Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Exposição de Surrealismo em Lisboa
Inaugura em 3 de Dezembro na Livraria Leya na Barata, com a participação da Microarte Galeria, na Avenida de Roma, 11, aqui em Lisboa. Apresentam-se obras inéditas de Artur Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, António Maria Lisboa e Mário Henrique Leiria. Incluem-se trabalhos de Luiz Morgadinho, Mena Brito, Pedro Palrão e Raul Perez. Na amostra será apresentado pela primeira vez ao público um cadavre-exquis realizado por António Maria Lisboa e Mário Henrique Leiria, datado de 1949, ano em que se formou o movimento surrealista em Portugal. Será também exibida uma carta-desenho de Cruzeiro Seixas para Mário Cesariny, de 1973, que relata de forma peculiar um périplo pelo norte de Portugal.
Europe's cultural and creative sectors from 2014
"Creative Europe: support programme for Creative Europe is the new EU programme dedicated to the cultural and creative sectors, proposed by the European Commission on 23 November 2011. that will run from 2014 to2020. The proposal is now under discussion by the Council of EU Ministers and the European Parliament. Europe needs to invest more in its cultural and creative sectors because it significantly contributes to economic growth, employment, innovation and social cohesion. Creative Europe will safeguard and promote cultural and linguistic diversity and strengthen the competitiveness of the cultural and creative sectors". Read more here.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
O Porto aqui tão perto
John Krich escreveu no dia 17 deste mês na revista Time sobre o Porto e a livraria Lello. Escadas vermelhas curvilíneas que a levam ao andar superior, numa livraria que guarda 120 mil obras nas suas estantes, a Lelo viu o seu restauro concluído em 1995. Agora, todo a gente quer entrar e fotografar, mas isso não é permitido, o que é uma pena. Parece que o Porto está a ser (re)descoberto. Se tivesse comércio saudável nas ruas 31 de Janeiro e Sá da Bandeira, a conclusão da recuperação urbana na rua Mouzinho da Silveira e a transformação do mercado do Bolhão (em frente à confeitaria do Bolhão, onde gosto de comprar pão), a cidade estaria ainda mais apresentável.
Margarida Noronha modera Tertúlia das Pequenas Leituras na Leitura
A Leitura Shopping Cidade do Porto promove dia 30 de Novembro, às 21:30, uma Tertúlia das Pequenas Leituras. O tema desta sessão será "PORQUE AS HISTÓRIAS SÃO PARA TODOS!", conta com a presença de Susana Azevedo, editora da CUCKOO, projecto especializado na edição de livro infantil para crianças com necessidades especiais, e moderação de Margarida Noronha. Margarida Noronha é Directora Editorial da Kalandraka Portugal e co-lecciona, como especialista convidada, o módulo de "Edição de Livro Infantil" na Pós-Graduação em Livro Infantil da Universidade Católica de Lisboa.
domingo, 27 de novembro de 2011
Sobre a memória
A memória é o espaço material e espiritual para reter os factos ocorridos e os contextos de família, comunidade ou sociedade (reflexão sobre o congresso Memorias, Medios y espacio público en la Europa Mediterránea, Madrid, 25 e 26 de Novembro). A memória é sobre o agradável e o menos interessante e marca a vida de um indivíduo ou grupo. A memória – do indivíduo ou da comunidade mas que serve (pode servir) de conduta ou exemplo para todos – é selectiva, retém os factos julgados mais importantes, é da ordem oral ou material e precisa de arquivo e de transmissão.
A memória histórica quer dizer recuperação, interpretação ou reconciliação. Ela trabalha sobre os factos narrados e interpretados de geração para geração. Mas a escola e os media têm também essa função. Ora, a memória, como entidade selectiva, elege acontecimentos e esquece ou omite outros. Trata-se de um esforço permanente de reequilíbrio e de recuperação. A memória histórica procura desfazer os valores e os mitos dominantes, dá igualmente primazia às perspectivas alternativas e posições minoritárias, contestando mesmo posições dominantes e procurando o que dizem os vencidos ou os seus representantes. Este exercício pode ser doloroso, pondo em causa verdades estabelecidas há muito tempo.
No primeiro vídeo, o trabalho de Pierre Sorlin no congresso de Madrid; no segundo vídeo, as conclusões por um dos seus organizadores, José Carlos Rueda Laffond:
A memória histórica quer dizer recuperação, interpretação ou reconciliação. Ela trabalha sobre os factos narrados e interpretados de geração para geração. Mas a escola e os media têm também essa função. Ora, a memória, como entidade selectiva, elege acontecimentos e esquece ou omite outros. Trata-se de um esforço permanente de reequilíbrio e de recuperação. A memória histórica procura desfazer os valores e os mitos dominantes, dá igualmente primazia às perspectivas alternativas e posições minoritárias, contestando mesmo posições dominantes e procurando o que dizem os vencidos ou os seus representantes. Este exercício pode ser doloroso, pondo em causa verdades estabelecidas há muito tempo.
No primeiro vídeo, o trabalho de Pierre Sorlin no congresso de Madrid; no segundo vídeo, as conclusões por um dos seus organizadores, José Carlos Rueda Laffond:
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Exposição do Jogo da Glória
O Museu da Presidência da República vai abrir ao público, a 26 de Novembro, no Palácio da Cidadela de Cascais, a exposição Jogo da Glória - o Século XX Malvisto pelo desenho de humor, comissariada por João Paulo Cotrim. Trata-se de uma viagem pelo século XX português que retrata os principais acontecimentos políticos e sociais, públicos e privados que o marcaram, através do humor gráfico. Em paralelo a esta exposição, o Palácio da Cidadela de Cascais também vai poder ser visitado pelo público.
BlackBox e Associação Bixo Mau
Nas Caldas da Rainha, está a desenvolver-se um novo projecto cultural pelo Colectivo BlackBox e Associação Cultural Bixo Mau. Em perspectiva, uma programação variada, de concertos a oficinas e workshops durante a temporada Outono/Inverno (Setembro 2011 - Fevereiro 2012). O principal destaque vai para os concertos a realizar na BlackBox do Centro da Juventude.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Número 18 da revista Trajectos
O número 18 da revista Trajectos (Primavera de 2011) tem o título principal de "Internet e Participação Cívica". No dossiê, dá-se conta do impacto da internet nas eleições americanas onde foi eleito Barack Obama e do menor interesse dos novos media electrónicos nas eleições portuguesas. Os textos pertencem a Raquel Paiva e Muniz Sodré (Educação, mídia e espaço social), Adelino Gomes (Comunicação em rede ou o utilizador utilizado) e Filipa Seiceira (Análise das estratégias dos candidatos a deputados às eleições legislativas de 2009).
O texto inaugural da revista pertence a José Rebelo (As novas gerações de jornalistas em Portugal), onde o autor retoma elementos de entrevistas publicadas no livro Ser jornalista em Portugal, sob a forma de testemunhos. Alguns elementos da sua análise: aumento da qualificação académica, feminização, mobilidade, diminuição do número de jornalistas profissionais e maior número de estagiários. Outros textos: Tânia dos Reis Alves (Alguém chamou Ana Gomes de rottweiler?), Eduardo Granja Coutinho (Monopólio da fala e espontaneidade das massas), Pedro Belchior Nunes (Os jornalistas de música e a indústria musical), Maria José Brites (Delinquência juvenil enquanto alimento noticioso), Maria Augusta Babo (Do espelho à fotografia. Fixação e diferimento), Maria Irene Aparício (Do desenho do espaço ao espaço da escrita. Trajectos da memória e inscrição da identidade no filme Memento), Maria Cristina Franco Ferraz (Corpo, graça e consciência), Sofia Nunes (O acontecimento em Gilles Deleuze)
O número agora editado marca uma alteração em termos de direcção da revista, a qual reflecte a colaboração entre o ISCTE, escola onde inicialmente se alojou a publicação, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Assim, José Rebelo, até agora o director da revista, reparte as responsabilidades com Muniz Sodré, daquela universidade brasileira. Em termos editoriais, a Trajectos assume uma tripla perspectiva: trabalhar as áreas de comunicação, cultura e educação, recusar a dualidade teoria/empiria e ser lugar de publicação para jovens investigadores.
O texto inaugural da revista pertence a José Rebelo (As novas gerações de jornalistas em Portugal), onde o autor retoma elementos de entrevistas publicadas no livro Ser jornalista em Portugal, sob a forma de testemunhos. Alguns elementos da sua análise: aumento da qualificação académica, feminização, mobilidade, diminuição do número de jornalistas profissionais e maior número de estagiários. Outros textos: Tânia dos Reis Alves (Alguém chamou Ana Gomes de rottweiler?), Eduardo Granja Coutinho (Monopólio da fala e espontaneidade das massas), Pedro Belchior Nunes (Os jornalistas de música e a indústria musical), Maria José Brites (Delinquência juvenil enquanto alimento noticioso), Maria Augusta Babo (Do espelho à fotografia. Fixação e diferimento), Maria Irene Aparício (Do desenho do espaço ao espaço da escrita. Trajectos da memória e inscrição da identidade no filme Memento), Maria Cristina Franco Ferraz (Corpo, graça e consciência), Sofia Nunes (O acontecimento em Gilles Deleuze)
O número agora editado marca uma alteração em termos de direcção da revista, a qual reflecte a colaboração entre o ISCTE, escola onde inicialmente se alojou a publicação, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Assim, José Rebelo, até agora o director da revista, reparte as responsabilidades com Muniz Sodré, daquela universidade brasileira. Em termos editoriais, a Trajectos assume uma tripla perspectiva: trabalhar as áreas de comunicação, cultura e educação, recusar a dualidade teoria/empiria e ser lugar de publicação para jovens investigadores.
sábado, 19 de novembro de 2011
Fado dans la liste de l'Unesco
"2011 sera sans doute l’année d’inscription du fado sur la liste représentative du patrimoine culturel immatériel de l’Unesco. La candidature du genre musical le plus emblématique de la culture portugaise, touristiquement pour le moins, était portée depuis de nombreuses années par des institutions et des personnalités du milieu lisboète et n’a pu être finalisée et officiellement proposée que pour la 6e session du Comité du Patrimoine Immatériel qui aura lieu à Bali à la fin du mois de novembre. Si l’inscription est confirmée, le fado deviendra le premier élément portugais de la liste du PCI de l’Unesco, alors que le pays possède 13 sites du Patrimoine Mondial, dont certains furent inscrits très tôt" (PCIICH - A propos du patrimoine culturel immatériel en Europe du sud et ailleurs). Lire plus ici.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Encontro "Ouvir a Arte e a Cultura – A audiodescrição na construção de produtos inclusivos"
No próximo dia 22 de Novembro, a Associação Íris Inclusiva promove, na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, o Encontro "Ouvir a arte e a cultura – A audiodescrição na construção de produtos inclusivos", a realizar no âmbito de um projecto já em curso e co-financiado. Ler mais em
http://www.irisinclusiva.pt/.
http://www.irisinclusiva.pt/.
O cinema português na televisão pública (1957-1974)
No número 198 da Análise Social (1º trimestre de 2011), Paulo Cunha escreve sobre A emissão de cinema português na televisão pública (1957-1974). A hipótese de partida é interessante: o sucesso das comédias portuguesas da década de 1940 é um dos grandes mitos do cinema português (p. 153). Ler todo o texto em http://industrias-culturais.hypotheses.org/18807.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Memórias da industrialização portuguesa
Em edição da Tinta da China e com o patrocínio do município de S. João da Madeira no âmbito do projecto Circuitos pelo Património Industrial, Paulo Marcelo publicou o livro-álbum Oliva. Memórias de uma marca portuguesa (2011). Ler o texto todo aqui: http://industrias-culturais.hypotheses.org/18769.
Universal takes over EMI recorded music unit
"PARIS (AFP) - Universal Music Group and its parent company French giant Vivendi will buy the recorded music division of British music label EMI from US bank Citigroup for £1.2 billion (1.4 billion euros, $1.9 billion), Vivendi said Friday" (Thewest).
Comment bloguent-ils?
« Comment bloguent-ils ? » C'est la question qui sera explorée les 1er et 2 décembre 2011 au cours d'un événement organisé à Lyon par l'Institut des Sciences de l'Homme, la Maison de l'Orient et de la Méditerranée, l’URFIST de Lyon et le Centre pour l'édition électronique ouverte (Cléo). Trois moments forts ponctueront cette manifestation autour des carnets de recherche en sciences humaines et sociales.
Une table-ronde, animée par Pierre Mounier, directeur-adjoint du Cléo et co-animateur de la plateforme Hypothèses.org, permettra à plusieurs auteurs de carnets de recherche de rendre compte de leurs expériences: Eric Verdeil, chercheur au laboratoire Environnement Ville Société, CNRS-Université de Lyon et animateur du blog Rumor (http://rumor.hypotheses.org), Frédérique Giraud, doctorante au Centre Max Weber et animatrice du blog Sociovoce (http://sociovoce.hypotheses.org), Pierre Mercklé, maître de conférences à l'ENS Lyon et membre du Centre Max Weber, animateur du blog quanti (http://quanti.hypotheses .org) et du portail liens socios (http://www.liens-socio.org), Françoise Acquier, documentaliste au Centre de recherche sur l'espace sonore et l'environnement urbain et animatrice du blog le Cresson veille (http://lcv.hypotheses.org).
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Relatório do Grupo de Trabalho para a definição do conceito de serviço público de comunicação social
Já foi tornado público o Relatório do Grupo de Trabalho para a definição do conceito de serviço público de comunicação social, trabalho encomendado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares sobre o serviço público de televisão e rádio.
Constituído por 32 páginas (ver ficheiro abaixo com todo o texto), e embora reconheça que fiz uma leitura apressada, destaco os pontos 17, em que o grupo de trabalho (GT) "alerta para a necessidade de não se confundir o serviço público de comunicação social com a entidade ou as entidades actualmente encarregadas de o fazer. De facto, mais importante do que as instituições é o serviço que elas devem prestar", 29 ("As mudanças referidas e a situação económico-financeira acentuam a necessidade de o serviço público se adaptar às novas realidades. Consideramos que, no futuro, o empenho do Estado no serviço público necessitará de se basear numa concepção menos centrada nas instituições encarregadas das tarefas de serviço público e mais na diversificação do acesso e participação na totalidade das tecnologias de distribuição disponíveis, bem como no reforço efectivo do apoio à criação e produção de conteúdos"), 30 ("o serviço público deve incorporar três novos princípios: acesso, envolvimento e participação"), 35 ("Não compete ao Estado, na nossa perspectiva, apoiar financeiramente as empresas de comunicação social, pois isso constituiria sempre uma tentação para possíveis interferências. Não deve fazê-lo nem directa nem indirectamente, por exemplo através da compra não justificada de espaços de publicidade"), 36 ("A existência de qualquer serviço público implica quatro realidades: o conteúdo (o serviço que é prestado); a institucionalidade ou agenciamento (os agentes envolvidos); o financiamento; os destinatários"), 49 ("Consideramos que a existência de uma entidade do Estado concessionária do serviço público não implica (a) que os conteúdos sejam exclusivamente produzidos por ela; e (b) que não possa haver conteúdos produzidos por outras entidades que sejam avaliados como de serviço público e, nesse caso, apoiados") e 56 ("A actual visão de que é preciso o Estado produzir informação como garante do pluralismo não faz sentido nem na TV nem rádio, como não faz sentido na imprensa escrita, dado que esse pluralismo é garantido pelo próprio funcionamento do mundo da omunicação social em democracia").
Sobre a manutenção ou eliminação dos canais, o GT entende que no ponto 62 ("Não vemos qualquer interesse público num canal como a RTP Memória, cuja programação apenas parcialmente apresenta conteúdos do passado da RTP. Seria mais útil, e provavelmente teria mais audiência, a plena disponibilização dos conteúdos históricos da RTP através do seu site"), enquanto indica no ponto 63 ("Quanto à RTP Informação, julgamos que se corre o risco de este canal redundar numa plataforma ao serviço de interesses que extravasam o domínio do serviço público, sendo claro que os canais privados de informação garantem amplamente o pluralismo nos serviços de informação no cabo") e 64 ("Quanto à RTP África e à RTP Internacional, consideramos que o Estado deve manter um serviço internacional"). O GT avisa no ponto 66 ("Consideramos que a decisão de privatizar a concessão de um canal generalista do Estado pode ter consequências indesejáveis para os operadores privados"), observa no ponto 69 ("A administração depende directamente do poder político; a apetência intervencionista do poder executivo nos conteúdos informativos leva as administrações a ficarem cativas ou incapazes de decisões autónomas"), reconhece no ponto 73 ("a empresa de capitais públicos ficou muito aquém das possibilidades de servir de alavanca ou de garante de uma indústria do audiovisual nacional") e conclui no ponto 75 ("propomos que o Estado promova um debate alargado sobre a melhor forma que, a médio prazo, deve ter uma entidade estatal encarregada do serviço público de comunicação social").
Outras observações. No ponto 78 sobre a agência Lusa "é, no seu formato institucional, uma herança histórica. Não é o resultado de um processo jornalístico e/ou empresarial, mas o resultado do processo político. Resultou da fusão de duas agências, uma à época politizada num sentido contrário ao da governação, outra fomentada pelo governo do momento e por media contrários a essa politização da agência pública". No ponto 88, considera o GT que "o Estado deve tomar de imediato decisões de correcção do processo de criação da Televisão Digital Terrestre. O modelo escolhido atribuiu a um operador de uma plataforma de canais pagos a responsabilidade de distribuição dos canais de acesso livre".
Nas recomendações, o GT defende "o fim da publicidade comercial, em qualquer formato, incluindo a colocação de produtos (product placement) no ou nos canais de serviço público de televisão, tal como em qualquer outro serviço público de comunicação social" (ponto 10), "manter em aberto [por parte do Estado] a possibilidade de financiar conteúdos considerados de interesse público a produzir por operadores privados" (ponto 13), "os conteúdos noticiosos do operador de serviço público de rádio e televisão sejam concentrados em noticiários curtos, sejam limitados ao essencial e recuperem o carácter verdadeiramente informativo" (ponto 14), "desproporcionada a existência de três canais de rádio nacionais do Estado" (ponto 18), o "Estado estude as virtualidades de substituir o actual modelo institucional do operador público enquanto empresa de capitais públicos para o modelo de uma instituição sem fins lucrativos nem concorrenciais" (ponto 23) e a extinção da ERC (ponto 28). Já no corpo de análise, o GT deixava perceber esta posição, ao indicar que a "regulação deve resultar, em primeiro lugar, da auto-regulação. Em caso de conflitos, a regulação deve ser realizada pelos tribunais. As tarefas administrativas e burocráticas atribuídas à ERC podem e devem ser transferidas para outras entidades do Estado com competências semelhantes" (ponto 87).
Constituído por 32 páginas (ver ficheiro abaixo com todo o texto), e embora reconheça que fiz uma leitura apressada, destaco os pontos 17, em que o grupo de trabalho (GT) "alerta para a necessidade de não se confundir o serviço público de comunicação social com a entidade ou as entidades actualmente encarregadas de o fazer. De facto, mais importante do que as instituições é o serviço que elas devem prestar", 29 ("As mudanças referidas e a situação económico-financeira acentuam a necessidade de o serviço público se adaptar às novas realidades. Consideramos que, no futuro, o empenho do Estado no serviço público necessitará de se basear numa concepção menos centrada nas instituições encarregadas das tarefas de serviço público e mais na diversificação do acesso e participação na totalidade das tecnologias de distribuição disponíveis, bem como no reforço efectivo do apoio à criação e produção de conteúdos"), 30 ("o serviço público deve incorporar três novos princípios: acesso, envolvimento e participação"), 35 ("Não compete ao Estado, na nossa perspectiva, apoiar financeiramente as empresas de comunicação social, pois isso constituiria sempre uma tentação para possíveis interferências. Não deve fazê-lo nem directa nem indirectamente, por exemplo através da compra não justificada de espaços de publicidade"), 36 ("A existência de qualquer serviço público implica quatro realidades: o conteúdo (o serviço que é prestado); a institucionalidade ou agenciamento (os agentes envolvidos); o financiamento; os destinatários"), 49 ("Consideramos que a existência de uma entidade do Estado concessionária do serviço público não implica (a) que os conteúdos sejam exclusivamente produzidos por ela; e (b) que não possa haver conteúdos produzidos por outras entidades que sejam avaliados como de serviço público e, nesse caso, apoiados") e 56 ("A actual visão de que é preciso o Estado produzir informação como garante do pluralismo não faz sentido nem na TV nem rádio, como não faz sentido na imprensa escrita, dado que esse pluralismo é garantido pelo próprio funcionamento do mundo da omunicação social em democracia").
Sobre a manutenção ou eliminação dos canais, o GT entende que no ponto 62 ("Não vemos qualquer interesse público num canal como a RTP Memória, cuja programação apenas parcialmente apresenta conteúdos do passado da RTP. Seria mais útil, e provavelmente teria mais audiência, a plena disponibilização dos conteúdos históricos da RTP através do seu site"), enquanto indica no ponto 63 ("Quanto à RTP Informação, julgamos que se corre o risco de este canal redundar numa plataforma ao serviço de interesses que extravasam o domínio do serviço público, sendo claro que os canais privados de informação garantem amplamente o pluralismo nos serviços de informação no cabo") e 64 ("Quanto à RTP África e à RTP Internacional, consideramos que o Estado deve manter um serviço internacional"). O GT avisa no ponto 66 ("Consideramos que a decisão de privatizar a concessão de um canal generalista do Estado pode ter consequências indesejáveis para os operadores privados"), observa no ponto 69 ("A administração depende directamente do poder político; a apetência intervencionista do poder executivo nos conteúdos informativos leva as administrações a ficarem cativas ou incapazes de decisões autónomas"), reconhece no ponto 73 ("a empresa de capitais públicos ficou muito aquém das possibilidades de servir de alavanca ou de garante de uma indústria do audiovisual nacional") e conclui no ponto 75 ("propomos que o Estado promova um debate alargado sobre a melhor forma que, a médio prazo, deve ter uma entidade estatal encarregada do serviço público de comunicação social").
Outras observações. No ponto 78 sobre a agência Lusa "é, no seu formato institucional, uma herança histórica. Não é o resultado de um processo jornalístico e/ou empresarial, mas o resultado do processo político. Resultou da fusão de duas agências, uma à época politizada num sentido contrário ao da governação, outra fomentada pelo governo do momento e por media contrários a essa politização da agência pública". No ponto 88, considera o GT que "o Estado deve tomar de imediato decisões de correcção do processo de criação da Televisão Digital Terrestre. O modelo escolhido atribuiu a um operador de uma plataforma de canais pagos a responsabilidade de distribuição dos canais de acesso livre".
Nas recomendações, o GT defende "o fim da publicidade comercial, em qualquer formato, incluindo a colocação de produtos (product placement) no ou nos canais de serviço público de televisão, tal como em qualquer outro serviço público de comunicação social" (ponto 10), "manter em aberto [por parte do Estado] a possibilidade de financiar conteúdos considerados de interesse público a produzir por operadores privados" (ponto 13), "os conteúdos noticiosos do operador de serviço público de rádio e televisão sejam concentrados em noticiários curtos, sejam limitados ao essencial e recuperem o carácter verdadeiramente informativo" (ponto 14), "desproporcionada a existência de três canais de rádio nacionais do Estado" (ponto 18), o "Estado estude as virtualidades de substituir o actual modelo institucional do operador público enquanto empresa de capitais públicos para o modelo de uma instituição sem fins lucrativos nem concorrenciais" (ponto 23) e a extinção da ERC (ponto 28). Já no corpo de análise, o GT deixava perceber esta posição, ao indicar que a "regulação deve resultar, em primeiro lugar, da auto-regulação. Em caso de conflitos, a regulação deve ser realizada pelos tribunais. As tarefas administrativas e burocráticas atribuídas à ERC podem e devem ser transferidas para outras entidades do Estado com competências semelhantes" (ponto 87).
LPM lidera o ranking das consultoras de comunicação
Para a Briefing, na sua newsletter de hoje, a "LPM continua a liderar destacada o mercado português [das consultoras de comunicação] com 8,5 milhões de euros, o que compara com 3,8 da GCI, 3,4 da CVA, 2,6 da Lift e 2,2 da JLM". Escreve-se no mesmo texto: "Numa análise às empresas que facturaram mais de 1 milhão de euros em Portugal conclui-se que o montante global de 33,56 milhões de euros representa um crescimento residual (0,08 por cento) face ao ano anterior (33,53 milhões de euros), o que demonstra uma forte resistência do mercado" [quadro retirado da mesma notícia].
domingo, 13 de novembro de 2011
Dias a fio
A imobiliária chama-se Immobilis e Florinda e Palmira procuram vender casas, palácios, sótãos, garagens, caves e até um poço, num tempo de grande crise financeira como é o nosso. As duas agentes imobiliárias lutam, "competindo pela comissão, intrigando, sonhando com a sua Oportunidade Única para sair da corrida de ratazanas, e um deles é amigo de uma jibóia com quem aprende a rastejar e outra é uma que não dorme e que tem pena do seu próprio sofá. E há um, claro, que vende ouro e seguros de saúde", escreve Luísa Costa Gomes, que assina o texto, enquanto a encenação pertence a Ana Tamen, que voltam a colaborar vinte anos depois de Nunca nada de ninguém (1991).
Então, retratava-se uma época, a do triunfo dos yuppies, com as pessoas a viverem inebriadas pelo dinheiro, pensando que o progresso e o sucesso tinham vindo para sempre (o "oásis" da governação de Cavaco Silva). Portugal aderira à Europa (1986) e crescia o número de auto-estradas, inauguraram-se o Centro Cultural de Belém e a ponte Vasco da Gama e abria a Expo 98. Agora, vivemos a crise da bolha imobiliária e financeira, com manifestações de militares e governantes que dizem que temos de empobrecer (Cavaco Silva a presidente da República).
Luísa Costa Gomes, descoberta dramaturga com a peça de 1991 editada pela Cotovia, escreve agora sobre um tempo disruptivo. A peça chama-se Dias a fio, o que quer dizer que a corrida é uma luta diária de sobrevivência, em que tudo está preso por um fio: o emprego, o seguro de vida, a relação com o outro. A marca da queda depois do inebriante crescimento de duas décadas atrás é dada no primeiro quadro da peça, com o actor de pernas para o ar preso numa corda. À revolução (1974), recordada pela personagem Bráulio, que representaria transformação e ascensão social, pergunta o filho: onde ocorreu essa revolução. Para depois corrigir: "Acharam que não se tinha de pagar nada? Agora pagamos todos". O agora é o tempo das leis do mercado, do domínio da imagem, do marketing, escreve ainda a autora.
A interpretação da peça presente no teatro de São Luiz (Lisboa) cabe a João Ricardo, Teresa Faria, Sílvia Filipe, Bruno Schiappa, Sérgio Praia e Paula Diogo, com boa qualidade de representação. Na folha volante distribuída com a representação, o jornalista e crítico de teatro Rui Cintra encara a hipótese de estarmos diante de uma proposta de teatro político, com o confronto do efeito de distanciamento como propôs Brecht. Sala longe de encher, o que cria um grande desânimo.
Então, retratava-se uma época, a do triunfo dos yuppies, com as pessoas a viverem inebriadas pelo dinheiro, pensando que o progresso e o sucesso tinham vindo para sempre (o "oásis" da governação de Cavaco Silva). Portugal aderira à Europa (1986) e crescia o número de auto-estradas, inauguraram-se o Centro Cultural de Belém e a ponte Vasco da Gama e abria a Expo 98. Agora, vivemos a crise da bolha imobiliária e financeira, com manifestações de militares e governantes que dizem que temos de empobrecer (Cavaco Silva a presidente da República).
Luísa Costa Gomes, descoberta dramaturga com a peça de 1991 editada pela Cotovia, escreve agora sobre um tempo disruptivo. A peça chama-se Dias a fio, o que quer dizer que a corrida é uma luta diária de sobrevivência, em que tudo está preso por um fio: o emprego, o seguro de vida, a relação com o outro. A marca da queda depois do inebriante crescimento de duas décadas atrás é dada no primeiro quadro da peça, com o actor de pernas para o ar preso numa corda. À revolução (1974), recordada pela personagem Bráulio, que representaria transformação e ascensão social, pergunta o filho: onde ocorreu essa revolução. Para depois corrigir: "Acharam que não se tinha de pagar nada? Agora pagamos todos". O agora é o tempo das leis do mercado, do domínio da imagem, do marketing, escreve ainda a autora.
A interpretação da peça presente no teatro de São Luiz (Lisboa) cabe a João Ricardo, Teresa Faria, Sílvia Filipe, Bruno Schiappa, Sérgio Praia e Paula Diogo, com boa qualidade de representação. Na folha volante distribuída com a representação, o jornalista e crítico de teatro Rui Cintra encara a hipótese de estarmos diante de uma proposta de teatro político, com o confronto do efeito de distanciamento como propôs Brecht. Sala longe de encher, o que cria um grande desânimo.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Demissões no grupo de trabalho nomeado pelo governo para analisar o serviço público de televisão
"O jornalista Francisco Sarsfield Cabral, o jurista João Amaral e a professora universitária Felisbela Lopes demitiram-se do grupo de trabalho para a definição do conceito de serviço público de comunicação social, nomeado pelo governo, cujas conclusões serão entregues nos próximos dias ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas" (Público). Francisco Sarsfield Cabral, ex-director da Rádio Renascença e do jornal Público, "revelou que foram feitas declarações públicas pelo ministro dos Assuntos Parlamentares sobre as questões que estavam a ser discutidas que esvaziaram de alguma maneira o trabalho que estava a ser feito" (continuação do mesmo texto). Mantêm-se no grupo de trabalho João Duque, António Ribeiro Cristóvão, Eduardo Cintra Torres, José Manuel Fernandes, Manuel José Damásio, Manuel Villaverde Cabral e Manuela Franco.
Na minha interpretação, são muitas as demissões (um terço do grupo). Além de que são saídas de pessoas de forte peso, pelas suas ligações profissionais e/ou académicas. Vejo com muita apreensão os resultados do grupo, a divulgar nos próximos dias.
Na minha interpretação, são muitas as demissões (um terço do grupo). Além de que são saídas de pessoas de forte peso, pelas suas ligações profissionais e/ou académicas. Vejo com muita apreensão os resultados do grupo, a divulgar nos próximos dias.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Antonieta Castro expõe em Lisboa
Hoje, no final da tarde, foi inaugurada a exposição de aguarelas de Antonieta Castro no Espaço Andrade Corvo da Portugal Telecom, em Lisboa. Recupero o que sobre a sua obra escrevi aqui em 25 de Agosto de 2011, quando vi os seus trabalhos patentes no Clube Literário, no Porto: "A obra exposta da aguarelista, dividida por três núcleos, mostra paisagens urbanas (as pontes sobre o Douro), os barcos, as casas. Ela prossegue uma obra coerente, simples e de cores e formas agradáveis. A aguarela presta-se aos seus objectivos: a claridez da cor por oposição ao nebuloso da forma, que remete para o onírico e a harmonia".
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Agenda Digital: Comissão concede 600 000 € para novo Centro para o Pluralismo e a Liberdade dos Media
"A Comissão Europeia está a criar o Centro para o Pluralismo e a Liberdade dos Media, em Florença, tendo atribuído uma subvenção de 600 000 euros ao Centro de Estudos Avançados Robert Schuman do Instituto Universitário Europeu (IUE). Com início em Dezembro de 2011 e sob a direcção do Professor Pier Luigi Parcu, o Centro aprofundará novas ideias para assegurar meios de comunicação social altamente diversificados e livres e procurará elevar a qualidade da reflexão sobre o seu pluralismo na Europa. Anunciando o novo centro, Neelie Kroes, Vice-Presidente da Comissão Europeia, responsável pela Agenda Digital, declarou: «A liberdade de expressão depende, em parte, de meios de comunicação social diversificados e livres. O novo centro vai ter uma importante função de aprofundamento e ensaio de ideias sobre pluralismo e liberdade dos media, que possam enriquecer o debate público e a política». O Centro executará quatro actividades específicas: investigação teórica e aplicada (uma série de documentos de trabalho, estudos de estratégias, observatório sobre o pluralismo dos meios de comunicação social), debates, actividades de educação e formação (seminários académicos, curso de Verão) e divulgação de resultados e conclusões. O IUE foi escolhido para albergar o Centro devido à sua longa experiência no domínio da governação europeia. Esta iniciativa é mais um passo no empenho da Comissão em proteger mais eficazmente o pluralismo e a liberdade dos meios de comunicação social na Europa e em determinar se são necessárias outras medidas a nível europeu ou a nível nacional e regional. A Comissão instituiu recentemente um grupo de alto nível sobre esta matéria, presidido pela D.ra Vaira Vīķe-Freiberga (cf. IP/11/1173), e está igualmente a criar um grupo de múltiplas partes interessadas, operacional a breve prazo, sobre o futuro dos media" (http://europa.eu/rapid/pressReleasesAction.do?reference=IP/11/1307&format=HTML&aged=0&language=PT&guiLanguage=en).
Ken Dancyger
Nos próximos dias 18 a 20 de Novembro, Ken Dancyger estará no Porto e em Vila do Conde, no âmbito do programa Campus. Ele vai participar num workshop sobre escrita de argumento (Vila do Conde) e numa masterclass sobre curtas-metragens (Universidade Católica, Porto). Dancyger é um dos mais reputados professores de escrita de argumento (lecciona na prestigiada Tisch School of Arts da New York University) e tem livros fundamentais publicados sobre o assunto (Writing the Short Film, Alternative Scriptwriting: Successfully breaking the Rules).
domingo, 6 de novembro de 2011
Rui Catarino sobre indústrias criativas
Organizado pela Fundação Bracara Augusta, realizou-se na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, na passada sexta-feira, um colóquio intitulado Indústrias Culturais e Criativas. A discussão partiu do texto de César Antonio Molina La cultura sin cultura, publicado no jornal El País, de 25.11.2010, onde quis opor cultura criativa, que despreza o mercado, a cultura industrial, menos elitista e mais divertida e consumista. Para ele, o “poder da inteligência foi substituído pelo poder dos media que fabricam mais celebridades que os círculos de eruditos e intelectuais. Celebridades que dão opinião na sua falta de cultura como se fossem sábias” (ver abaixo textos publicados no Correio do Minho e no Diário do Minho, 6.11.2011).
Um dos participantes foi Rui Catarino, professor da Escola Superior de Teatro e Cinema (Instituto Politécnico de Lisboa), de que retive no vídeo seguinte uma parcela da sua muito interessante intervenção.
Um dos participantes foi Rui Catarino, professor da Escola Superior de Teatro e Cinema (Instituto Politécnico de Lisboa), de que retive no vídeo seguinte uma parcela da sua muito interessante intervenção.
sábado, 5 de novembro de 2011
PRIVATIZAÇÃO DA RTP
"Defensor do serviço público de rádio e televisão, Ribeiro e Castro, deputado do CDS, apela ao Governo para que «reflicta bem» na privatização de um dos canais da RTP, até porque é «desconhecida a seriedade e a consistência dos interessados». E diz que se a alienação fosse adiada, no âmbito de conversações com o PS a propósito do Orçamento, «seria uma boa notícia»" (http://www.publico.pt/Media/ribeiro-e-castro-quer-travar-privatizacao-da-rtp-1519637).
Acho uma atitude sensata, que merece o meu acordo.
Acho uma atitude sensata, que merece o meu acordo.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Exposição de Antonieta Castro
Inaugura dia 8, pelas 18:00, a exposição de Antonieta Castro no Espaço Andrade Corvo da Portugal Telecom, em Lisboa.
Celebridades
Ao final da tarde de hoje, foi apresentado o livro coordenado por Eduardo Cintra Torres e José Pedro Zúquete, A vida como um filme. Fama e celebridade no século XXI, da editora Texto. O apresentador do livro foi o professor Marcelo Rebelo de Sousa, figura bem conhecida da televisão portuguesa pelo seu comentário político. Ler o texto completo em http://industrias-culturais.hypotheses.org/18678.
Memórias da rádio
Tem sido muito interessante ao longo dos últimos anos acompanhar semanalmente o que Andy Sennitt (http://blogs.rnw.nl/medianetwork/) escreve sobre a rádio à volta do planeta. A notícia mais recente narra a aventura mais recente da BBC, o novo sítio de internet chamado Audiopedia, onde se podem ouvir os arquivos de voz dos programas da estação desde a década de 1940, uma coisa que em Portugal foi injustamente abandonado.
Ora, Sennitt está a pensar em reformar-se em Maio de 2012 e anuncia o fim do seu blogue, possivelmente em 24 de Março, último dia do período de inverno das emissões em onda curta - e que coincide com o fim das emissões do serviço holandês de ondas curtas. O provedor do ouvinte da RTP dedicou uma parte do seu espaço no fim-de-semana passado a criticar o comportamento da administração da empresa portuguesa por ter fechado os serviços de onda curta sem ouvir ninguém. Cá, como lá, as ondas curtas estão em desaparecimento rápido.
Ora, Sennitt está a pensar em reformar-se em Maio de 2012 e anuncia o fim do seu blogue, possivelmente em 24 de Março, último dia do período de inverno das emissões em onda curta - e que coincide com o fim das emissões do serviço holandês de ondas curtas. O provedor do ouvinte da RTP dedicou uma parte do seu espaço no fim-de-semana passado a criticar o comportamento da administração da empresa portuguesa por ter fechado os serviços de onda curta sem ouvir ninguém. Cá, como lá, as ondas curtas estão em desaparecimento rápido.
MAEDS em actividade
O MAEDS (Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal) e o Synapsis dão CARTA BRANCA a um colectivo de artistas, para em conjunto com o público, observarem, reintrepretarem e representarem o Museu, no próximo dia 12, pelas 17:00. Os artistas são: Acácio Cainete, Alexandre Murtinheira, Ana Férias, Ana Marta Pereira, António Marrachinho, Eduardo Carqueijeiro, Filipa Silveira, Graciete Lança, Nuno David, Rosa Nunes, Salvador Peres e Sara Loureiro.
Neo-journalism?
"The University of Louvain (UCL) and the University of Namur (FUNDP) welcome the submission of papers for the International Conference «Towards Neo-Journalism? Redefining, Extending or Reconfiguring a Profession» to be held in Brussels on 3 and 4 October 2012. The aim of the conference is to allow researchers working on online journalism from a variety of disciplines to meet and share research experiences and findings. The conference will be complemented by workshops in the afternoon of 4 October bringing togehter information scholars and professionals". Keynote Speakers: Mark Deuze and Alfred Hermida. Submission deadline (500 words): 6 january 2012 (see panel sessions). See more at https://webmail.netcabo.pt/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.neo-journalism.org.
UNESCO contrata dois consultores sobre Regulação dos Media
A UNESCO (Brasil) está a seleccionar dois consultores na área de regulação dos media até 8 de Novembro próximo. Para maiores informações, o edital encontra-se em anexo ou através do sítio da internet (ver aqui). Encaminhar currículo para o email: curriculosci@unesco.org.br (impreterivelmente até dia 8 de Novembro).
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Volta a Portugal em bicicleta
Ana Santos é antropóloga e docente da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. A sua tese em sociologia sobre ciclismo foi agora editada com o título Volta a Portugal em bicicleta. Territórios, narrativas e identidades (2011, editora Mundos Sociais). Ler texto completo em
http://industrias-culturais.hypotheses.org/18657.
http://industrias-culturais.hypotheses.org/18657.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Sustentabilidade de organizações noticiosas sem fins lucrativos
Retiro da última newsletter do Obercom, o seguinte texto: "Reconhecendo que o jornalismo é um negócio e que «a compreensão de como criar valor social e económico e como se adaptar e inovar, são tão importantes quanto a qualidade dos conteúdos», a Knight Foundation divulgou um relatório com enfoque na questão da sustentabilidade das organizações de notícias sem fins lucrativos. Intitulado Getting Local: How Nonprofit News Ventures Seek Sustainability o relatório examina oito plataformas de notícias on-line sem fins lucrativos, de média dimensão e sediadas nos Estados Unidos da América. O relatório destaca três "ingredientes-chave" para a sustentabilidade: 1) Uma estratégia de desenvolvimento de negócios e a capacidade de executá-la, 2) um elevado nível de enfoque na audiência a par com abordagens inovadoras para a promoção do engajamento da comunidade de leitores, e 3) a capacidade tecnológica para apoiar e monitorizar a relação com os leitores".
Ler Daniil Harms
Miguel Gouveia (editora Bruáa) e Rui Manuel Amaral lêem histórias de Daniil Harms no próximo sábado, 5 de Novembro, pelas 17:00, no Gato Vadio (Rua do Rosário, 281, Porto - Circuito das Galerias de Miguel Bombarda). Daniil Harms (1905-1942) pertence à última geração dos grandes vanguardistas russos que ainda ousaram exprimir-se com liberdade e ironia. É um dos mais originais representantes das novas perspectivas literárias que influenciaram a Rússia e o mundo desde o final do século XIX até ao final do primeiro terço do século XX. Veja um trailer aqui.
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