Foi em Abril deste ano que se comemoraram os cem anos da construção da Gran Vía, Madrid. Em 1910, foram demolidos cerca de 300 edifícios de um conjunto de ruas quase medievais, com a função de abrir o tráfego ao novo veículo - o automóvel. Mas logo depois a Gran Vía assumiria outras funções, a de símbolo de elevado estatuto, escreve Andreia Marques Pereira no Público ("Fugas") de 11 de Setembro de 2010. A Gran Vía, com edifícios de art déco, modernismo, racionalismo, tornou-se local de joalharias e hóteis, sede da Telefonica entre outras grandes empresas e cafetarias como a Zahara, desaparecida no final de Janeiro de 2010 (em 2014, com a lei Boyer ficam revogados todos os contratos de arrendamento, mesmo a entidades que tenham as suas actividades desde há décadas, o que levou os proprietários da cafetaria a fecharem as portas) [a imagem seguinte à esquerda mostra um aspecto do interior da cafetaria quando em funcionamento, a da direita o painel de obras da loja Pull & Bear, que vai ocupar o espaço; o vídeo, no final da mensagem, foi feito em Junho de 2006, dentro da Zahara, na altura da marcação de penalties em que a equipa de Portugal ganhou à Inglaterra no mundial de futebol]. A praça do Callao, mais ou menos a meio da grande avenida, ainda mantém o lado de Hollywood, agora com muitos menos cinemas (casos do Avenida e do Palácio da Música, também fechado recentemente), mas com os seus teatros de musical. A Gran Vía passa, assim, por uma grande transformação, com lojas de roupa e hamburguerias.
Sem comentários:
Enviar um comentário