Rui Osório é cónego da paróquia de S. João Baptista da Foz do Douro (Porto) desde 2006, sucedendo ao padre Joaquim Fonseca. Vem deste mas foi Rui Osório quem se dedicou exemplarmente ao restauro das obras religiosas da paróquia, nomeadamente a igreja começada a construir entre 1709 e 1712 e concluída em 1736. Escreve o cónego e autor do livro Tesouro Barroco da Foz do Douro (2010, edição da Paróquia de S. João Baptista da Foz do Douro) que a igreja barroca "deveria ser mais visitada no circuito turístico do Porto e obrigatoriamente referida [...]. Passam por ali muitos turistas, nacionais e estrangeiros, que desconhecem esse notável e deslumbrante tempo barroco" (p. 58).
O livro fala do Porto, da zona da foz do rio Douro, onde está implantada a igreja barroca, de Raul Brandão e os seus textos sobre aquela zona, da presença beneditina e da ordem de S. Bento, da igreja de S. João Baptista, da sua talha esplendorosa, dos diferentes padroeiros, das capelas da paróquia e da acção social e da dinamização paroquial. O livro, além do texto muito bem trabalhado e documentado, tem fotografias de Pereira de Sousa, no que constitui um belo livro-álbum.
Fico-me com uma parcela da introdução de Rui Osório: "A preservação e a promoção do património artístico, do asseio ao restauro, a par da cuidada animação litúrgica até à singeleza dos arranjos florais, passando pela valorização dos sinais e dos símbolos, na sua estética e na sua espiritualidade, são uma excelente pedagogia pastoral" (p. 7).
Rui Osório foi jornalista do Jornal de Notícias, Porto, entre 1977 e 2005. Foi ainda seu editor, chefe de redacção e secretário-geral. Segundo notícia do jornal onde trabalhou, a 26 de Outubro de 2005: "Assinou pequenas e grandes reportagens, imensos textos de opinião, simples notícias. Esteve, por exemplo, em Cavez, Cabeceiras de Basto, naquela noite trágica de 28 de Dezembro de 1981, quando um deslizamento de terras levou à sua frente um café e 30 vidas; esteve no Vaticano, em Outubro de 1978 e em Abril deste ano, a cobrir os conclaves que elegeram João Paulo II e Bento XVI". O agora cónego da Foz do Douro tirou licenciatura de jornalismo na Universidade de Navarra e, em 1969, liderou o grupo fundador de a Voz Portucalense, de que foi chefe de Redacção. Rui Osório foi ordenado padre em 1966. A opção que então tomou pelo jornalismo profissional, uma novidade à época, fez-se em consonância com o bispo da diocese do Porto, D. António Ferreira Gomes.
[um obrigado a Joaquim Armindo Almeida por me ter dado a conhecer o livro e um agradecimento a Rui Osório pela dedicatória. O vídeo aqui presente foi feito por mim durante a festa da Senhora da Luz, a 10 de Setembro de 2006, na igreja de S. João Baptista]
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