A memória histórica quer dizer recuperação, interpretação ou reconciliação. Ela trabalha sobre os factos narrados e interpretados de geração para geração. Mas a escola e os media têm também essa função. Ora, a memória, como entidade selectiva, elege acontecimentos e esquece ou omite outros. Trata-se de um esforço permanente de reequilíbrio e de recuperação. A memória histórica procura desfazer os valores e os mitos dominantes, dá igualmente primazia às perspectivas alternativas e posições minoritárias, contestando mesmo posições dominantes e procurando o que dizem os vencidos ou os seus representantes. Este exercício pode ser doloroso, pondo em causa verdades estabelecidas há muito tempo.
No primeiro vídeo, o trabalho de Pierre Sorlin no congresso de Madrid; no segundo vídeo, as conclusões por um dos seus organizadores, José Carlos Rueda Laffond:
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