terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

COMUNICAÇÃO DE CRISE

A 11 e 12 de Novembro de 2004, a Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra (Pamplona, Espanha) debatia os acontecimentos trágicos do 11 de Março desse ano - atentados terroristas em Madrid contra comboios, de que resultou a perda de cerca de 200 vidas humanas. O acontecimento ocorreria em vésperas de eleições legislativas em Espanha, levando a uma maior dramatização política.

O livro agora publicado - La comunicación en situaciones de crisis: del 11-M al 14-M, editado por A. Vara, J. R. Virgili, E. Giménez e M. Díaz, pela EUNSA (Edições da Universidade de Navarra) - dá conta da multiplicidade de comunicações então apresentadas, muitas delas em torno do tema principal: os atentados terroristas e as eleições legislativas. Em fundo, a análise ao trabalho informativo durante os quatro dias que mediaram entre um e outro acontecimento.

Diz o texto de apresentação: "Manipulação informativa, sectarismo editorial, ocultação de dados e mentiras, incluindo agit-prop, são algumas das acusações que receberam e/ou dirigiram entre si os profissionais dos meios de comunicação espanhóis". E, logo à frente, o texto refere a imprudência de mostrar primeiros planos de cadáveres ou feridos, para preservar a identidade e a intimidade e evitar a espectacularização, bem como a importância de retirar da grelha desses dias uma programação mais frívola. O requisito da objectividade e da neutralidade pediriam, o que não aconteceu, cautela quanto à publicação de rumores ou notícias não suficientemente indagadas.

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