Surgem numerosos exemplos online do Pro-Am (profissional-amador), casos da wikipedia e do OhmyNews. Axel Bruns introduziu o conceito de "produser" (produtilizador), que combina, quando online, continuamente algum tipo de informação existente e produzida. A chave, em termos de uso dos media, é "não apenas, mas também": as pessoas consomem e produzem informação e comunicação enquanto ligadas a muitas outras envolvidas em práticas semelhantes. Chama-se a isso "reputação em rede", quando se geram discussão e comentários voluntários na Amazon (livros) ou YouTube (vídeos), com reconhecimento e um contrato eventual.
Mark Deuze sugere que a cultura de convergência tem lugar nos dois lados do espectro dos media – produção e consumo –, onde se dissolvem as distinções tradicionais, com relações pouco estáveis, temporárias e quase sempre imprevisíveis, como se vivéssemos numa cultura da remistura e do remisturável. É claro que a ideia de membro de uma audiência como potencial colega não é aceite por muitos profissionais dos media: as inovações tecnológicas e culturais nas indústrias dos media caminham a par da perda de empregos, da flexibilização do trabalho criativo e de uma concorrência mais intensa.
Mark Deuze (2009). "Convergence culture and media work". In Jenniffer Holt e Alisa Perren (eds.) Media Industries. History, theory, and method. Malden, MA, Oxford e West Sussex: Wiley-Blackwell, pp. 152-153
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