda de 300 milhões de euros ao ano e cem mil empregos suprimidos na Europa.
O museu, situado na réu de la Faisanderie, 16, em Paris, tem uma particularidade: toca-se à campainha para entrar. A contrafação é mais descarada - não se anuncia.
Adenda a 27 de julho (a partir da leitura do Diário de Notícias): "Estudo europeu sobre contrafação no vestuário, calçado e acessórios estima que o fenómeno valha 10% das vendas totais do setor. E leva à perda de 25 mil postos de trabalho. A venda de roupa, sapatos e acessórios falsificados rouba 452 milhões de euros a Portugal, mais de 10% das vendas totais. E faz perder 18 mil empregos. Os números são ainda mais negros se considerados os efeitos indiretos: prejuízos de 992 milhões e 25 mil postos de trabalho perdidos".
Medicamentos, roupa, cigarros, bebidas, cosméticos, calçado, relógios, artigos de desporto e CD e DVD são das principais áreas de fabrico de contrafação. O museu chama a atenção para a necessidade de manter os direitos intelectuais, as marcas, os modelos e o investimento na inovação. A contrafação representa 5 a 10% do comércio mundial, o que conduz a uma perda de 300 milhões de euros ao ano e cem mil empregos suprimidos na Europa.
O museu, situado na réu de la Faisanderie, 16, em Paris, tem uma particularidade: toca-se à campainha para entrar. A contrafação é mais descarada - não se anuncia.
Adenda a 27 de julho (a partir da leitura do Diário de Notícias): "Estudo europeu sobre contrafação no vestuário, calçado e acessórios estima que o fenómeno valha 10% das vendas totais do setor. E leva à perda de 25 mil postos de trabalho. A venda de roupa, sapatos e acessórios falsificados rouba 452 milhões de euros a Portugal, mais de 10% das vendas totais. E faz perder 18 mil empregos. Os números são ainda mais negros se considerados os efeitos indiretos: prejuízos de 992 milhões e 25 mil postos de trabalho perdidos".
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Pocilga
Há um jogo inicial de palavras, trocando a ordem de duas letras: corpos e porcos. Ambos são objeto de prazer - os corpos feitos para amar, os porcos para comer. Mas a peça de Pier Paolo Pasolini (1922-1975) é muito mais complexa do que isso, o que provoca o riso, por vezes, e a preocupação, noutras. Pocilga, já tornado filme pelo autor, conta a história de Julian, um rapaz que oculta a sua linha sexual, afastando-se da rapariga que o ama e não compreende o seu comportamento, escondendo-se junto aos porcos. Estes acabam por comer aquele, sem que os camponeses, habitantes para além da horta, tenham tido tempo para socorrer o rapaz. O pai deste era um homem com poder, um industrial com aspirações políticas, com um adversário igualmente poderoso e também industrial, que procura esmagá-lo com a sua capacidade intelectual e económica. Este último tinha um passado nazi e pode ser denunciado. Ida, a rapariga que se apaixonara por Julian, participaria numa manifestação alemã pela paz em Berlim e acabaria a casar-se com um reformista.
Subtil é o jogo conversacional de Julian com o filósofo Espinosa na pocilga. Em fundo, a situação política alemã da época, onde se conciliavam o passado nazi e a burguesia no poder, (o texto foi escrito em 1966). Pergunta Julian se o recém-chegado à pocilga é o novo médico, ao que o interpelado responde ser Espinosa, o que causa muito espanto no jovem.
John Romão foi tradutor e encenador da peça, com música de José Álvaro Correia e figurinos de Carolina Queirós Machado. Na interpretação, destaco Ana Bustorff, João Lagarto, Albano Jerónimo e Mariana Tengner Barros.
Subtil é o jogo conversacional de Julian com o filósofo Espinosa na pocilga. Em fundo, a situação política alemã da época, onde se conciliavam o passado nazi e a burguesia no poder, (o texto foi escrito em 1966). Pergunta Julian se o recém-chegado à pocilga é o novo médico, ao que o interpelado responde ser Espinosa, o que causa muito espanto no jovem.
John Romão foi tradutor e encenador da peça, com música de José Álvaro Correia e figurinos de Carolina Queirós Machado. Na interpretação, destaco Ana Bustorff, João Lagarto, Albano Jerónimo e Mariana Tengner Barros.
terça-feira, 21 de julho de 2015
O táxi de Jafar Panahi
O dissidente iraniano Jafar Panahi (1960-) ganhou o Urso de Ouro da Berlinale, o festival de cinema de Berlim, com Taxi. Dias antes, o mesmo filme recebera o prémio Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema).
O filme conta a história de um taxista que monta dissimulada uma câmara de filmar e segue as conversas dos seus clientes. Nunca vimos a ação senão dentro do táxi. É como se estivéssemos presos dentro de uma caixa. Aliás, Panahi não pode sair do Irão para receber o prémio mas a própria sobrinha, que entra no filme como sobrinha. Para o júri do festival de Berlim, o realizador criou "uma carta de amor ao cinema". Se as primeiras personagens do filme revelam pessoas comuns com problemas aparentemente vulgares, há um crescendo de densidade, visível no diálogo entre o "profissional" de assaltos (à falta de uma melhor definição minha) e a professora, com o primeiro a acusar a segunda de não usar o véu a tapar o cabelo. A entrada da "senhora das flores", uma advogada que ia ficar sem carteira profissional por defender dissidentes, enquadra melhor a história. Com dissidências e muitas prisões.
Curiosamente, aquilo que é proibido - filmar livremente - aparece de modo intenso na vontade de um estudante querer seguir cinema e da jovem sobrinha preparar na escola um filme "distribuível", passando o tempo todo a usar uma máquina de fotografia e imagem em movimento. Também outra personagem forte do filme é vendedor de cópias pirateadas de filmes proibidos de exibição no país e comenta que o realizador estava a filmar usando atores e atrizes para figurarem no filme. No final, dois homens saem de uma motocicleta e arrombam o carro de Panahi, roubando a câmara de filmar. O ecrã fica totalmente escuro.
Retiro do jornal Público a informação seguinte: Taxi é a "continuação da série de «filmes escondidos» do iraniano, que começou com This Is Not a Film e Behind the Curtain. São filmes realizados depois de Panahi ter sido preso em 2010 e proibido de trabalhar (ou viajar) durante 20 anos por alegadamente fazer «filmes críticos do regime»". Em 2009, Panahi apoiou o candidato Mir Hussein Mussav à presidência da República. Cineastas como Martin Scorsese, Steven Spielberg, Oliver Stone, Steven Soderbergh, Paul Thomas Anderson, Joel Coen e Ethan Coen e Francis Ford Coppola, atores como Robert De Niro, Robert Redford, Brian Cox, Pierre Richard e Mehdi Hashemi e atrizes como Isabelle Huppert e Anouk Aimée e instituições como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch condenaram a prisão do cineasta e a proibição de sair do país, sem que se conheçam as razões da sua condenação.
O filme conta a história de um taxista que monta dissimulada uma câmara de filmar e segue as conversas dos seus clientes. Nunca vimos a ação senão dentro do táxi. É como se estivéssemos presos dentro de uma caixa. Aliás, Panahi não pode sair do Irão para receber o prémio mas a própria sobrinha, que entra no filme como sobrinha. Para o júri do festival de Berlim, o realizador criou "uma carta de amor ao cinema". Se as primeiras personagens do filme revelam pessoas comuns com problemas aparentemente vulgares, há um crescendo de densidade, visível no diálogo entre o "profissional" de assaltos (à falta de uma melhor definição minha) e a professora, com o primeiro a acusar a segunda de não usar o véu a tapar o cabelo. A entrada da "senhora das flores", uma advogada que ia ficar sem carteira profissional por defender dissidentes, enquadra melhor a história. Com dissidências e muitas prisões.
Curiosamente, aquilo que é proibido - filmar livremente - aparece de modo intenso na vontade de um estudante querer seguir cinema e da jovem sobrinha preparar na escola um filme "distribuível", passando o tempo todo a usar uma máquina de fotografia e imagem em movimento. Também outra personagem forte do filme é vendedor de cópias pirateadas de filmes proibidos de exibição no país e comenta que o realizador estava a filmar usando atores e atrizes para figurarem no filme. No final, dois homens saem de uma motocicleta e arrombam o carro de Panahi, roubando a câmara de filmar. O ecrã fica totalmente escuro.
Retiro do jornal Público a informação seguinte: Taxi é a "continuação da série de «filmes escondidos» do iraniano, que começou com This Is Not a Film e Behind the Curtain. São filmes realizados depois de Panahi ter sido preso em 2010 e proibido de trabalhar (ou viajar) durante 20 anos por alegadamente fazer «filmes críticos do regime»". Em 2009, Panahi apoiou o candidato Mir Hussein Mussav à presidência da República. Cineastas como Martin Scorsese, Steven Spielberg, Oliver Stone, Steven Soderbergh, Paul Thomas Anderson, Joel Coen e Ethan Coen e Francis Ford Coppola, atores como Robert De Niro, Robert Redford, Brian Cox, Pierre Richard e Mehdi Hashemi e atrizes como Isabelle Huppert e Anouk Aimée e instituições como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch condenaram a prisão do cineasta e a proibição de sair do país, sem que se conheçam as razões da sua condenação.
Audiências de rádio
Os resultados divulgados pela Marktest (Bareme Rádio) relativos à terceira vaga de 2015 (junho) mostram que a Rádio Comercial (Grupo Media Capital Rádios) teve um reach semanal de 32,7%, uma audiência acumulada de véspera de 17,3% e 26,5% de share de audiência, seguidas da RFM (Grupo r/com), com valores de 32,8%, 15,5% e 21,4%, e da Rádio Renascença, com valores de 14,9%, 5,7% e 7,9%. Por Grupos de estações, o Grupo Media Capital Rádios assegurou 37,3% de share de audiência, as do Grupo r/com 33,2%, as do Grupo RTP 8,7% e a TSF 3,7%.
sábado, 18 de julho de 2015
Sons de Arquivo recordando Os Dias do Teatro
"No Dia Mundial do Teatro [27 de março], celebra-se a arte milenar que ao longo do tempo tem contribuído para divulgar culturas e expressar a própria humanidade. Comédias, dramas, farsas, revistas, tragédias ou mesmo na sua vertente infantil, o Teatro é fonte inspiradora. Em Portugal, em meados do século XX, a Emissora Nacional habituou os seus ouvintes a acompanhar o que de mais relevante era levado a palco. Eram Teatros transmitidos desde as grandes salas, mas também o Teatro Radiofónico, que diariamente entrava na antena. Os folhetins áudio foram o primórdio do que a televisão mais tarde glorificou com as telenovelas" (começo do texto de Jorge Lopes em http://www.rtp.pt/antena1/os-dias-da-radio/sons-de-arquivo-recordando-os-dias-do-teatro-_8728).
Para ler e fruir.
Para ler e fruir.
[texto retirado do Diário Popular, 25 de junho de 1970. O Canto da Terra pode ser lido em http://museu.rtp.pt/app/uploads/dbEmissoraNacional/Lote%20106/00039734.pdf].
Museu dos Coches
Retiro a informação do sítio do novo Museu Nacional dos Coches: "Reunindo uma coleção única no mundo de viaturas de gala e de passeio dos séculos XVI a XIX, na sua maioria provenientes da Casa Real Portuguesa, a que se acrescentaram veículos vindos dos bens da Igreja e de coleções particulares, o Museu Nacional dos Coches apresenta um excelente conjunto que permite ao visitante a compreensão da evolução técnica e artística dos meios de transporte de tração animal, utilizados pelas cortes europeias até ao aparecimento do automóvel".
Carro triunfal, que fez parte da embaixada de João V ao papa Clemente XI, e Clarence que pertenceu a Maria Pia, filha do rei italiano Vitor Emanuell e mulher do rei português Luís I.
Exposições no Centro Português de Fotografia (Porto)
O Centro Português de Fotografia (CPF) inaugura hoje, em simultâneo, as exposições Fotografia - A Imagem em Processo, Prémio Estação Imagem 2015 e Presente. O número de autores ultrapassa as três dezenas.
As exposições estarão parentes até 27 de setembro.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Prémio Nacional Indústrias Criativas
Retiro diretamente da fonte (Ver Portugal Online):
"Miss Can, a startup que vende portugalidade em latas de conserva de peixe, é a grande vencedora da sétima edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves (PNIC). Este ano, o júri do concurso atribuiu ainda as Distinções de Categoria a Os Italianos (ex-Stallo) e Arumis e uma Menção Especial ao projeto Cross Hands Architecture, pela sua componente humanitária. O vencedor recebeu o galardão das mãos de João Abecasis, presidente executivo da Unicer, e de Luís Braga da Cruz, presidente da Fundação de Serralves. A entrega das restantes distinções esteve a cargo de representantes da Universidade do Porto, ANJE e Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, respetivamente, Clara Gonçalves, Rafael Rocha e Luís Teixeira. "Miss Can", integrada na categoria Turismo e Património, nasceu da vontade de três amigos em recuperar a tradição familiar ligada à indústria conserveira, criando um negócio moderno com a dedicação de outros tempos. Estas conservas 100 por cento portuguesas - sardinha, cavala e atum - utilizam um método artesanal (peixe cozido a vapor) e encontram-se em packs atuais e muito apelativos, nos quais se encontra a história desta indústria, curiosidades históricas de acordo com cada tema e sugestões de receitas. Os promotores deste projeto vão representar Portugal no evento internacional Creative Business Cup, que se irá realizar a 17 e 18 de novembro em Copenhaga (Dinamarca)".
"Miss Can, a startup que vende portugalidade em latas de conserva de peixe, é a grande vencedora da sétima edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves (PNIC). Este ano, o júri do concurso atribuiu ainda as Distinções de Categoria a Os Italianos (ex-Stallo) e Arumis e uma Menção Especial ao projeto Cross Hands Architecture, pela sua componente humanitária. O vencedor recebeu o galardão das mãos de João Abecasis, presidente executivo da Unicer, e de Luís Braga da Cruz, presidente da Fundação de Serralves. A entrega das restantes distinções esteve a cargo de representantes da Universidade do Porto, ANJE e Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, respetivamente, Clara Gonçalves, Rafael Rocha e Luís Teixeira. "Miss Can", integrada na categoria Turismo e Património, nasceu da vontade de três amigos em recuperar a tradição familiar ligada à indústria conserveira, criando um negócio moderno com a dedicação de outros tempos. Estas conservas 100 por cento portuguesas - sardinha, cavala e atum - utilizam um método artesanal (peixe cozido a vapor) e encontram-se em packs atuais e muito apelativos, nos quais se encontra a história desta indústria, curiosidades históricas de acordo com cada tema e sugestões de receitas. Os promotores deste projeto vão representar Portugal no evento internacional Creative Business Cup, que se irá realizar a 17 e 18 de novembro em Copenhaga (Dinamarca)".
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Claques de teatro
Estou a gostar da prosa do jornalista Álvaro de Andrade (1894-1976) e que deu nome a um largo na zona de Marvila (bairro dos autores de teatro). Álvaro Jorge Vaz Ferreira de Andrade foi jornalista e homem de teatro e também passou pela Emissora Nacional, onde foi diretor dos serviços de produção e dirigiu a Rádio Nacional. No começo da década de 1970, ele deixou textos deliciosos sobre teatro (dos textos sobre rádio, dedicarei oportunidade para escrever sobre eles).
Os textos abaixo foram publicados no Diário Popular de 22 de março e de 7 de abril de 1971 e versam sobre as claques de teatro. Pormenores interessantes que remetem para um período longínquo, digamos que mais ou menos noventa anos antes. Vale a pena ler e refletir. A fabricação de emoções agradece.
Os textos abaixo foram publicados no Diário Popular de 22 de março e de 7 de abril de 1971 e versam sobre as claques de teatro. Pormenores interessantes que remetem para um período longínquo, digamos que mais ou menos noventa anos antes. Vale a pena ler e refletir. A fabricação de emoções agradece.
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Luz de Lisboa
No Museu de Lisboa - Torreão Poente, ao Terreiro do Paço, inaugura amanhã a exposição A Luz de Lisboa, abrindo ao público no dia 17 de Julho (vai até 20 de dezembro de 2015).
A Luz de Lisboa tem como objetivo apresentar, pela primeira vez, uma exposição sobre o fenómeno mundialmente reconhecido da luz natural de Lisboa, luz considerada única e especial que continua a encantar todos os dias portugueses e estrangeiros. A exposição apresenta obras do acervo do Museu de Lisboa menos conhecidas do público e desafia o visitante a olhar a cidade, tomando consciência da luz que a atravessa, como se de um voo de pássaro sobre Lisboa se tratasse.
Comissariada pela Profª Doutora Ana Eiró, professora de física e ex-diretora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, e por Acácio de Almeida, diretor de fotografia no cinema português e estrangeiro. [imagens: cartaz; cartaz do espólio IHRU SIPA; Carlos Botelho, Ramalhete de Lisboa]
[imagens e texto fornecido pela organização e promoção da exposição]
A Luz de Lisboa tem como objetivo apresentar, pela primeira vez, uma exposição sobre o fenómeno mundialmente reconhecido da luz natural de Lisboa, luz considerada única e especial que continua a encantar todos os dias portugueses e estrangeiros. A exposição apresenta obras do acervo do Museu de Lisboa menos conhecidas do público e desafia o visitante a olhar a cidade, tomando consciência da luz que a atravessa, como se de um voo de pássaro sobre Lisboa se tratasse.
Comissariada pela Profª Doutora Ana Eiró, professora de física e ex-diretora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, e por Acácio de Almeida, diretor de fotografia no cinema português e estrangeiro. [imagens: cartaz; cartaz do espólio IHRU SIPA; Carlos Botelho, Ramalhete de Lisboa]
[imagens e texto fornecido pela organização e promoção da exposição]
terça-feira, 14 de julho de 2015
Sousa Lopes 1879-1944: Efeitos de Luz
Adriano de Sousa Lopes (1879-1944) foi pintor, desenhador, gravador e especialista na técnica de pintura a fresco. Na sexta-feira, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, ao Chiado, abre ao público uma exposição com obras dele.
domingo, 12 de julho de 2015
"A Ronda" de Arthur Schnitzler
Com base na obra de Arthur Schnitzler, no Teatro de Turim, dez diálogos onde as personagens vivem encontros e várias formas de se relacionar com o outro, tudo isto vivido a diferentes tempos, num espaço comum. Na Tasca da Consuelo as histórias multiplicam-se, cruzam-se, vivem e morrem até desenharem um círculo perfeito. Interpretação de Bárbara Água, Elisabete Jarró, Luís Correia Rafael, José Carlos Abrantes e Sara Braz Ferreira. Luz de Henrique Moreira, encenação de Patrícia Lucas e produção Teatro Turim (Lurdes Silva). Dias
23, 24, 25 a 26 de Julho, às 21:30. Duração aproximada: 80 minutos.
sábado, 11 de julho de 2015
"De mochila às costas. O (des)emprego pode esperar" (Diário de Notícias de hoje)
"«Viajar não é passar umas férias lindinhas de cocktail na mão», conta Maria Miguel Pereira (32), a Mami Arqueolojista, que partiu do México para o Panamá há seis meses, de onde regressou recentemente. «Há dias de praia e de aventura, mas também há dias de chuva e cansaço. Os meus preferidos são quando já começo a sentir-me mais do sítio. E esses são os dias de ir ao café, falar com a velhota que viveu os tempos da revolução, comer bem na tasquinha ou sentar no banco de jardim da praça e sentir que a vida lá de fora é igual à de cá mas perceber que existem outras estratégias de lidar com as mesmas dificuldades, e isso é conhecimento precioso», conta.
Passou 180 noites fora. Dormiu em hósteis baratos, em autocarros, tendas e até em sofás alheios - o couchsurfing que traz surpresas a cada casa que se conhece. Não tem, porém, dúvida nenhuma: «Lá fora percebe-se o muito que há cá dentro». Talvez por isso, reconheça que há cada vez mais portugueses a aderir a estas «modas». «Um português no mundo descobre que tem uma guelra de herói. Somos resistentes, hospitaleiros e unificadores. Somos do caraças!», diz, admitindo que a sua casa agora também é de quem viaja: «Estou a arrendar a minha casa a mochileiros. Misturamos histórias de lá com o vinho de cá» (Diário de Notícias de hoje).
Ia vendo algumas imagens da Maria Miguel na América latina, algumas a lembrarem a Frida Kahlo, por causa das roupas que vestia, mas não sabia da longa digressão que ela fez nos últimos seis meses. De quando em vez, escrevíamo-nos, por causa do seu sítio Arqueologista de Lisboa, ela que fora minha aluna há alguns anos. Agora percebi. Lê-se no começo do artigo de Ana Margarida Pinheiro: "João Vasconcelos, presidente da Startup Lisboa, convive diariamente com jovens e sabe que estas experiências estão a crescer depois de anos de vontade e de falta de capacidade económica. «No meu tempo havia o inter-rail, que ainda existe, mas era uma coisa restrita. Agora é tudo mais fácil, com as companhias low-cost». A novidade, diz, é apenas nossa: «Muita gente de outros países está habituada a passar temporadas fora. Os norte-americanos e os brasileiros há muito que vêm passar um ano à Europa. Os portugueses estão agora a despertar para essa realidade», afirma. E há uma vantagem grande face ao seu tempo: estas opções, que podem acarretar a demissão ou uma licença sem vencimento, são bem vistas pelas empresas. «Os melhores empreendedores que temos na Startup Lisboa têm todos uma coisa em comum: ou viveram ou estudaram no estrangeiro», afirma".
Ia vendo algumas imagens da Maria Miguel na América latina, algumas a lembrarem a Frida Kahlo, por causa das roupas que vestia, mas não sabia da longa digressão que ela fez nos últimos seis meses. De quando em vez, escrevíamo-nos, por causa do seu sítio Arqueologista de Lisboa, ela que fora minha aluna há alguns anos. Agora percebi. Lê-se no começo do artigo de Ana Margarida Pinheiro: "João Vasconcelos, presidente da Startup Lisboa, convive diariamente com jovens e sabe que estas experiências estão a crescer depois de anos de vontade e de falta de capacidade económica. «No meu tempo havia o inter-rail, que ainda existe, mas era uma coisa restrita. Agora é tudo mais fácil, com as companhias low-cost». A novidade, diz, é apenas nossa: «Muita gente de outros países está habituada a passar temporadas fora. Os norte-americanos e os brasileiros há muito que vêm passar um ano à Europa. Os portugueses estão agora a despertar para essa realidade», afirma. E há uma vantagem grande face ao seu tempo: estas opções, que podem acarretar a demissão ou uma licença sem vencimento, são bem vistas pelas empresas. «Os melhores empreendedores que temos na Startup Lisboa têm todos uma coisa em comum: ou viveram ou estudaram no estrangeiro», afirma".
Território
Com direção de Joana Providência e coprodução ACE Teatro do Bolhão, Comédias do Mundo e Culturgest, Território, um espetáculo de dança e com linguagem transdisciplinar, o bailado Território foi apresentado no Teatro do Bolhão. A obra seguiu o conceito de Alberto Carneiro (1937-) e a sua preocupação (relação) com a natureza. Daí, os bailarinos trabalharem com ramos de árvore, canas e terra. Por vezes, exprimiam-se por gestos primitivos, saltos e contorções. Duas vezes expressaram-se verbalmente. Outras vezes, colavam os corpos, harmonizando seres humanos e a terra. Outros momentos ainda sentavam-se e havia silêncio. O começo foi o fazer fogo com duas canas friccionadas. Depois, houve o som da água e os bailarinos deitados ou sentados acompanhavam os seus ruídos primordiais. O espaço cénico (Cristóvão Neto) foi muito ocupado, exigindo muito do corpo de bailarinos presentes.
A contaminação de disciplinas foi evidente. O cinema (câmara lenta), a fotografia (as primeiras experiências buscando o movimento que se encontra depois no cinema), a televisão (as imagens de astronautas na chegada à Lua, com pequenos saltos), a muito rápida abordagem ao bailado clássico russo, a aproximação ao teatro (nas vozes e nos gestos). A própria origem dos intérpretes - uns oriundos do bailado, outros atores - ajuda a interdisciplinaridade. O desenho do som (Carlos Reis e Luís Aly) desempenha um papel crucial no desenrolar da dança. Cada “história” tinha encantos plásticos mas também surgiram momentos menos claros. Por exemplo, não compreendi bem a parte final. Não encontrei a relação da dança com a terra, mas apenas a exibição dos corpos jovens dos bailarinos (e a tatuagem de uma bailarina).
O programa tinha identidade do corpo de bailado mas não me parece ter sido esse corpo de bailado na sua totalidade que vi. Possivelmente houve alterações depois de impresso o programa de atividades do teatro.
A contaminação de disciplinas foi evidente. O cinema (câmara lenta), a fotografia (as primeiras experiências buscando o movimento que se encontra depois no cinema), a televisão (as imagens de astronautas na chegada à Lua, com pequenos saltos), a muito rápida abordagem ao bailado clássico russo, a aproximação ao teatro (nas vozes e nos gestos). A própria origem dos intérpretes - uns oriundos do bailado, outros atores - ajuda a interdisciplinaridade. O desenho do som (Carlos Reis e Luís Aly) desempenha um papel crucial no desenrolar da dança. Cada “história” tinha encantos plásticos mas também surgiram momentos menos claros. Por exemplo, não compreendi bem a parte final. Não encontrei a relação da dança com a terra, mas apenas a exibição dos corpos jovens dos bailarinos (e a tatuagem de uma bailarina).
O programa tinha identidade do corpo de bailado mas não me parece ter sido esse corpo de bailado na sua totalidade que vi. Possivelmente houve alterações depois de impresso o programa de atividades do teatro.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Lançamento do livro de Ana Isabel Reis sobre áudio, rádio e internet
Na biblioteca do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto foi hoje apresentado o livro de Ana Isabel Reis, O Áudio nas Cibernotícias das Rádios, em edição da Media XXI.
O livro, que parte da tese de doutoramento da autora, tem seis capítulos, versando a nova rádio, as características da rádio na internet, o jornalismo radiofónico, o som no jornalismo da rádio, o estudo do áudio nas cibernotícias e o áudio nas notícias em quatro sítios de rádios nacionais (TSF, Renascença, RDP e Rádio Clube).
Fixo-me no capítulo sobre som no jornalismo radiofónico, que Isabel Reis divide em linguagem, hipertexto e hiperáudio e contributo do som para a cibernotícias. Para som (sonoridade), a autora remete para diversas definições: universo sonoro (Herreros), representação do mundo para o ouvido (Arnheim), sonosfera (Balsebre), experiência acústica (Lazarsfeld), meio cego (Crisell). Isabel Reis sente-se confortável com a definição de Balsebre: "conjunto de formas sonoras e não sonoras representadas pelos sistemas expressivos da palavra, da música, dos efeitos sonoros e do silêncio" (citado na p. 83). Mais à frente, a autora indica o contributo do som: quando a notícia surge na redação, o jornalista tem de a transformar em som, com a voz do protagonista, o comentário do especialista e o som ambiente do acontecimento (p. 89).
Na mesa, além da autora, houve intervenções de Pedro Leal (Rádio Renascença), Manuel Pinto (Universidade do Minho) - de quem se pode ver um vídeo de parte da sua apresentação - e Paulo Faustino (editor da Media XXI). A sessão foi aberta por Helder Bastos (Universidade do Porto).
O livro, que parte da tese de doutoramento da autora, tem seis capítulos, versando a nova rádio, as características da rádio na internet, o jornalismo radiofónico, o som no jornalismo da rádio, o estudo do áudio nas cibernotícias e o áudio nas notícias em quatro sítios de rádios nacionais (TSF, Renascença, RDP e Rádio Clube).
Fixo-me no capítulo sobre som no jornalismo radiofónico, que Isabel Reis divide em linguagem, hipertexto e hiperáudio e contributo do som para a cibernotícias. Para som (sonoridade), a autora remete para diversas definições: universo sonoro (Herreros), representação do mundo para o ouvido (Arnheim), sonosfera (Balsebre), experiência acústica (Lazarsfeld), meio cego (Crisell). Isabel Reis sente-se confortável com a definição de Balsebre: "conjunto de formas sonoras e não sonoras representadas pelos sistemas expressivos da palavra, da música, dos efeitos sonoros e do silêncio" (citado na p. 83). Mais à frente, a autora indica o contributo do som: quando a notícia surge na redação, o jornalista tem de a transformar em som, com a voz do protagonista, o comentário do especialista e o som ambiente do acontecimento (p. 89).
Na mesa, além da autora, houve intervenções de Pedro Leal (Rádio Renascença), Manuel Pinto (Universidade do Minho) - de quem se pode ver um vídeo de parte da sua apresentação - e Paulo Faustino (editor da Media XXI). A sessão foi aberta por Helder Bastos (Universidade do Porto).
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Maria Ondina Braga
No texto publicado no Diário Popular (24 de dezembro de 1970), ela assinou apenas Maria Ondina. Mas reconhece-se a sua escrita. Tema: andar de carro elétrico e comparar as realidades sociais de Braga, a sua cidade, e Lisboa. Vale a pena ler esta pequena história.
Retiro informação dela a partir da Wikipédia: "Maria Ondina abandonou sua cidade natal nos anos de 1950 para estudar línguas em Paris e Londres, onde se licenciou em literatura Inglesa pela Royal Asiatic Society of Arts. Prosseguiu os seus estudos em França e na Inglaterra, trabalhando como enfermeira. Regressou a Portugal em 1964, depois de ter sido professora, sucessivamente, em Angola, Goa e Macau. Desenvolveu também a atividade de tradutora, traduzindo obras de Erskine Caldwell, Graham Greene, Bertrand Russel, Herbert Marcuse e Tzvetan Todorov. Colaborou em várias publicações periódicas como Diário de Notícias, Diário Popular, A Capital, Panorama, Colóquio/Letras e Mulher. Incluindo na sua bibliografia a poesia e as crónicas de viagem, Maria Ondina Braga afirmou-se como ficcionista, sendo considerada um dos grandes nomes femininos da narrativa portuguesa contemporânea. Depois de ter vivido em Lisboa por muitos anos, voltou a Braga, onde morreu em 14 de Março de 2003".
terça-feira, 7 de julho de 2015
Prémio para António Faria
A primeira edição do concurso internacional Art Olympia 2015, bienal que decorreu em Tóquio (Japão) com o objetivo de descobrir novos talentos em todo o mundo, atribuiu ao artista português António Faria o segundo prémio. Em concurso estiveram 240 artistas de todo o mundo.
Designer gráfico, autor de capas de discos, docente de comunicação visual e pintor, segundo informação que recebi da agência que o representa, "Nas suas obras mais recentes, que têm sido alvo de interesse internacional, o artista [António Faria] explora um novo processo criativo onde joga com a ideia do visível e do invisível. Desenhando pequenas manchas, pontos e linhas sobre uma base impressa digitalmente o resultado é-nos mostrado no reverso do papel".
Designer gráfico, autor de capas de discos, docente de comunicação visual e pintor, segundo informação que recebi da agência que o representa, "Nas suas obras mais recentes, que têm sido alvo de interesse internacional, o artista [António Faria] explora um novo processo criativo onde joga com a ideia do visível e do invisível. Desenhando pequenas manchas, pontos e linhas sobre uma base impressa digitalmente o resultado é-nos mostrado no reverso do papel".
segunda-feira, 6 de julho de 2015
A procissão da Senhora da Saúde
Há dias, escrevi sobre atividades criativas dos lisboetas na passagem do século XIX para o XX, referindo o ato da procissão da Senhora da Saúde. O vídeo junto mostra imagens da procissão deste ano, no dia 10 de maio, recolhidas na avenida Almirante Reis e no Largo do Intendente Pina Manique.
domingo, 5 de julho de 2015
Mar me Quer
A portuguesa Cucha Carvalheiro, que nasceu em 1948 e dirigiu o Teatro da Trindade (2009-2013), o moçambicano Alberto Magassela, que nasceu em 1966, e o angolano Daniel Martinho são os atores que entram na peça Mar me Quer, a partir de um conto do moçambicano Mia Couto, nascido em 1955, que este e a moçambicana Natália Luiza, nascida em 1960 e co-directora artística do Teatro Meridional, adaptaram.
As personagens são Mulata Luarmina e Zeca Perpétuo, já velhos e a viverem junto à praia, amigos porque vizinhos e sozinhos ao mesmo tempo, procurando estabelecer laços mais fortes para ficarem um com o outro, e Avô Celestiano, a sabedoria do tempo, já falecido mas que aparece nos sonhos de Zeca e o orienta a conquistar o coração daquela mulher. Se não o conseguir, o prémio é a morte. 75 minutos oníricos, como diria Natália Luiza enquanto aconselhava a desligar os telemóveis, antes da entrada na sala. A representação retomava a estreia da peça em 2001 no Teatro Taborda, em Lisboa. Catorze anos depois, os artistas e a encenadora estavam mais velhos mas mais conscientes da precariedade da vida e das suas situações. Em vez de usarem uma peça buscando o discurso social e político, mais apto para estes tempos difíceis, o Teatro Meridional, aqui em Lisboa, levou os espectadores a um espaço sonhável.
Valeu a pena. Eu sai do teatro calmo e a refletir no tema principal e nas ideias em torno desse desejo de harmonia entre duas pessoas já velhas mas sozinhas. Os segredos que existiam entre os dois foram-se esbatendo. Ele, que tinha medo das gaivotas porque empurrara a mulher para o precipício, ela porque fora a mulher que desaparecera no mar, com todos a julgarem que morrera. Assim, a morte e os seus agentes humanos estão presentes em toda a história. A passagem na vida parece uma experiência de dias e noites com relatos, amizades, histórias e sortilégios, sem que o tempo, como os ocidentais pensam, se encontre. O espaço cénico e figurinos de Marta Carreiras e a música de Rodrigo Leão contribuem para o deslumbramento desenhado pela fala dessas personagens às vezes irrealistas às vezes poéticas mas sempre compreensíveis e com uma alegria sadia mas comedida. Ainda outras vezes o uso das palavras diverte, porque cria trocadilhos e imagens mentais ricas.
Diz Mia Couto sobre este conto, aconselhado para o oitavo ano: "Um dia o padre Nunes me falou de Luarmina, seus brumosos passados. O pai era um grego, um desses pescadores que arrumou rede em costas de Moçambique, do lado de lá da baía de S. Vicente. Já se antigamentara há muito. A mãe morreu pouco tempo depois. Dizem que de desgosto. Não devido da viuvez, mas por causa da beleza da filha. Ao que parece, Luarmina endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa. A senhora maldizia a perfeição de sua filha. Diz-se que, enlouquecida, certa noite intentou de golpear o rosto de Luarmina. Só para a esfeiar e, assim, afastar os candidatos. Depois da morte da mãe, enviaram Luarmina para o lado de cá, para ela se amoldar na Missão, entregue a reza e crucifixo. Havia que arrumar a moça por fora, engomá-la por dentro. E foi assim que ela se dedicou a linhas, agulhas e dedais. Até se transferir para sua atual moradia, nos arredores de minha existência" (Leya). Ou ainda como escreve o autor: "Mas é pena eu e a vizinha não nos simetricarmos. Por que ambos somos semiviúvos: nunca tivemos companheiro, mas esse parceiro, mesmo assim, desapareceu" (primeiro capítulo do conto).
As personagens são Mulata Luarmina e Zeca Perpétuo, já velhos e a viverem junto à praia, amigos porque vizinhos e sozinhos ao mesmo tempo, procurando estabelecer laços mais fortes para ficarem um com o outro, e Avô Celestiano, a sabedoria do tempo, já falecido mas que aparece nos sonhos de Zeca e o orienta a conquistar o coração daquela mulher. Se não o conseguir, o prémio é a morte. 75 minutos oníricos, como diria Natália Luiza enquanto aconselhava a desligar os telemóveis, antes da entrada na sala. A representação retomava a estreia da peça em 2001 no Teatro Taborda, em Lisboa. Catorze anos depois, os artistas e a encenadora estavam mais velhos mas mais conscientes da precariedade da vida e das suas situações. Em vez de usarem uma peça buscando o discurso social e político, mais apto para estes tempos difíceis, o Teatro Meridional, aqui em Lisboa, levou os espectadores a um espaço sonhável.
Valeu a pena. Eu sai do teatro calmo e a refletir no tema principal e nas ideias em torno desse desejo de harmonia entre duas pessoas já velhas mas sozinhas. Os segredos que existiam entre os dois foram-se esbatendo. Ele, que tinha medo das gaivotas porque empurrara a mulher para o precipício, ela porque fora a mulher que desaparecera no mar, com todos a julgarem que morrera. Assim, a morte e os seus agentes humanos estão presentes em toda a história. A passagem na vida parece uma experiência de dias e noites com relatos, amizades, histórias e sortilégios, sem que o tempo, como os ocidentais pensam, se encontre. O espaço cénico e figurinos de Marta Carreiras e a música de Rodrigo Leão contribuem para o deslumbramento desenhado pela fala dessas personagens às vezes irrealistas às vezes poéticas mas sempre compreensíveis e com uma alegria sadia mas comedida. Ainda outras vezes o uso das palavras diverte, porque cria trocadilhos e imagens mentais ricas.
Diz Mia Couto sobre este conto, aconselhado para o oitavo ano: "Um dia o padre Nunes me falou de Luarmina, seus brumosos passados. O pai era um grego, um desses pescadores que arrumou rede em costas de Moçambique, do lado de lá da baía de S. Vicente. Já se antigamentara há muito. A mãe morreu pouco tempo depois. Dizem que de desgosto. Não devido da viuvez, mas por causa da beleza da filha. Ao que parece, Luarmina endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa. A senhora maldizia a perfeição de sua filha. Diz-se que, enlouquecida, certa noite intentou de golpear o rosto de Luarmina. Só para a esfeiar e, assim, afastar os candidatos. Depois da morte da mãe, enviaram Luarmina para o lado de cá, para ela se amoldar na Missão, entregue a reza e crucifixo. Havia que arrumar a moça por fora, engomá-la por dentro. E foi assim que ela se dedicou a linhas, agulhas e dedais. Até se transferir para sua atual moradia, nos arredores de minha existência" (Leya). Ou ainda como escreve o autor: "Mas é pena eu e a vizinha não nos simetricarmos. Por que ambos somos semiviúvos: nunca tivemos companheiro, mas esse parceiro, mesmo assim, desapareceu" (primeiro capítulo do conto).
sexta-feira, 3 de julho de 2015
As atividades criativas (entretenimento) dos lisboetas na passagem do século XIX para o XX
No começo da década de 1970, Costa Júnior publicou no Diário Popular páginas curiosas sobre a Lisboa antiga. A 29 de setembro de 1970, ele escreveu sobre os domingos dos lisboetas e as suas diversões. Elas não eram muitas, até porque havia pouco dinheiro para gastar. Alguns dos divertimentos residiam em passear no Passeio Público (atual Avenida da Liberdade) para a má língua, assistir à procissão da Senhora da Saúde ou espreitar uma solenidade a que comparecesse a família real. Dos cafés, o jornalista destacou o Martinho da Arcada, o Central, o Suíço e os dois Marrares. As festas mais apreciadas no começo do século XX seriam as burricadas de Cacilhas à Cova da Piedade, à Amora e ao Alfeite. Das gravuras presentes no artigo, recomendo que se ampliem as da barraca da feira de Alcântara e da procissão (um dia destes coloco imagens atuais da procissão).
quinta-feira, 2 de julho de 2015
A reabertura da Hemeroteca Municipal
Vai ser no dia 6, ao fim da tarde. Em novo lugar, à rua Lúcio de Azevedo, nº 21 B, em Lisboa. É uma boa notícia.
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Visitar o Porto oitocentista
Só de olhar para a imagem, regozijo-me com a capacidade industrial e intelectual da cidade do Porto da época em que foi construído o Palácio de Cristal. A realização de um torneio mundial de hóquei em patins foi o motivo para, noutra época menos brilhante, o espaço ser destruído e substituído por um edifício que nem sequer tem nome consolidado. Não tenho memória física do Palácio de Cristal, apenas sei o nome do local e conheço o edifício construído no começo da década de 1950 e não concluído para o evento a que se destinava.
Agora, a câmara municipal do Porto, através da Divisão de Museus e Património Cultural, da Divisão Municipal de Arquivos e do Pelouro da Cultura, organiza percursos culturais do Porto oitocentista, com passagens pelo Palácio de Cristal (local que não o palácio), Praça do Marquês de Pombal, Casa Tait, Museu do Vinho do Porto, Teatro Sá da Bandeira e Torre da Marca, nos meses de julho, agosto e setembro. O programa, orientado por técnicos municipais da cidade, vem desde 2013. Inicialmente, conforme a informação que recebi, os percursos foram direcionados para a área do Centro Histórico da cidade, classificado desde 1996 como Património Cultural da Humanidade. Mais recentemente, os itinerários estenderam-se a outros espaços, propondo visita a ruas e arquiteturas do Porto.
Agora, a câmara municipal do Porto, através da Divisão de Museus e Património Cultural, da Divisão Municipal de Arquivos e do Pelouro da Cultura, organiza percursos culturais do Porto oitocentista, com passagens pelo Palácio de Cristal (local que não o palácio), Praça do Marquês de Pombal, Casa Tait, Museu do Vinho do Porto, Teatro Sá da Bandeira e Torre da Marca, nos meses de julho, agosto e setembro. O programa, orientado por técnicos municipais da cidade, vem desde 2013. Inicialmente, conforme a informação que recebi, os percursos foram direcionados para a área do Centro Histórico da cidade, classificado desde 1996 como Património Cultural da Humanidade. Mais recentemente, os itinerários estenderam-se a outros espaços, propondo visita a ruas e arquiteturas do Porto.
Socos, de LaBute
De Neil LaBute (nascido em Detroit, em 1963), já vira
Há Muitas Razões para uma Pessoa Querer Ser Bonita (2008), no Teatro Aberto (2013). Agora, como exercício final do segundo ano do curso profissional de atores da escola ACT, 19 jovens atores e atrizes interpretam Socos (1994). O número de personagens é bem menor, mas a representação no Teatro Comuna (Lisboa) permite que cada personagem seja interpretado por dois ou mais elementos da escola.
São três histórias principais, monólogos na multidão a que se juntam monólogos rapidamente representados no começo do intervalo e fora do palco. As histórias não são narradas sequencialmente mas cruzadas, indo do mais simples e menos dramático para o mais complexo e obscuro. Como se lê no texto fornecido aos espectadores, as histórias iniciam "acontecimentos aparentemente comuns da vida quotidiana, e acabam por surpreender ao revelar, com crescente intensidade dramática, o lado obscuro da alma humana, os segredos escondidos atrás das fachadas e as trágicas consequências dos pequenos acasos". Ou como anteontem me dizia, quase pelas mesmas palavras, Pedro Lopes no final da sua dissertação de mestrado sobre melodrama.
A primeira história é a de um casal de namorados que fala dos acontecimentos de um fim de semana passado em Nova Iorque. O assassinato de um indivíduo por causa das suas tendências sexuais interliga-se. A segunda história é a de um homem de negócios. A empresa em que trabalhava começou a despedir pessoas. Em casa, num momento em que a mulher e a sogra tinham saído para compras, ele adormece no sofá. Quando acorda, a sua filha bebé está morta. Ele não conseguiu explicar o sucedido. A terceira história é a de uma rapariga de 13 anos seduzida pelo professor. A criança nascida só conhece o pai com 14 anos. Esta é, para mim, a história mais violenta, revelando um mundo cruel e sem esperança. Por instantes, estive para sair da sala no intervalo e não regressar.
A peça de LaBute é constantemente percorrida pela palavra grega adakia (ou pela ausência de lembrança), o equilíbrio aristotélico entre extremos. Melhor: a injustiça das situações humanas, porque os indivíduos são seres mortais.
Sofia de Portugal, atriz conhecida pelo trabalho quer em teatro quer na televisão e professora da escola ACT, assina a encenação. Às histórias, ela acrescenta uma grande criatividade, com recursos materiais (como os copos na mesa, as cenas em cima da mesa ou quase debaixo da mesa, as danças de tango) como imateriais (a estátua em alguns momentos, a câmara lenta noutros, apelando à memória de outras indústrias criativas). A sua condução de artistas pareceu-me muito boa, pois o nível de desenvoltura (voz, gestos, ocupação de espaço) não é igual em todos. Mas o todo - a ideia de festa lentamente desfeita, passando dos risos e da descontração para a tristeza e choro após o assassinato do homem no Central Park - foi sendo bem edificada. A cena final das velas, ofuscada a anterior quase orgia de bebida e tabaco, trouxe um grande dramatismo. Para mim, deste modo, acabou bem a representação. Acrescento o grande entusiasmo e envolvimento dos 19 jovens artistas, expresso nos gritos de alegria quando se retiraram do palco.
Tradução do texto por João Lourenço e Vera San Payo de Lemos [imagem retirada da página do Facebook a promover a peça].
São três histórias principais, monólogos na multidão a que se juntam monólogos rapidamente representados no começo do intervalo e fora do palco. As histórias não são narradas sequencialmente mas cruzadas, indo do mais simples e menos dramático para o mais complexo e obscuro. Como se lê no texto fornecido aos espectadores, as histórias iniciam "acontecimentos aparentemente comuns da vida quotidiana, e acabam por surpreender ao revelar, com crescente intensidade dramática, o lado obscuro da alma humana, os segredos escondidos atrás das fachadas e as trágicas consequências dos pequenos acasos". Ou como anteontem me dizia, quase pelas mesmas palavras, Pedro Lopes no final da sua dissertação de mestrado sobre melodrama.
A primeira história é a de um casal de namorados que fala dos acontecimentos de um fim de semana passado em Nova Iorque. O assassinato de um indivíduo por causa das suas tendências sexuais interliga-se. A segunda história é a de um homem de negócios. A empresa em que trabalhava começou a despedir pessoas. Em casa, num momento em que a mulher e a sogra tinham saído para compras, ele adormece no sofá. Quando acorda, a sua filha bebé está morta. Ele não conseguiu explicar o sucedido. A terceira história é a de uma rapariga de 13 anos seduzida pelo professor. A criança nascida só conhece o pai com 14 anos. Esta é, para mim, a história mais violenta, revelando um mundo cruel e sem esperança. Por instantes, estive para sair da sala no intervalo e não regressar.
A peça de LaBute é constantemente percorrida pela palavra grega adakia (ou pela ausência de lembrança), o equilíbrio aristotélico entre extremos. Melhor: a injustiça das situações humanas, porque os indivíduos são seres mortais.
Sofia de Portugal, atriz conhecida pelo trabalho quer em teatro quer na televisão e professora da escola ACT, assina a encenação. Às histórias, ela acrescenta uma grande criatividade, com recursos materiais (como os copos na mesa, as cenas em cima da mesa ou quase debaixo da mesa, as danças de tango) como imateriais (a estátua em alguns momentos, a câmara lenta noutros, apelando à memória de outras indústrias criativas). A sua condução de artistas pareceu-me muito boa, pois o nível de desenvoltura (voz, gestos, ocupação de espaço) não é igual em todos. Mas o todo - a ideia de festa lentamente desfeita, passando dos risos e da descontração para a tristeza e choro após o assassinato do homem no Central Park - foi sendo bem edificada. A cena final das velas, ofuscada a anterior quase orgia de bebida e tabaco, trouxe um grande dramatismo. Para mim, deste modo, acabou bem a representação. Acrescento o grande entusiasmo e envolvimento dos 19 jovens artistas, expresso nos gritos de alegria quando se retiraram do palco.
Tradução do texto por João Lourenço e Vera San Payo de Lemos [imagem retirada da página do Facebook a promover a peça].
Isabel Reis edita livro sobre áudio na rádio
Isabel Reis lança o seu livro O Áudio nas Cibernotícias das Rádios, uma edição Media XXI, no próximo dia 10 de julho. Apresentação de Manuel Pinto (Universidade do Minho), Pedro Leal (Rádio Renascença) e Paulo Faustino (editor). Local: Biblioteca do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto. O livro resulta da tese de doutoramento da autora.
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