sábado, 18 de julho de 2009

A SAGA DO CINEMA DE NOLLYWOOD


Primeiro foi Hollywood, mais recentemente Bollywood (cinema da Índia), agora é Nollywood (cinema da Nigéria, centrado na capital, Lagos). Luís Francisco, no Público de 5 de Julho último, conta os sucessos e os fracassos do cinema daquele país africano.

O volume de negócios do cinema nigeriano (mais de 200 milhões de euros) só é inferior ao indiano, em todo o mundo. Fazem-se quase dois mil filmes anuais, custando cada um 18 mil euros em média, com vendas de 20 a 30 mil DVD a um custo unitário de 5,5 ou 6,5 euros. Não há efeitos especiais nem cenários elaborados, os actores nem sempre decoram os seus papéis, os realizadores têm de acabar as filmagens ao fim de três ou quatro dias, mas formou-se um star system. As histórias cruzam temas de cultura popular, magia e religião, desafios da vida moderna, sida, direitos das mulheres.

O problema é que os filmes são feitos em vídeo, facilmente pirateados. Os contrafactores, na Nigéria ou na China, fazem baixar dramaticamente os preços dos DVD legais, no que pode levar à morte da fileira cinematográfica da Nigéria. A acrescentar a inexistência de salas de cinema, o que leva toda a produção directamente a passar no televisor ou no computador.

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