Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
O SOM DOS DISCOS
O ponto de partida é o último disco dos Radiohead. Vítor Belanciano (Público de hoje) considera que o som do mp3 é pior que o do CD e este pior do que o vinil. A compressão elimina frequências.
O texto faz um pouco da história da gravação musical, dos discos em cilindro ao vinil, da cassete ao CD e ao mp3. E aponta a discussão sempre que há um novo formato, com os conservadores a elogiarem o som antigo. Mas, com o mp3, chegada definitiva e irreversível ao digital, há uma unanimidade de perda de qualidade. Fala-se mesmo da morte da alta fidelidade, com o jornalista a recorrer à opinião de diversos especialistas.
Aconselho a leitura completa do artigo.
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5 comentários:
O MP3 é um formato digital comprimido . Se a taxa de compressão for igual ou superior a 1 obviamente perdem-se detalhes (frequências). Sem entrar em grandes detalhes e simplificando um pouco tipicamente são os baixos a sofrer, isto porque os algoritmos funcionam eliminando redundâncias e logo tendem a aumentar as frequências de variação mais elevadas (agudos) e eliminar as mais baixas (graves). Porém com MP3 codificados a 360kbps a perda de informação é praticamente nula. Aliás não fosse o ruído típico do vinil desafiava esses puristas a um teste cego ... um MP3 reproduzido num bom amplificador digital com boas colunas é indiferenciável de um CD e só diferenciável do vinil porque ...
Rogério,
O texto fará sentido, mas apenas durante mais algum tempo.
O Instituto Fraunhofer, responsável pelo MP3, acaba de anunciar um novo codec de compressão(o HD-AAC) que garante quase o dobro da qualidade sonora do CD.
Links:
http://www.iis.fraunhofer.de/EN/bf/amm/projects/lossless/index.jsp
http://www.macworld.com/article/131447/2008/01/hdaac.html
Melhores dias virão, por certo.
Um abraço,
Obrigado, Luís.
Só uma pequena minoria tem capacidade financeira para poder ter o proveito da audiofilia. Mais importante que isso é a qualidade da música (e não da forma como é reproduzida). Se puder ter qualidade de reprodução não a vou deitar fora, mas em muitos casos não é prático ou económicamente viável ter sistemas móveis de grande qualidade (sistemas de som no corro, sistemas móveis). Como ainda sou do tempo do rádio de pilhas roufenho, e do disco de vinil mal fabricado em Portugal (tenho discos prensados na Alemanha que tinham uma qualidade muito superior), o CD foi uma oportunidade de melhoria sonora real, e não me chateia nada o formato mp3.
Obrigado ao Fernando Vasconcelos e ao Mário pelos comentários úteis e pertinentes.
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