segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Vivian Meier

Fotógrafa americana (1926-2009),foi especialista de fotografia de rua. Ignorada até depois da sua morte, ela foi ama de crianças durante mais de 40 anos e fotógrafa compulsiva em especial nos seus dias de folga.

    

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Da importância da fotografia

"Muitas das pessoas nas fotografias são-me desconhecidas, mas é interessante mostrá-las, pelo valor histórico de tudo que elas refletem: indivíduos inseridos num cenário (mesmo que seja o do estúdio fotográfico), roupas, joias, atitudes, gostos, modas e posturas" (Chakè Matossian Collection – Brussels (2021). "Photographs from the Chamlian and Garabedian families (Geyve), and portraits of other Armenians photographed before the Genocide" (https://www.houshamadyan.org/en/oda/europe/matossian-collection-be.html, acedido em 10 de fevereiro de 2022). Estudo financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. 

Chakè Matossian foi minha professora no mestrado de comunicação social na Universidade Nova de Lisboa, uma das mais eruditas do curso. Dos seus livros: Espace Public et Représentations (La Part de l’Œil, 1996); Saturne et le Sphinx (Proudhon, Courbet et l’Art Justicier) (Droz, 2002); Des Admirables Secrets de l’Ararat – Vinci, Dürer, Michel-Ange sur les Traces d’Er et Noé (La Part de l’Œil, 2009); “Et Je ne Portai plus d’Autre Habit” – Rousseau l’Arménien (Droz, 2014).

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

António Cardoso, professor, pintor e museólogo

Não me lembro como conheci António Cardoso (1932-2021). Talvez na cooperativa Árvore, talvez num curso livre de património e arqueologia industrial ministrado por Jorge Custódio, talvez num colóquio sobre Amadeu de Souza-Cardoso, ele que era de Amarante e viria a ser diretor do museu com o nome do pintor. Ou numa magnífica exposição sobre o mesmo pintor modernista na galeria de arte que o "Jornal de Notícias" mantinha no rés do chão do seu edifício. Sei que ele estava a acabar História quando eu entrei na Faculdade de Letras.  

Na nota biográfica que consultei, ele foi fortemente marcado pelos professores José António Ferreira de Almeida e Carlos Alberto Ferreira de Almeida na licenciatura, docentes que também recordo. Em 1992, defendeu na Faculdade de Letras da Universidade do Porto as provas de doutoramento com o tema "O Arquiteto José Marques da Silva e a Arquitetura no Norte do País na primeira metade do século XX". Sem qualquer nível de hierarquização, refiro o edifício dos Grandes Armazéns Nascimento (depois Palladium), Teatro Nacional S. João, Liceu Rodrigues de Freitas, Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular e estação de São Bento (imagens retiradas da internet). A sua tese de doutoramento levou à doação do legado de Marques da Silva à Universidade do Porto, de que resultou a criação da Fundação Instituto Arquiteto José Marques da Silva. A par das aulas de História de Arte, António Cardoso dirigiu seminários de Património/Restauro, Escultura e Arquitetura do século XX no mestrado de História de Arte do Departamento de Ciências e Técnicas do Património (https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=antigos%20estudantes%20ilustres%20-%20ant%c3%b3nio%20cardoso).

Igualmente pintor, falávamos com alguma frequência. Sobre as universidades e a pintura. Um dia, ele fez-nos uma significativa visita guiada ao museu de Amarante. Não foi meu professor, mas eu teria orgulho em ser seu aluno.