quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CARTAS COM CONVERSA PELO MEIO

As cartas foram pausadamente arrumadas, ao que se seguiu uma amena conversa, pelo ar tranquilo dela e pela posição atenta dele. Estavam junto à porta do mercado, como se pode ver no detalhe do lado direito a seguir à porta de ferro: um balcão de venda de bolos, a que se seguiam outros espaços iguais de comércio de pequenas recordações da cidade.

Voltando aos dois fotografados: um cartão por sobre uma embalagem de bananas, dois pequenos bancos de lona articulados, roupa apertada e quente a denunciar uma tarde fria mas com sol, um momento de repouso num possível dia mais agitado. Na realidade, os polacos andam muito depressa nas ruas.

OUVIR A TELEVISÃO

Queria ver o noticiário de hoje da RTP das 20:00 através da internet. Mas lê-se: "Por questões de direitos, a emissão online da RTP1 não pode ser emitida na íntegra. Por esse motivo poderá encontrar em certos momentos do dia o videoclip do Hino RTP". Não vejo as imagens; apenas ouço José Rodrigues dos Santos e as peças noticiosas como se fosse uma emissão de rádio.

COMUNICAÇÃO GLOBAL

Marzura Abdul Malek (Malásia) falou, no terceiro dia da conferência da Global Communication Association, sobre a importância da banda larga como meio de desenvolvimento do acesso à internet. Com ênfase e entusiasmo analisou o caso da Telekom Malaysia, apresentando um vídeo de promoção desta empresa que lembrava muito o filme Minority Report. Joanna Szegda (Polónia) fez uma boa exposição sobre o jornalismo cidadão, defendendo a regulação electrónica com um contrato legal entre o jornalista cidadão e o servidor onde aloja a sua informação (o vídeo, abaixo, não teve qualquer edição prévia). Gyorgyi Retfalvi (Hungria) apresentou o seu projecto universitário (na capital do seu país mas também na Holanda) sobre o ensino da cultura digital, nomeadamente através do Facebook. Aliás, ela, logo na manhã do começo da conferência, estava preocupada com a falta de ligação sem fios, que só se resolveu ao começo da tarde.

O Facebook, o Blogger e as outras redes sociais não deixam tempo livre aos seus utilizadores e fãs.

A PUBLICIDADE SEGUNDO EDUARDO CAMILO

"A reflexão que agora propomos constitui o resultado das lições que temos vindo a proferir sobre a temática da publicidade, na licenciatura em Ciências da Comunicação e no Mestrado em Comunicação Estratégica: Publicidade e Relações Públicas da Universidade da Beira Interior. Os seus conteúdos também reflectem o trabalho realizado no âmbito das linhas de investigação "IPOCOM – Imagens e Processos de Comunicação" e "Informação e Persuasão" do Labcom e as iniciativas de reflexão e de dinamização científica, decorrentes da participação no Grupo de Trabalho de Publicidade & Comunicação da SOPCOM – Sociedade Portuguesa de Comunicação. Subjacente a este ensaio encontra-se a pretensão de conseguir responder a uma questão central: o que é a publicidade enquanto fenómeno de comunicação de massa?" (da introdução do livro de Eduardo Camilo, Homo Consumptor. Dimensões Teóricas da Comunicação Publicitária).

LEI DA RÁDIO EM PROPOSTA

A reintrodução de quotas da música portuguesa recente, editada nos últimos doze meses, foi hoje aprovada na especialidade no Parlamento com o voto contra do PSD e o parecer favorável de todas as restantes bancadas. À alteração ao projecto-lei, apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE), foi apresentada pelo PS uma alínea que refere que editoras musicais e responsáveis pelas obras devem comunicar à Entidade Reguladora Para a Comunicação Social (ERC) o lançamento e a comunicação de novos títulos musicais. A nova proposta de lei da Rádio foi hoje discutida e votada na especialidade, na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, e deverá ser votada na generalidade, em plenário, na sexta-feira. A proposta apresentada pelo Governo estabelecia que “a programação musical dos serviços de programas radiofónicos” seria “obrigatoriamente preenchida, em quota mínima de 25 por cento, com música portuguesa”, enquanto no diploma ainda em vigor, e que se deverá manter de acordo com as alterações hoje aprovadas, está patente uma “quota mínima variável entre 25 por cento e 40 por cento” de música portuguesa. O BE apresentou alterações à lei que passam por manter a quota variável, estabelecida anualmente consoante a produção musical portuguesa, e inscreveu ainda um ponto onde refere que a quota fixada “deve ser preenchida, no mínimo, com 35 por cento de música” recente, cuja primeira edição ou comunicação “tenha sido efectuada nos últimos 12 meses”. Outras das temáticas discutidas pelos deputados foi a transparência da propriedade e da gestão e o artigo referente à concorrência, não concentração e pluralismo das rádios. Pelo PSD, a deputada Carla Rodrigues questionou as fragilidades da lei nesta matéria, afirmando que o Estado insiste “em marcar presença onde deveria ser o mercado a funcionar” e as entidades reguladoras a assegurarem a respetiva fiscalização. A social-democrata referiu que este artigo da lei “vincou as profundas divergências” entre bancada do PSD e partidos como o BE ou o PCP, “que confiam mais no Estado que nas pessoas”, visão que a comunista Rita Rato rejeitou. A Comissão de Ética, Sociedade e Cultura votou diversos pontos da proposta de lei e fará agora rectificações antes de devolver o projecto-lei a plenário para votação final. A proposta de lei da rádio, que revoga uma lei de 2001, passa pela criação de condições legais para o desenvolvimento de projectos radiofónicos estruturados e economicamente viáveis redefinindo as regras da propriedade e as restrições à titularidade das rádios. A lei prevê, por exemplo, o alargamento dos prazos das licenças de 10 para 15 anos. Relativamente à transparência da propriedade, a proposta de lei define novos critérios sujeitando a publicitação nos sítios electrónicos das rádios, a identificação da titularidade e as alterações significativas no capital dos respectivos operadores, bem como a composição dos seus órgãos de gestão e a identidade dos seus directores (Meios & Publicidade e agência Lusa).

PERFIL SOCIOLÓGICO DO JORNALISTA

O estudo Perfil Sociológico do Jornalista Português, coordenado por José Rebelo com base em entrevistas a 50 profissionais, encontra-se já disponível online. De acordo com o estudo (7402 titulares de carteira profissional), 41% são mulheres e 59% homens, dos quais 1214 (508 homens e 706 mulheres) entraram na profissão entre 2003 e 2008. As mulheres estão em maioria nas faixas etárias dos 20 aos 34 anos e que os cargos de chefia continuam sobretudo entregues a homens (80%). No que se refere à distribuição por tipo de órgão, 60% dos jornalistas profissionais trabalha na imprensa, 15,5% na televisão e 13% na rádio, estando 5% dos titulares de carteira profissional desempregados à data da recolha de dados, enquanto 15% exercia o cargo como freelance. Num universo em que 60% dos profissionais possui uma licenciatura ou um bacharelato, a taxa de sindicalização é de 65%.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

COMUNICAÇÃO GLOBAL EM CRACÓVIA

Na 4ª conferência da Global Communication Association, a manhã de hoje envolveu um conjunto de conferencistas próximos de Yahya R. Kamalipour, professor da universidade de Calumet (Estados Unidos) e fundador e dirigente da Global Communication Association. Tahered Ebrahimini Far (Universidade de Teerão) falou do diálogo de civilizações e da necessidade de interacção regional e internacional e Ali Omidi (Universidade de Isfahan) precisou a importância da internet no Irão (10 milhões numa população de 70 milhões acedem à internet), embora referisse o falhanço do novo meio na mudança de opinião. Se estes dois académicos empregaram termos filosóficos e abstractos na definição das questões políticas, notando-se uma crítica implícita ao regime de Teerão em torno dos conceitos de isolamento e da liberdade de pensamento, já Ali Akbar Abdolrashidi foi directo no questionamento dos valores do Ocidente. Jornalista com mais de 40 anos de actividade, que conheceu Portugal nas eleições presidenciais que deram a vitória de Mário Soares na sua disputa com Freitas do Amaral, tem trabalhado no Reino Unido como correspondente da rádio oficial do Irão, criticando aspectos da história da BBC.

O grupo numeroso de americanos presentes na conferência não contestou qualquer posição assumida pelos iranianos. É evidente a compreensão existente sobre a partilha de opiniões distintas. A universidade de acolhimento, João Paulo II, e o local, o santuário da Divina Misericórdia, em Lagiewniki, em Kraków, são espaços defensores do diálogo, da interculturalidade e dos valores humanos.

David Burns, da universidade americana de Salisbury, falou da importância da Igreja Católica na Polónia no período de 1991 a 2003. Eu próprio apresentei uma comunicação sobre um inquérito feito o ano passado sobre a recepção dos jornais pertencentes à Associação de Imprensa Cristã em Portugal.


NOTICIÁRIOS TELEVISIVOS

Media Tenor Global TV Awards são entregues hoje em Zurique. O instituto académico Media Tenor Internacional colocou o noticiário Le Journal, exibido no canal francês TF1, no topo da lista dos melhores programas informativos do mundo (Diário de Notícias).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

AGENTES CULTURAIS

O GPEARI organiza um seminário sobre mobilidade e internacionalização dos agentes culturais no dia 23 de Novembro, no CCB, em Lisboa (Sala Luís de Freitas Branco, 10:00-13:00 e 14:30-17:30). O debate conta com a presença da Ministra da Cultura, de António Pinto Ribeiro e de representantes de várias organizações internacionais que promovem a mobilidade.

COMUNICAÇÃO GLOBAL, COOPERAÇÃO GLOBAL

Das janelas da sala vê-se o lento entardecer do dia: mais agradável do que ontem, sem chuva mas igualmente frio.

A conferência Gloabalization, Culture, and Education in the Information Age (Cracóvia) começou com duas comunicações de fundo (lecture) de Yahya R. Kamalipour e Howard Cohen, respectivamente sobre a criação da rede em torno da Global Communication Association e da qualidade da educação (estabelecendo uma comparação entre universidades - espero colocar um vídeo a partir de outro computador). Howard Cohen, reitor da universidade Purdue Calumet, Estados Unidos, analisou a relação entre a importância do ensino do aluno e a qualidade do ensino, por um lado, e a construção de vários sistemas de avaliação internacional das universidades.

De outros conferencistas, Tomasz Pludowski, editor do livro The Media and International Communication (2007), falou da emoção e da razão na comunicação persuasiva, Johan Yssel destacou a experiência no ensino da disciplina de Introdução à Comunicação na sua universidade (disciplina leccionada por um docente e por diversos docentes de acordo com a sua especialidade), Bheemaiah Krishnan Ravi observou o papel da educação para os media na formação da responsabilidade social e Ayseli Usluata de projectos em que os estudantes universitários conhecem a sua comunidade e adquirem conhecimento social.

O FUTURO DA PUBLICIDADE

"A comunicação na era digital e o trabalho dos marketeers na recuperação da confiança na publicidade são os pontos de partida para a Conferência Anual da Associação Portuguesa de Anunciantes. O encontro, sobre o tema "Preparados para mudar?", realiza-se no dia 4 de Novembro, no Forum Picoas, em Lisboa" (Diário de Notícias).

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

QUALIDADE DO JORNALISMO EM EDIÇÃO

A LabCom Books, editora da Universidade de Beira Interior (UBI) em Portugal, acaba de lançar Vitrine e Vidraça: Crítica de Mídia e Qualidade no Jornalismo, livro com textos de sete pesquisadores brasileiros. A exemplo de outros quase 60 livros, o volume pode ser adquirido em papel ou baixado em PDF na forma de ebook. Vitrine e Vidraça faz parte da Coleção Estudos da Comunicação, e é o segundo livro produzido pela Rede Nacional de Observatórios de Imprensa (Renoi), após o lançamento de Observatórios de Mídia: Olhares da Cidadania (Ed. Paulus, 2008). Assinam capítulos em Vitrine e Vidraça Luiz Martins da Silva e Fernando Oliveira Paulino (ambos da UnB), Danilo Rothberg (Unesp), Josenildo Luiz Guerra (UFS), Laura Seligman (Univali), Marcos Santuário (Feevale) e Rogério Christofoletti (UFSC), organizador do volume. Para baixar o livro, clique aqui. Para saber mais do livro, clique aqui/.

CINEMA

"During his speech at the Dijon Film Meetings organised by the ARP (Civil Society of Writers-Directors-Producers), Rodophe Belmer, managing director of Canal +, a financing pillar for film creation in France (€164m in pre-acquisitions for 134 French features in 2009, to which may be added almost €32m via TPS and Ciné Cinéma) gave his analysis of distribution windows and exclusive rights. Below are some selected extracts. "The logic of distribution windows is increasingly important and acute. It is often said to be outdated, but US contracts are equally rigorous and structured by watertight, successive windows. New stakeholders must enter into the windows and contribute to film financing, VOD and SVOD operators must fit in accordingly with their own financing. We’re moving from a cultural goods market of supply to a market of demand. And these cultural goods must be better and better financed to create a demand for cinematic products which is internationalised. Therefore, accumulating as much financing as possible is essential and distribution windows which are a film’s ability to have several successive exhibitions, must remain the driving force of financing" (read more at Cineuropa).

ARQUIVO DA TATE

"O arquivo da Tate celebra esta semana o 40.º aniversário com uma exposição de 40 objectos da colecção na galeria Tate Britain, distinguindo-se da mais conhecida Tate Modern, inteiramente dedicada à arte britânica. Uma caixa de pintura de William Turner, o caderno de notas do historiador de arte Keneth Clark da série da BBC "Civilização" e a nota de suicídio do pintor Keith Vaughan contam-se entre os objectos a expor" (Diário de Notícias).

CRACÓVIA

O FIM DO WALKMAN EM CASSETE

Sony põe fim ao Walkman (quase). "O primeiro modelo do Walkman chegou às lojas a 1 de Julho de 1979, no Japão. Tal como o iPod não foi o primeiro leitor de MP3, o Walkman também não foi pioneiro. Os leitores portáteis de cassetes existiam há anos – mas o aparelho da Sony foi o primeiro a massificar a música portátil. A Sony anunciou, a semana passada, que vai pôr fim à comercialização no Japão do conhecido leitor de cassetes. Mas os aparelhos vão continuar a ser vendidos em países menos desenvolvidos (e a marca Walkman continuará a ser usada nos leitores de MP3)" (Público).

domingo, 24 de outubro de 2010

EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE JOANA RÊGO

No Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (Amarante), de 6 de Novembro de 2010 a 9 de Janeiro de 2011.

INDÚSTRIAS CULTURAIS NA AMÉRICA DO SUL

"Técnicos culturais dos países integrantes do Mercosul Cultural (Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) estiveram reunidos, nos dias 18 e 19, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, para participar da III Reunião Técnica de Indústrias Culturais do Mercosul. O encontro, que foi coordenado pelo Brasil, presidente Pro-Tempore do Mercosul Cultural, debateu temáticas abordando Cidades Criativas, Cultura Digital, Circulação e Comercialização do Livro, de Obras de Arte e Audiovisual e Diversidade Cultural. Os técnicos dos sete países da América do Sul também discutiram a implementação do Selo Mercosul Cultural e a realização de feiras regionais, priorizando as regiões fronteiriças" (Ministério da Cultura do Brasil).

MEDIA

"Situação agravada para jornalistas. A Federación de Asociaciones de Periodistas de España afirma que, em poucos meses, o desemprego poderá atingir dez mil jornalistas, que nos últimos sete anos os três principais diários suprimiram 3500 postos de trabalho e que 42% dos profissionais têm estatuto de independentes, sofrendo baixas das tarifas, demoras nos pagamentos e faltas de pagamentos.

"Cresce publicidade em linha em Espanha. O Estudio de Inversión en Medios Digitales mostra que o investimento neste tipo de suportes no primeiro semestre do ano aumentou em mais de 20%, alcançando 377 milhões de euros. 2010 deverá fechar com mais de 800 milhões de euros, deixando os media em linha atrás da TV e a apenas cinco pontos da imprensa diária, que poderá ser ultrapassada dentro de dois anos.

"Arquivos de TV postos em linha. O Institut National de l'Audiovisuel e o sítio francês Dailymotion concluíram um acordo nos termos do qual os internautas vão poder aceder a mais de 50 mil vídeos de arquivos, nomeadamente a todos os telejornais franceses de 1971 a 2008".

[J.-M. Nobre-Correia, A tenacidade dos cata-ventos, Diário de Notícias de ontem]

DOCLISBOA 2010

"El Sicario Room 164, do italiano Gianfranco Rosi, foi o vencedor da edição 2010 do DocLisboa, com a a confissão de um homem de mão do narcotráfico" (Público).

REALITY SHOW EM CENTRO COMERCIAL

"Dois concorrentes vão viver numa casa de vidro construída dentro de um centro comercial, em Valência [Espanha]. O fenómeno dos reality shows passou da televisão para a realidade. Dez anos depois da estreia do polémico Big Brother no pequeno ecrã, à escala mundial, um «irmão mais novo» do concurso surge agora em Espanha. Duas pessoas, um apartamento de apenas 18 metros quadrados e 33 dias de convivência. São estes os ingredientes de A Casa de Cristal, o novo reality show que vai começar em Valência. Um homem e uma mulher vão viver cerca de um mês dentro de uma casa que está a ser construída na esplanada de um centro comercial da cidade espanhola" (Diário de Notícias).

ELEVADOR DA GLÓRIA FAZ 125 ANOS

Há 125 anos "a ligar a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto (Lisboa), o elevador da Glória é, actualmente, um transporte para os habitantes da cidade e um ponto obrigatório para quem visita a capital" (Diário de Notícias).

sábado, 23 de outubro de 2010

FRENCH FILM INDUSTRY

France follows a protectionist policy towards films and TV. For many French film makers, the help comes from the government that follows a protectionist policy towards films and TV. The French spend hundreds of millions of dollars subsidizing film production, extend interest-free loans to designated filmmakers, and have placed quotas not only on imports but on television time. If there is a need of protection then what is the possible threat? (Read more at Suite101: French Film Industry).

CINEMA DOCUMENTAL

Li Ké Terra (A Minha Terra em crioulo) recebeu dois prémios do festival doclisboa 2010: Prémio Competição Portuguesa - Médias e Longas, que galardoa o filme documental português com mais destaque no ano, e Prémio Escolas, atribuído por alunos da Escola Secundária Passos Manuel. O documentário é de Filipa Reis, João Miller Guerra e Nuno Baptista, com o júri a considerá-lo por representar "as múltiplas identidades" interiores de cada pessoa (saber mais em docLisboa).

TELEVISÃO

A jornalista Manuela Moura Guedes disse hoje à Lusa que a rescisão do seu contrato com a TVI representa o "fim de um pesadelo", mas sublinhou permanecer "a sensação de injustiça" (Diário de Notícias).

MERCADO DA RIBEIRA (LISBOA)

A revista Time Out ganhou o concurso para dinamizar o "mercado dos mercados" a partir de 2012. "O Mercado da Ribeira abrirá portas no início de 2012 com eventos inovadores e em constante mutação, mas mantendo a tradição característica deste espaço lisboeta." A garantia foi dada, ontem, por João Cepeda, director da revista Time Out Lisboa - entidade vencedora do concurso aberto pela autarquia para a reabilitação e dinamização do espaço. À semelhança do que acontece em outras capitais europeias, a Câmara de Lisboa quis revitalizar o "mercado dos mercados", com 128 anos e uma longa história (Diário de Notícias).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

NEPAL - 2

Casario urbano, comércio, transportes, funeral no rio sagrado e ruralidade, a partir da objectiva de Alberto Santos Silva, a quem agradeço a gentileza.

EX-DEPUTADO DO PSD NA ONGOING BRASIL

Após renunciar ao cargo de deputado do PSD na Assembleia da República, Agostinho Branquinho foi convidado a participar na gestão da operação de media que o grupo Ongoing tem no Brasil. O até agora deputado pediu a renúncia do mandato na passada segunda-feira a Jaime Gama, presidente da Assembleia da República. O mesmo seria formalizado na reunião da Comissão de Ética da última quarta-feira, com efeitos a partir do dia 31 (fonte: Meios & Publicidade).

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A MORTE DE MARIANA REY MONTEIRO

  • P: Nasceu no palco. Mas a sua estreia só aconteceu aos 24 anos. Antes só tinha pisado o palco aos 12 anos para uma participação num coro, na peça "A Castro", de António Ferreira, no Mosteiro de Alcobaça, não foi?

    R: Foi e não foi. Nasci num ambiente em que não se falava de outra coisa senão de teatro e também de música. O meu avô Alexandre Rey Colaço era compositor. Por vezes também se falava em pintura, porque tinha uma tia muito talentosa, Alice Rey Colaço. A mistura dos sangues dos meus avós deu a vários membros da família sensibilidade artística: o meu avô, que era filho de um francês e de uma espanhola, nasceu em Tânger, estudou música em Madrid, casou com uma filha de uma francesa e de um alemão e foi viver para Berlim! Muitas vezes ponho-me a ver até onde vai a minha memória desses tempos... Mas ainda bem que fala nesse espectáculo ao ar livre em Alcobaça — as pessoas esquecem-se muito depressa das coisas importantes que houve, e os meus pais [Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, donos da empresa que explorou, a partir de 1929, o Teatro Nacional D. Maria II] fizeram coisas muito importantes no campo teatral. Essa foi uma delas. A minha mãe achou que era uma maneira útil para a minha educação fazer parte daquele coro. Quando houve a repetição, tinha eu 18 anos, já não entrei porque os meus pais tinham pavor que eu fosse para o teatro.
Da entrevista de Adelino Gomes a Mariana Rey Colaço Robles Monteiro, agora falecida com 87 anos. A entrevista foi efectuada em 14 de Janeiro de 2003 (Público).

PROJECTO DE MESTRADO SÓNIA SANTOS DIAS

Web TV. Análise e melhores práticas em OCS nacionais e internacionais, hoje defendido na Universidade Nova de Lisboa. A autora é editora do Sapo Mulher.

TELEVISÃO CORPORATIVA DO METRO DO PORTO

"A Controlinveste vai adicionar à sua oferta comercial a corporate TV do Metro do Porto, projecto para o qual também vai fornecer conteúdos. «O fornecimento de conteúdos está a cargo do Jornal de Notícias, que vê desta forma a sua audiência e presença ainda mais reforçadas junto do grande público», adianta ao M&P Nuno Ribeiro, director de negócio multimédia do grupo Controlinveste, responsável por esta área" (Meios & Publicidade).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

LEI DO CINEMA E IMPACTO NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL

"O Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) acredita que as taxas previstas pela nova Lei do Cinema permitirão aumentar entre 10 a 20 por cento as verbas disponíveis para o apoio à produção audiovisual em Portugal. Esta verba divide-se, presentemente, entre os 16 milhões de euros do orçamento do ICA e soma idêntica do Fundo de Investimento para o Cinema e o Audiovisual (FICA) - o contestado organismo lançado em 2007 e cuja extinção já foi anunciada pela ministra da Cultura Gabriela Canavilhas para 2012. São montantes «muito inferiores aos que resultariam de uma maior participação no FICA de entidades designadas na lei de 2004, ou da aplicação das contribuições máximas previstas nessa lei», justifica o presidente do ICA, José Pedro Ribeiro, em resposta a perguntas do PÚBLICO via email" (Público).

ARQUITECTOS SEM FRONTEIRAS PORTUGAL

VIDEO NEVER KILL THE RADIO STAR

"Video really never did kill the radio star! Some of the biggest names in the radio broadcasting industry will jet into Belfast in their hundreds at the end of this month to attend the fourth annual European Broadcasting Union Digital Radio Conference. Their job will be to set the agenda for the future of radio across the continent". Read more: Belfast Telegraph.

DIGITAL RADIO CONFERENCE (BELFAST, 28-29 OCTOBER)


Session 2: Digital business models
This session looks at the digital radio market, including DAB, internet and mobile, and identifies successful business models. Most experts agree that success can only be achieved if there is a partnership between public service and commercial channels. What is the added value of digital radio and is it worth the investment? How does third-party provision (multiplexes and ISPs) change radio business? What do internet and mobile bring to radio? How could we pay for digital radio? Where will the money come from? How might digital radio affect our business model? How should we react? Who is making a success?

•Joan Warner (Commercial Radio Australia)
•Dan D'Aversa (RTL)
•Francis Goffin (Director of Radio, RTBF)
•Chris Goldson (Absolute Radio, UK)

Session 3: Switchover - (when) will it happen?
Why go digital? Is the present content and distribution not adequate? Is digital a new market or a new distribution method? Do we need analogue switch-off or can 'the market provide' on its own? Is there a third-way, e.g. state incentives for a new market? How do regulators see it? What do the EU Commission think? How successful are initiatives like analogue radio scrappage schemes? How can we make digital radio happen across Europe?

Chair:
•J.P. Coakley (Director of Operations, RTÉ)
Speakers:
•Rashid Arhab (CSA France)
•Ford Ennals (Chief Executive, Digital Radio UK)
•Francesco De Domenico (President, RaiWay)

DIGITAL NATIVES DON'T TRUST NEWSPAPERS BRANDS SAYS FRENCH STUDY

"In an intensive, three-month study of the media and social habits of 100 consumers between the ages of 18 and 24, BVA found that this generation, which it dubbed “Digital Natives,” doesn’t trust authority, doesn’t want anyone telling them what to think and doesn’t like to pay full retail prices" (Newsosaur).

FIVE WAYS SOCIAL NETWORKS WILL CHANGE JOURNALISM

Social Media Explorer

terça-feira, 19 de outubro de 2010

MERCADO PUBLICITÁRIO

"De acordo com o estudo Publicidade do Estado e audiências realizado pela ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, durante o ano de 2009 o mercado publicitário nacional representou, a preços de tabela, pouco mais de quatro mil milhões de euros. A fatia do Estado – sem contar com autarquias, instituições de ensino, tribunais, Presidência e Assembleia da República – ascendeu a 408 milhões de euros. O meio preferido pelo Estado para anunciar é a televisão – que tem uma quota de 83,68 por cento -, seguido de muito longe pela imprensa (10,32) e só depois pela rádio (6). O Correio da Manhã, do grupo Cofina, lidera o investimento publicitário estatal na imprensa, cabendo-lhe uma fatia de 30,16 por cento, seguido pelo Jornal de Notícias (18,96), Diário de Notícias (12,02), Expresso (10,76), Público (8,61), i (5,74) e Visão (4,32), Sol (4,01), Sábado (3,08) e Focus (0,86) e 24 Horas (1,48). A televisão, que entre 2008 e 2009 viu a sua facturação publicitária ao Estado subir de 332,7 milhões de euros para 341,7, tem na TVI o maior destinatário do investimento estatal" (Público).

A RÁDIO DO FUTURO (II)

Vantagens competitivas da rádio: 1) meio maduro e bem implantado, 2) pratica valores baixos de publicidade, 3) ubíquo e portátil, 4) funciona em ambiente multitasking, 5) actualidade e companhia.

Enquadramento estrutural: 1) forças motrizes (transição de sociedade industrial e de broadcasting para sociedade assente em activos intangíveis apoiados na comunicação electrónica e na digitalização da informação), 2) factores estáveis (rádio hertziana como força de base tecnológica e emergência do indivíduo em rede como força de natureza sociológica), 3) incertezas/críticas (como se apropria a rádio das novas tecnologias, quais as inovações organizacionais, que mudanças nos modelos de negócio, quais as dinâmicas de grupos e comunidades com a internet).

Modelos de negócio: 1) publicidade, 2) subscrição, 3) parcerias. Três tendências (oferta de produto): 1) narrowcasting (micro-segmentação), 2) drone station (semi-automatização da programação), 3) cloud station (fusão no ambiente tecnológico). A produção e difusão de conteúdos alarga-se às seguintes plataformas: receptores fixos fornecidos por ondas hertzianas, automóvel, telemóvel, internet. Dentro da internet, os autores destacam a necessidade de equacionar a qualidade dos sítios e de crescer para as redes sociais. É dada também atenção aos anunciantes: publicidade na rádio e na internet.

Leitura: Jorge Vieira, Gustavo Cardoso e Sandro Mendonça (2010). Os novos caminhos da rádio: radiomorphis. Tendências e prospectivas. Lisboa: Obercom (documento digital, de 56 páginas)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CONGRESSO DA ECREA EM HAMBURGO

"ECC 2010 concluded in Hamburg. Over thousand delegates took part to the European Communication Conference (ECC10), now in its concluding stages in Hamburg, which started on 12 October. With 17 sections, 3 networks, a book series, a doctoral summer school, conferences and workshops, ECREA has been consolidating its role as a major actor internationally and a driver of various collaborative undertakings, also with worldwide communication associations as IAMCR and ICA" (ECREA).

[abaixo, texto de Nelson Ribeiro e imagens de Carla Ganito, a quem agradeço a gentileza]

Decorreu em Hamburgo o 3º Congresso da ECREA (European Communication Research Association), que juntou centenas de investigadores da área da comunicação. Em paralelo com as sessões temáticas, uma das questões em discussão neste congresso foi a criação e a viabilidade de redes europeias de investigação. Peter Golding, da Northumbria University, referiu-se à necessidade de se aprofundar o conhecimento sobre as várias realidades dos media na Europa o que será possível através de projectos de investigação que procurem fazer esse retrato da realidade europeia na sua heterogeneidade. O perigo do fascínio pela tecnologia foi outro dos assuntos abordado por Golding que advertiu todos aqueles que se dedicam à investigação sobre as consequências do seu trabalho se centrar em questões meramente tecnológicas e não nos seus impactos sociais e culturais. Defendeu também que a maioria das alterações tecnológicas permitem aos cidadãos realizar as mesmas actividades de sempre mais depressa e melhor mas não introduz novas actividades. Por outro lado, a liberdade de expressão que as novas tecnologias parecem trazer consigo continuam a esbarrar no pouco impacto que estas formas “alternativas” de comunicação continuam a ter nas nossas sociedades onde o controlo da propriedade dos meios de comunicação continua a motivar um grande interesse por parte dos poderes político e económico. É certamente discutível esta afirmação de que os novos media e as novas formas de mediação têm um reduzido impacto social. Contudo, Golding sustenta esta sua afirmação em dados que mostram que o jornalismo continua a ser a principal fonte sobre os acontecimentos do quotidiano.

LA CULTURE ÉCRITE ET VISUELLE DANS LA SOCIÉTÉS CONTEMPORAINES

Appel à communication pour le colloque: La culture écrite et visuelle dans les sociétés contemporaines : imaginaire, représentations et constructions identitaires. Location: Quebec, Canada. Call for Papers Date: 2010-10-31. Date Submitted: 2010-10-14.

Dans le cadre de ce colloque, nous aurons l’occasion de s’interroger et de discuter concernant plusieurs aspects de la culture et de son rôle dans la représentation du passé, du présent et du futur dans les sociétés contemporaines. Il s’agit d’un colloque multidisciplinaire et nous espérons pouvoir aborder la culture sous différents angles des sciences sociales.

Notez que ce colloque aura lieu dans le cadre du 79e congrès de l’ACFAS qui se déroulera à Sherbrooke du 9 au 13 mai 2011. Pour participer au colloque, vous devez faire parvenir une proposition de communication incluant le titre provisoire et un résumé de 500 mots au comité scientifique, ainsi que votre CV et une courte biographie. Les propositions de communication doivent parvenir à l’adresse suivante avant le 31 octobre : david.maurice@usherbrooke.ca.

THE PROJECTOR: FILM & MEDIA JOURNAL CFP

The Projector is a peer-reviewed online journal dedicated to the study of the intersections between media and culture. We are currently seeking essays for our Spring 2011 and Fall 2011 issues. We are particularly interested in scholarship that engages in interdisciplinary analyses of media texts, including those that examine media from a cultural studies, political economy, qualitative audience research, industry analysis, feminist, queer theory, or critical race theory perspective. We invite essays that engage with theoretical debates in media and cultural studies, as well as those that engage in critical examinations of aesthetic practices. We are also interested in essays that examine alternatives to corporate media. Essays/reflection pieces (5-10 pages); research articles (25 pages) . For more information on The Projector and our submission guidelines, please visit the following URL: http://www.bgsu.edu/departments/theatrefilm/projector/page30082.html. Dr. Rosalind Sibielski, Department of Theatre & Film, 338 South Hall, Bowling Green State University, Bowling Green, OH 43403, Email: rsibiel@bgsu.edu.

POLÉMICA EM TORNO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

  • Em 7 de Outubro [de 2010] fui à Ajuda assistir, no ISCSP [Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas], ao segundo dia das Provas de Agregação em Ciências da Comunicação, do professor universitário e investigador dos media doutor Nuno Goulart Brandão, que, tendo sido durante anos, profissional de televisão, é tido como profundo conhecedor de diversos campos da comunicação. A prova consistia numa lição, perante um júri constituído por sete catedráticos, aos quais o prof. Brandão apresentaria uma aula-síntese, sob o tema "As relações públicas e os papéis relacionais com os media". Fez, que eu vi, um notável exercício pedagógico, fluido, sistematizado e claro, sustentado por constante enquadramento teórico. O professor catedrático Adriano Duarte Rodrigues ocupar-se-ia da arguição. Mas o insólito acontece. Questionando, com primarismo boçal, matérias hoje classificadas como temática científica em sedes internacionais do conhecimento universitário, o mestre desata em considerações genéricas, bolçadas num nível de linguagem intolerável, acerca dos fundamentos, do campo de acção e dos modelos de desempenho da profissão de relações públicas, que me deixou indignado e revoltado. Rodrigues reduzia o sério esforço pedagógico (que não arguiu) a meras questões vocabulares. E descomedido e chocarreiro, malbarata conceitos estáveis, tripudia teorias hoje indiscutíveis nas academias sérias da comunidade científica, desprezando autores consagrados e investindo a espasmos irreprimidos do seu fel, sobre áreas do conhecimento que assumiu não tanger.
[extracto de texto de José Nuno Martins, Um professor incontinente (Diário de Notícias, de 14.10.2011)]


O artigo de José Nuno Martins provocou uma discussão polémica na lista da SOPCOM (Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação). Destaco parcelas de algumas mensagens ali colocadas ao longo destes dias:

"Orgulho-me de todo o enriquecimento e saber científico que venho adquirindo no aprofundamento desta área – caminho fascinante no qual tenho ainda muito mais a aprender e a explorar. Dou os parabéns a todos quantos investem em reflexões e conhecimentos na disciplina científica e na actividade profissional das Relações Públicas. Saúdo todos quantos divergem de opinião sobre teorias, modelos, conceitos, ideias, desta área polissémica, multifacetada, plural, abrangente – pois da discussão e da discórdia nascem os consensos, avança a Ciência e o Saber".

"Gostaria de poder presenteá-los com a informação de que me encontro a desenvolver uma investigação no âmbito de pós doutoramento, de parceria entre Portugal e a Universidade de S. Paulo do Brasil, cujo objectivo é reconhecer e poder comparar o "estado da arte" da Comunicação empresarial e das Relações Públicas entre o Brasil e Portugal. Na verdade acabei de regressar do Brasil onde convivi nos últimos meses com nomes como Paulo Nassar e Margarida Kunsch, a responsável pela pesquisa que desenvolvo".

"Enquanto membro da SOPCOM associo-me ao pedido de um forte repúdio relativo aos estranhos acontecimentos das Provas do Prof. Brandão".

"Enquanto docente de disciplinas sobre publicidade e relações públicas [...] e enquanto investigador no domínio da publicidade, gostaria de, se me permitirem, reposicionar esta questão. Mais do que repudiar vou louvar. Assim sendo, serve esta mensagem, para felicitar e enviar um forte abraço de amizade e de estima científica e pedagógica ao Professor Nuno Brandão".

"Os Presidentes da Direcção e do Conselho Técnico Científico da Escola Superior de Comunicação Social onde se desenvolve uma licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial ao tomarem conhecimento do artigo publicado no Diário de Notícias, assinado por José Nuno Martins, no qual o autor relatou algumas referências indignas quanto à área de estudos das Relações Públicas, proferidas por um membro do júri numa prova pública de agregação, que mais não revela do que profundo desconhecimento pela relevância que esta área hoje tem nas Ciências da Comunicação devem merecer o veemente protesto da Instituição que representamos".

"A Direcção da SOPCOM e o “professor incontinente”. Muitos membros da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM) têm interpelado a sua Direcção sobre as provas de agregação do Prof. Nuno Brandão, que tiveram lugar em 7 e 8 de Outubro no ISCSP, em Lisboa. O motivo dessa interpelação é o relato publicado no DN de 14 de Outubro, por José Nuno Martins, sobre o modo como tais provas se processaram. Através desse relato ficamos a saber que o candidato foi humilhado, a ciência maltratada e o debate académico escarnecido. Além disso, no decurso dessas provas, a área científica das relações públicas foi considerada coisa desprezível, sendo vilipendiada como uma actividade de “casas de passe”. Na rede interna da Associação, vários têm sido os associados que entenderam expressar a sua indignação e o mais vivo repúdio. Também a Direcção da SOPCOM leu com inquietação e tristeza o relato público dos acontecimentos. Reconhecemos, evidentemente, a soberania total do júri na avaliação do mérito de provas académicas e não nos cabe fazer quaisquer considerações a este respeito. Mas não podemos entender que um membro do júri extrapole do domínio científico para práticas inaceitáveis do ponto de vista ético, académico e humano. A legislação e os regulamentos em vigor determinam que as provas sejam públicas, intervindo, livremente, quer o candidato, quer os professores encarregados de as arguírem. Ora, as provas públicas obedecem às regras do que é público, tanto sobre a cortesia, como sobre a convivialidade, como ainda sobre o respeito mútuo. A exigência nas provas públicas não é, sem dúvida, menos essencial do que a exigência por que o júri responde na sua competência reservada de avaliação. De acordo com os relatos e os testemunhos que chegaram à Direcção da SOPCOM, as condições que nobilitam um acto académico não foram garantidas nestas provas. Verificou-se, pelo contrário, que um dos membros do júri, o Professor Doutor Adriano Duarte Rodrigues (UNL), usou de termos ofensivos e discriminatórios para com o candidato, que pela sua gravidade comprometeram a serenidade que deve acompanhar tal acto académico, e comprometeram igualmente a autonomia e a dignidade do candidato. Sendo o Prof. Nuno Brandão membro da SOPCOM, manifestamos-lhe a nossa solidariedade, por ter estado não propriamente numa prova académica, mas por ter sido submetido a uma provação pessoal inaceitável. Nas afirmações proferidas pelo Professor Adriano Duarte Rodrigues, de que existe relato público, ficamos a saber que ocorreu nestas provas um ajuste de contas com a instituição de origem do candidato, e também com o seu orientador de doutoramento. Por outro lado, ficamos também a saber que o juízo académico foi inquinado por uma visão diminuída, e mesmo retorcida, das Ciências da Comunicação. Relativamente a esta visão manifestamos o nosso absoluto desacordo. Com efeito, de modo nenhum as Ciências da Comunicação excluem a formação e a investigação nas diversas áreas da comunicação aplicada. E este ponto de vista tanto vale para as relações públicas, o marketing e a publicidade, como para o jornalismo e o multimédia, entre outras áreas. Denegrir as provas de um candidato pela recusa da atribuição de carácter científico à área em que o candidato se apresentou, e caricaturar a área, descrevendo-a através de metáforas sexuais de gosto duvidoso, revela uma perspectiva dogmática e doentia do que sejam as Ciências da Comunicação. Nenhum sumo-sacerdote pode sobrepor-se à comunidade académica, nacional e internacional, decretando o que sejam as “boas” e as “más” Ciências da Comunicação, independentemente da tradição académica dessas áreas, uma tradição cultivada nas universidades e nos politécnicos, públicos e privados, em Portugal e no estrangeiro. Sem dúvida que o professor Adriano Duarte Rodrigues teve um papel importante na constituição das Ciências da Comunicação em Portugal. No entanto, há mais de uma década que, por actos continuados e semelhantes àquele que ora repudiamos, a comunidade académica portuguesa de Ciências da Comunicação tem suportado esta indignidade de cevar os seus caprichos e ajustes de contas. A Direcção da SOPCOM reafirma a sua política científica de acolher a investigação e os investigadores em todas as áreas das Ciências da Comunicação, e também a prática científica e dialogante dos diversos grupos de trabalho, dado que é no trabalho científico e no diálogo que se afirma criticamente o saber. Nestas circunstâncias, a Direcção da SOPCOM apenas pode desaprovar esta continuada tentativa de controle administrativo da ciência. E defende, como sempre o tem feito, a liberdade de investigação, repudiando todos os actos universitários que não respeitem a dignidade pública das provas e a dignidade humana daqueles que nelas participam".

"A Entidade Instituidora e a Direcção do INP – Instituto Superior de Novas Profissões vem por este meio dar conhecimento e mostrar a nossa indignação pelo facto do Professor Catedrático Doutor Adriano Duarte Rodrigues, em plenas Provas de Agregação no ISCSP, da Universidade Técnica de Lisboa, do candidato Professor Doutor Nuno Goulart Brandão, face ao tema da sua Lição de síntese subordinada ao tema “As Relações Públicas e os papéis relacionais com os Media” decidir realizar um rol de considerações ofensivas acerca do papel das Relações Públicas, da sua validade científica e do que fazem os seus profissionais. […] Não queremos entrar no processo decorrente das Provas de Agregação do candidato Professor do INP, até porque se fosse um candidato de outra Universidade Pública ou Privada, não deixaríamos de repudiar esta atitude inqualificável para um Professor Catedrático de Ciências da Comunicação com questionamentos ofensivos para todas as Instituições de Ensino Superior que têm nos seus Cursos ou Unidades Curriculares de Relações Públicas, seus Professores e Investigadores, seus milhares de profissionais em Organismos, Empresas Públicas e Privadas, Agências de Comunicação, áreas afins, bem como todos os profissionais da Comunicação Social. Lamentamos e repudiamos o sucedido e apoiaremos, sem reservas, todas as acções ou procedimentos que o referido Professor do INP vier, ou não, a tomar face à defesa do seu nome e das condições por que teve de passar nas suas Provas de Agregação, bem como face às posições públicas que possa vir a efectuar na defesa de uma Profissão e suas práticas de milhares de profissionais e académicos".

"A atentar na veracidade do relato de JNM, o professor Adriano Duarte Rodrigues, eminente e reconhecido catedrático, terá tecido insólitas e ofensivas considerações sobre a profissão de Relações Públicas. Atribuiremos a incontida verve a uma hora menos feliz do professor, a quem a comunidade académica deve a introdução da Comunicação, como área científica, na universidade pública portuguesa. Não deverá esta nuvem ser tomada por Juno, pois a comunidade académica é hoje constituída por excelentes estudiosos e defensores desta disciplina e dos seus praticantes, ambos hoje membros activos da nossa associação. É pois o momento de relembrar que o Código de Conduta do Gestor de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, a base orientadora proposta pela APCE para o exercício desta actividade profissional, foi elaborado por um grupo constituído por profissionais de relações públicas e académicos".

"À Direcção e aos membros da SOPCOM. Pergunto se será aceitável a uma Associação de Ciências da Comunicação tomar uma posição pública baseada num ARTIGO DE OPINIÃO DE UM JORNAL?"

Actualização a 22.10.2010: "Conceito de Relações Públicas gera polémica entre académicos e profissionais. 20-Out-2010. A direcção da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom) acusou ontem o professor Adriano Duarte Rodrigues de ter vilipendiado a área científica das relações públicas, mas o catedrático refere que apenas questionou o conceito. Em causa estão alegadas afirmações feitas por Adriano Rodrigues,  professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, enquanto arguente das provas públicas de agregação de Nuno Brandão, professor do Instituto Superior Novas Profissões, do Grupo Lusófona. “No decurso dessas provas, a área científica das relações públicas foi considerada coisa desprezível, sendo vilipendiada como uma actividade de ‘casas de passe’, refere a direcção da Sopcom, em comunicado enviado à agência Lusa. No comunicado, subscrito pelo presidente da Sopcom, Moisés Martins, pelos vice-presidentes, Bragança de Miranda e Paulo Serra, e pelo presidente da Assembleia Geral, Paquete de Oliveira, refere-se que “o candidato foi humilhado, a ciência maltratada e o debate académico escarnecido”. “Denegrir as provas de um candidato pela recusa da atribuição de carácter científico à área em que o candidato se apresentou, e caricaturar a área, descrevendo-a através de metáforas sexuais de gosto duvidoso, revela uma perspectiva dogmática e doentia do que sejam as ciências da comunicação”, salienta a associação. Para a Sopcom, de que Nuno Brandão é associado e Adriano Rodrigues não, “nenhum sumo-sacerdote pode sobrepor-se à comunidade académica, nacional e internacional, decretando o que sejam as ‘boas’ e as ‘más’ ciências da comunicação”. Contactado pela Lusa, Adriano Rodrigues negou que tenha ofendido alguém ou que tenha denegrido a área das relações públicas, sublinhando que apenas perguntou ao candidato o que entendia por relações públicas. “Foi um questionamento de conceitos. Não chamei nomes a ninguém. Não ofendi ninguém”, afirmou o catedrático, referindo que respeita a área científica em causa, tendo até recebido um prémio da Associação Portuguesa de Relações Públicas. Adriano Rodrigues realçou que Nuno Brandão não conseguiu responder cabalmente às perguntas que lhe foram feitas, o que levou cinco dos sete membros do júri a reprovarem as suas provas. “Fui o penúltimo a votar. O candidato já estava chumbado quando votei”, notou, atribuindo as críticas que lhe dirigem a uma “tentativa de linchamento” conduzida pela Sopcom e pela Universidade Lusófona. “É veneno puro da Sopcom e da Lusófona. Sou uma pessoa a abater porque fiz uma exigência conceptual”, frisou. Fonte: Lusa"

domingo, 17 de outubro de 2010

A RÁDIO DO FUTURO (I)

Recupero aqui linhas escritas por João Paulo Meneses, em Novembro de 2008, sobre o que lhe parece ser a rádio do futuro:

1) O mais aproximado com rádio será uma página na internet, sem a preocupação de haver ou não emissões hertzianas, com um menu de ofertas (de programas) sonoras (incluindo texto e imagem). Os actuais operadores de rádio estão melhor posicionados porque sabem construir esses conteúdos e têm meios;

2) Essas ofertas não obedecem a uma grelha de programas nem a uma temporalidade. Quando se liga o computador de manhã, já lá estão os principais conteúdos dessa programação, da mesma forma que determinado conteúdo pode ir imediatamente para o ar quando estiver pronto;

3) A oferta de programas inclui propostas de ouvintes (de produtores-amadores), na lógica actual dos podcasts (e do jornalismo do cidadão, do "prosumer");

4) Todos os conteúdos propostos no menu dependem da viabilização dos ouvintes: só existem os conteúdos que são clicados (ouvidos). O ouvinte terá o poder de decidir os conteúdos que existem, com os patrocinadores atentos a isso, pelo que as programações deixarão de ser construídas por intuição e mimetismo;

5) Aquilo que hoje conhecemos por podcast evoluirá para a desconstrução "ao milímetro" da oferta; poderá haver um podcast por noticiário mas sobretudo um podcast por notícia, de modo a que qualquer ouvinte construa o seu noticiário, podendo subscrever "tags" de diversas fontes sonoras (várias rádios, por exemplo) que confluem para o computador, telemóvel ou outro aparelho online;

6) Cada podcast (oferta, notícia) terá de ser comercializado por si próprio;

7) As empresas terão estratégias de atracção dos ouvintes (utilizadores) para as páginas, onde há publicidade visual, mas terão de viver com a realidade dos "feeds", das "tags" e dos "podcasts".

BOLETIM DA CASA DA ACHADA

"Um ano em velocidade de cruzeiro. Levando em linha de conta o número de iniciativas postas em prática e o facto de elas se deverem essencialmente ao voluntarismo de quantos lhes deram empenho e trabalho, quase se pode dizer que a passada se tem mostrado maior que a perna. Obedecendo aos propósitos fundadores, a Associação centrou na figura e na obra de Mário Dionísio – o pedagogo, o poeta, o crítico, o ensaísta, o pintor, o novelista, o intelectual interventivo – o essencial da sua actividade, isto sem prejuízo de se abrir a outras iniciativas exteriores, entendidas como convergentes do espírito que a anima" [Centro Mário Dionísio].

CORRA COMO UM COELHO

"De 15 de outubro a 14 de novembro de 2010. Corra como um Coelho, da Cia. dos Outros, é um espetáculo criado em processo colaborativo sob a orientação do prof. dr. Antônio Araújo (CAC) e coorientação do prof. José Fernando Azevedo (EAD). Trata-se de uma comédia que constrói uma síntese sobre o absurdo cotidiano de uma sociedade regida por simulacros, pastiches e clichês. O espetáculo dialoga com o humor nonsense, embrenhando-se no labirinto de excessos e absurdos do cotidiano, tomando por referências as obras de Dorothy Parker e Lewis Carroll, as imagens de Norman Rockwell, a filmografia de David Lynch e as gags do cinema mudo. A Cia. dos Outros é fruto de um encontro de jovens artistas do Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP e da Escola de Arte Dramática (EAD) iniciado em 2006 com a montagem do espetáculo Holocausto". Teatro da Universidade de São Paulo, R. Maria Antonia, 294 - Consolação. tuspmkt@usp.br - 11 3123.5223  [informação retirada do blogue Portal Cultural da Zest]

ORÇAMENTO DA ERC ASCENDE A 4,5 MILHÕES

"As despesas da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) previstas para 2011 são de 4,3 milhões de euros, mas apenas 1,3 milhões de euros são de receitas próprias do organismo presidido por Azeredo Lopes. O Orçamento do Estado do próximo ano atribuiu, por isso, a esta entidade verbas no valor de 4,5 milhões de euros, apesar de sofrer um corte de 4,4 por cento" (Correio da Manhã).

INTERNACIONALIZAÇÃO DA MÚSICA PORTUGUESA

Em Portugal a música popular não recebe dinheiros públicos. Os autores dizem que é preciso mudar este cenário e querem formar uma agência que apoie a internacionalização, à semelhança do que acontece noutros países da Europa. A apresentação foi ontem [dia 14]. O Governo revela interesse, mas não se compromete. Quando é que tudo isto começa a ser posto em prática? (Público)

O texto continua deste modo:

  • "A música portuguesa não erudita foi provavelmente até aqui a única indústria cultural nacional não subsidiada", diz o documento [Portugal Music Export (PME), projecto para a criação de um organismo que fomente a exportação e internacionalização da música portuguesa, desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e pela Gestão dos Direitos dos Artistas (GDA)], numa alusão ao facto de haver verbas públicas destinadas à música clássica, teatro, cinema ou artes plásticas, esquecendo-se a música popular contemporânea. "Não estamos a pedir subsídios para artistas sobreviverem no mercado nacional, mas sim a solicitar investimento estratégico, de acordo com as nossas potencialidades e com o conhecimento que temos do mercado global."

    [...] Nos anos 90, quando se pensava em cultura pop ou rock éramos de imediato transportados para os EUA e o Reino Unido. À volta não era o deserto, mas quase. Nos últimos dez anos muita coisa mudou. Os mercados inglês e americano ainda predominam, mas a realidade é fragmentada, e países que não tinham muita visibilidade no panorama global acabaram por se afirmar.

    É esse o caso do Canadá dos Arcade Fire, Broken Social Scene, Final Fantasy ou Feist, com cenas musicais vibrantes em cidades como Montreal, Toronto ou Vancôver. Naquele país a organização Factor, não exclusivamente dedicada à exportação, congrega dinheiros públicos e taxas de rádios privadas (cerca de nove milhões de euros anuais) para apoiar a indústria. Na Europa, países como Inglaterra, Alemanha, França, Itália ou Espanha possuem organismos dedicados à exportação, o mesmo sucedendo em territórios de dimensão populacional semelhante à de Portugal, como a Bélgica, a Suíça, a Áustria, a Estónia, a Hungria, a Dinamarca, a Suécia ou a Noruega".
Texto a ler na totalidade no jornal Público.

sábado, 16 de outubro de 2010

MENOS DINHEIRO PARA A RTP E LUSA

A RTP e a Lusa, empresas de comunicação social tuteladas pelo Estado ou com capital maioritariamente público, vão receber 127,8 milhões de euros no próximo ano, 21,9% inferior que em 2010, segundo a proposta de Orçamento do Estado agora apresentada. Os subsídios pagos às empresas a título de compensação pela prestação de serviço público diminuem cerca de 35,8 milhões de euros face aos 163,6 milhões de euros de estimativa em 2010 (Jornal de Negócios).

Actualização em 17.10.2010: Acrescenta o Correio da Manhã que, para compensar aquela redução, "o Executivo decidiu aumentar em 29,3 por cento a taxa para o audiovisual, paga por todos os contribuintes na factura mensal da electricidade", com a taxa do audiovisual fixada nos 2,25 euros.

APECOM PROMOVE PRÉMIOS REPUTAÇÃO

A APECOM - Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas promove os Prémios Reputação. Com a iniciativa, pretende contribuir para a divulgação da disciplina da comunicação e relações públicas como ferramentas à disposição da gestão das empresas, organizações e grupos de interesses. Eles destinam-se também a premiar a criatividade e a inovação de profissionais da comunicação e relações públicas, a título individual e de agências, consultoras de comunicação e relações públicas, empresas, associações, organizações públicas e privadas.

Os prémios dividem-se em três níveis: "Prémios Especiais", "Sectores de Actividade e "Áreas de Prática e Suportes", num total de 29 categorias. As candidaturas de trabalhos desenvolvidos entre Setembro de 2009 e Setembro de 2010 aos Prémios Reputação são submetidas online até dia 27 de Novembro, através do sítio Prémios Reputação, onde podem consultar o regulamento do concurso, a descrição das 29 categorias a que podem submeter os trabalhos e a composição do júri de avaliação das candidaturas. A entrega de prémios realiza-se em Janeiro de 2011.

CALL FOR PAPERS ON STRUCTURAL CHANGES IN JOURNALISM (BRASILIA, APRIL 2011)

1st International Colloquium on Structural Changes in Journalism (MEJOR – 2011). Venue: University of Brasilia. Brasília, DF – Brazil. Date: 25 to 28 April 2011. Realization: Faculty of Communication, University of Brasilia (FAC / UnB), with support from Réseaux d’études sur le Journalisme (Journalism Study Network/REJ).
1. Colloquium Subject
Numerous texts - produced by scholars and especially by journalists themselves, have led to the impression that the journalistic practice has profoundly changed over the past 20 years. Studies show a scenario of accelerating the time of production, circulation and consumption of information; of precarious employment relations; of changing in the
productive routines and in the relationships with sources. More and more, we notice convergence in various media operations, with the creation of new platforms and hybrid products. In a crisis scenario, newspaper companies have been pressed to find
alternatives to meet new demands from a more active and participative audience. This includes the increase of entertainment content, a result of intensifying competition and of pressure from marketing departments to offer products that are capable of pleasing the audience. However, this discourse about changes in journalism is recurring. For two
centuries, several reviews were produced on the various crises - some real, others imagined - of the press: the depoliticization of newspapers, the excessive relevance attributed to fait divers news, massification of content and audience, commercial pressures on media content, etc. Since its invention, journalism has always been seen as a target for radical changes. The proposal of the 1st International Colloquium on Structural Changes in Journalism, organized by the Faculty of Communication, University of Brasilia, is to discuss the phenomenon of 'transformations in journalism' and also the discourses articulated to it. Three questions guide these discussions:
- What are the indicators (sociological, economic, semiotic, historical, political, etc.) allowing to defend the idea of a transformation of journalism? How do they relate to other dimensions (the composition of the professional group, the situation of companies, the contents and ways to present them etc.), composing a bigger picture that allows a distinction between conjunctural phenomena and global and structural changes?
- Can we defend, on the other hand that journalism is a social practice, a economic activity, a space for political discourse which, after four centuries, has presented a great stability that exceeds circumstantial changes? Which are the indicators of an underlying continuity to the profound changes that affected societies since the sixteenth century?
- What must be considered from the academic discourse, delivered by professionals and their organizations, and often appropriated by political actors who mention a crisis of journalism? For which purposes such discourses are produced and which representations of the role of journalism in democratic societies they convey?
Taking as a basis (some of) these questions, researchers are invited to submit proposals on the changes below:
- On journalistic practices;
- On the economic model of news organizations;
- On the ways of presenting and constructing news;
- On the formation and modes of access to the labor market;.
- On the modes of regulation and control of the profession ethics;
- On relations with the public.
They might also:
- Propose models for the analysis of these transformations enabling to investigate them;
- Analyze the construction of the discourse on change and its use by social actors linked to the media (journalists, editors, political actors, researchers, etc.).
2. Deadlines
Full text papers submission due December 15th, 2010
Paper review decisions expected January 30 th, 2011
Final program release February 21 st, 2011
Proceedings of the Colloquium (online) May 1st, 2011
Selected Papers publication in book or journal Second semester, 2011 (expected)
3. Submission rules
At least one of the principal authors of the article should have a doctorate/Ph.D.
Papers may be submitted in Portuguese, English, French or Spanish. A Portuguese abstract is required. Paper submissions should use the Colloquium website: http://www.mejor.com.br/.
The author(s) should send the full text paper, which should contain from 20 000 to 35 000 characters (with spaces), already included the references and footnotes. The following items are required: title, abstract of up to 10 lines, three keywords, author's curriculum summary, up to 3 lines (including their institutional affiliation). The text should be written in Times New Roman, size 12, 1.5 spaced. Indented quotations should be written in size 10, single space. Papers should be original. Each author may submit only one paper.
4. Selection process and criteria for evaluation
Papers will be judged by an international scientific committee. Each paper will be reviewed by two referees, through the ‘blind’ review process. The papers will be reviewed based on the following criteria:
- Originality of the paper;
- Relevance to the area;
- Adequacy to the proposed theme;
- Relevance of the adopted bibliography;
- Theoretical and methodological adequacy;
- Clarity, cohesion and compliance with the formal requirements of scientific language.
Of the submitted papers will be selected up to 30 works to be published in the Proceedings of the Colloquium.
5. Funding of travel costs and accommodation
Authors are invited to request to Universities subventions to fund their participation costs. Participants at the Colloquium that have their works/papers selected by the Scientific Committee may request, to the Organizing Committee, aid for expenses of lodging, meals and transportation. To do so, they must send a statement of the institution or the development agency attesting the unavailability of funds to finance their participation on the Colloquium. The Commission shall decide by total or partial financing of the expenditure required, depending on availability of resources.
6. Publication of papers
Accepted papers presented during the Colloquium will be published in online Proceedings available from 1st May, 2011 on http://www.mejor.com.br/ and on http://www.surlejournalisme.com/. In addition, a revised version of the 15 best papers, following the judgment of the scientific committee, could integrate a publication in Portuguese (book or journal), scheduled for the second semester of 2011.