quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

À descoberta de Virgínia Quaresma (1882-1973)

Procurando informação sobre Vírgina Quaresma no motor de busca Sapo, encontram-se duas referências indirectas à jornalista. Uma delas, presente no blogue História e Ciência, de Sandra Cristina Almeida. Escrevendo sobre Maria Lamas, indica que esta, em 1920, "Vai trabalhar para a Agência Americana de Notícias (AAN), dirigida por Virgínia Quaresma, por intermédio de Maria Torres, viúva de Óscar Monteiro Torres".

A outra lê-se no sítio da Associação de Professores de História, em que João Esteves escreve sobre agremiações feministas. Lá vem Virgínia Quaresma, jornalista da Alma Feminina (anos 1907 e 1908).

Mas ficamos mais elucidados com a leitura da impressiva entrevista concedida por Maria Augusta Seixas a Carla Baptista no último número da JJ, como registei aqui ontem. A jornalista da RTP escreveu uma tese de mestrado sobre Virgínia Quaresma, na Universidade de Coimbra, e prepara-se para a editar na MinervaCoimbra, em colecção dirigida por Mário Mesquita.

Diz Augusta Seixas: "A Virgínia escreve muito bem, com uma grande fluência, com um registo muito factual. Os relatos dela de crimes, por exemplo, são verdadeiros guiões para filmes. Está lá tudo. Só falta mesmo o cheiro. [...] Eu sustento que a Virgínia foi uma jornalista que, na época, muito contribuiu para lhe dar consistência, fazendo da reportagem um género nobre".

A revista JJ traz, na página 39, fotografias da jornalista Virgínia Quaresma. Como eu gostaria de as reproduzir. Fico à espero do livro.

Observação escrita em 13.7.2014: existe na Biblioteca Nacional uma cópia da dissertação de mestrado de Augusta Seixas: Virgínia Quaresma (1882-1973: a primeira jornalista portuguesa (cota: P. 20759 V.).

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