No caderno "Actual" do Expresso de ontem, Jorge Martins, do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), falou sobre públicos de cultura.
Segundo a entrevista, o Observatório de Actividades Culturais (OAC) irá "desenvolver um plano periódico de audição", após análise com editores e livreiros. A estratégia do responsável do IPLB - não presente na última feira do livro em Frankfurt - é "criar públicos, o que pode significar, por exemplo, roubar públicos aos outros media, o que não significa canibalizar os outros media. A televisão pode fazer muitíssimo pelo desenvolvimento da leitura em Portugal. Os jornais já o fazem". O entrevistado lembra campanhas de outros países. Na Alemanha, foi lançada uma campanha recente com o slogan Choca os teus pais. Lê um livro; em Espanha está a haver o incentivo de ler nos transportes públicos, com o patrocínio dos transportadores.
Para Jorge Martins, aumentar públicos do livro é um desígnio nacional comum. Eu ficar-me-ia com uma palavra mais simples, a da prática da leitura como importante para o conhecimento. Fico à espera do que o responsável da área vai fazer especificamente.
1 comentário:
Na mesma entrevista: «Em termos de números, o IPLB anda a fazer há uns anos o levantamento das livrarias em Portugal. Até agora só contabilizou 500. (...).» O inacreditável não é só haver 500, mas sim a naturalidade com que se declara que a tarefa corre «há uns anos» ... Quantos mais serão precisos para um recenseamento completo?
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