domingo, 7 de março de 2010

JOSÉ-MANUEL NOBRE-CORREIA E JOSÉ QUEIRÓS DISCUTEM O JORNALISMO

O primeiro, Nobre-Correia, em texto hoje publicado no Jornal de Notícias, propõe o repensar do jornalismo. Escreve ele: "Assistimos assim à eclosão de um jornalismo exaltado que funciona permanente numa lógica de conflito. De clã contra clã. De chefe contra chefe. Vendo nestas confrontações duelos puramente interesseiros, calculistas, alheios aos mais elementares princípios da deontologia e da ética. E por detrás dos contendores, escuras manobras, conspirações e conjuras. Tratando a actualidade política em termos de competição, como luta de ambições e de pessoas, o "novo jornalismo português" esquece que a vida política é feita de projectos, de programas, de políticas públicas. Matérias que deveriam naturalmente suscitar estudos, inquéritos, reportagens, perspectivações, análises e comentários".

Já José Queirós estreia-se na qualidade de provedor do jornal Público, a quem saúdo. Começando por indicar que não possui credenciais académicas, currículo de estudo e ensino de saberes específicos de jornalismo e da sua deontologia, mas 30 anos de profissão em O Primeiro de Janeiro, Expresso, Público e Jornal de Notícias, ele indica que zelará pelos critérios do jornalismo de qualidade e de referência. Assinala igualmente o seu respeito pela imprensa de cunho ideológico marcado, apesar da pouca tradição na história recente de Portugal. Estatuto editorial e livro de estilo do jornal são dois faróis de conduta do novo provedor. O leitor espera isso.


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