Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Teorias da Comunicação (1)
A Universidade de Twente tem recursos sobre teorias da comunicação que venho aproveitando. Isto é: tem uma síntese e fornece uma lista de leituras, com o resto a ser feito pelo investigador. Baseado nesses recursos, trago uma série de teorias a descobrir (ou a recordar), e que em muitas condições estabelecem pontes com as indústrias culturais.
A primeira é a teoria e a análise de redes, com J. A. Barnes a ser creditado por ter cunhado a noção de redes sociais, em Class and Committees in a Norwegian Island Parish (1954). A análise da rede (teoria das redes sociais) é o estudo de como a estrutura social de relações em torno do indivíduo, grupo ou organização afeta as crenças ou comportamentos. Pressões ocasionais são inerentes na estrutura social. A análise da rede é o conjunto de métodos de deteção e medição do valor dessas pressões.
Nas ciências da comunicação, há unidades sociais a observar: indivíduos, grupos ou organizações e sociedades que se interligam em fluxos ou trocas de comunicação. Exemplo - o lugar que os empregados ocupam numa organização influencia o modo como se expõem e controlam a informação. Isto ajuda a compreender os motivos porque os empregados ou colaboradores de uma organização atuam ou desenvolvem determinadas atitudes dentro e face à sua organização, numa espécie de teoria do contágio. As técnicas de análise de rede focam-se na estrutura de comunicação da organização estudada, nos modelos informais e formais de comunicação e na identificação de grupos dentro da organização (grupos de colegas, grupos de funções), determinando a posição do indivíduo dentro do grupo (estrelas, controladores, isolados).