Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
terça-feira, 19 de abril de 2011
PEGADA
M. (admitamos ser esse o seu verdadeiro nome) comprou uma mobília escandinava adequada à dimensão da sua cozinha, com os equipamentos encastrados. Ficou tudo brilhante, com M. contente e a fazer a publicidade correspondente. Havia até espaço para remédios, ímans no frigorífico, lembretes próprios e recados para a família. O tempo foi acrescentando objectos, frascos de compota, documentos para fazer um livro de culinária, recordações de locais visitados. Nos tempos livres, M. pinta a óleo. Um dia, pôs a loiça na máquina de lavar e, depois da lavagem, abriu a porta e deixou exposta a loiça. Ficou uma instalação. Agora, há visitas guiadas à cozinha.
"a mulher sem meter o pé faz pegada" é uma variante de "a mulher, sem pôr o pé faz pegada".
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