domingo, 25 de maio de 2008

APONTAMENTO SOBRE O ENSINO DO JORNALISMO


Pelo cálculo do Via Michelin, Vila Real dista do Barreiro 437 quilómetros (Portugal é um país pequeno). Contudo, o anúncio colocado no blogue Comunicamos, pertencente a um departamento ligado à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, considera Barreiro como ficando no estrangeiro, estranha forma de dizer que a distância entre o produtor da mensagem e o local de emprego é considerável.

Não sou favorável ao controlo dos conteúdos, mas basta haver bom senso para eliminar tais erros. Ninguém, absolutamente ninguém, lucra com estes erros infantis.

Já agora, sigo com atenção a produção de todo o conjunto de blogues
Comunicamos, excelente meio de colocar professores e alunos a trabalhar com novas ferramentas de comunicação. Um exemplo são os curtos vídeos colocados, como este. Há grandes potencialidades no seu uso, perspectivando a criação de televisões locais na internet. O grande obstáculo é o lado financeiro de tais projectos, possivelmente ultrapassado se associados com outros media mais clássicos como a imprensa e a rádio.

Um reparo, apesar da bondade das propostas feitas na área das ciências da comunicação daquela universidade: o Manual de Jornalismo Impresso tem, como bibliografia, apenas quatro referências: 1) Gradim, A. (s.d.). Manual de Jornalismo Livro de Estilo do Urbi et Orbi. Obtido de BOCC:
http://www.bocc.ubi.pt/, 2) Livro de Estilo Público (2ª ed.). (2005). Lisboa: Gradiva, 3) Sousa, J. P. (2001). Elementos de Jornalismo Impresso. Porto: BOCC (http://www.bocc.ubi.pt/), 4) Tuchman, G. (1993). A objectividade como ritual estratégico: uma análise das noções de objectividade dos jornalistas. In N. Traquina, Jornalismo: Questões Teóricas e Estórias (pp. 74-90). Lisboa: Vega. Não será de menos? A produção nacional, nomeadamente as colecções de livros da MinervaCoimbra, da Porto Editora e dos Livros Horizonte, não têm qualidade? Autores como Cristina Ponte, Joaquim Fidalgo, Manuel Pinto, Fernando Cascais, Estrela Serrano, Mário Mesquita não devem ser incluídos num manual deste tipo? Ou Michael Schudson ou Thomas Patterson? Formam-se estudantes num mínimo de informação? Não devem ser profissionais críticos?

Sem comentários: