sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

PLANO TECNOLÓGICO

Escrevi aqui, há pouco tempo, sobre o plano tecnológico anunciado pelo Governo, pela razão única de ele contemplar as indústrias criativas. Mas lendo os jornais de hoje, e fixando-me na fotografia de capa do Diário de Notícias, mostrando um Primeiro-Ministro com evidente má disposição, sobre um destaque em que se escreve ter sido indicado um terceiro dirigente para o plano tecnológico, não posso dispensar a semiótica para compreender a ligação entre texto e imagem (de Nuno Fox).

José Tavares demitiu-se o mês passado. Miguel Lebre de Freitas mal se aguentou umas escassas semanas. Ambos tinham sido apresentados como especialistas de renome na área. Agora, o nomeado é Carlos Zorrinho, militante do partido do poder. O plano tecnológico perde a assunção de estratégia global para passar a ser um instrumento do poder central, possivelmente de carácter propagandístico. Isto não é mau?

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