Bernays foi o primeiro a formular ideias como modelo de projectos de relações públicas, segmentação de públicos, product placement, lóbingue político, comunicação orientada e sedução dos prescritores. Escreveu, além do livro agora apresentado, Crystallizing public opinion e The later years: public relations insight.
O consultor de relações públicas precisa de criar eventos do dia (p. 175), os quais concorrem com outros eventos na mesa do editor de jornal ou revista. Para a informação não ir para o caixote do lixo, ele precisa de criar uma aceitação especial quanto ao seu evento.
Bernays chama a estes conselheiros propagandistas ou consultores de relações públicas. E define-os do seguinte modo: "agente que trabalhando com os modernos meios de comunicação e formações grupais da sociedade, leva uma ideia à consideração do público" (p. 51). Por isso, o consultor de relações públicas preocupa-se com os percursos das acções, doutrinas, sistemas e opiniões, de forma a assegurar o apoio público a essas estratégias.
Bernays usou elementos da psicologia e da sociologia, bem como pesquisa de marketing, abrindo terreno ao que é a prática de hoje dos especialistas em relações públicas. Ele aconselhou presidentes, líderes políticos e empresas no uso eficaz e coerente dos media [para saber mais sobre Bernays, clicar em Museum of Public Relations].
Leitura: Edward Bernays (2006). Propaganda. Lisboa: Mareantes Editora, 182 páginas, €15,20. Em tradução de Eduardo Oliveira e capa de Margarida Alfacinha, tem prefácio de Luís Paixão Martins.
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