No ano que agora finda, David Hesmondhalgh editou o livro Why Music Matters. Logo no início do texto, partindo da ideia que a música é uma experiência individual e privada mas também pública e colectiva, ele informa que escreve sobre o valor social da música e explora as relações entre esta, a história, a sociedade e o eu (indivíduo), através de uma perspectiva crítica.
Ele adopta um duplo critério, vantajoso na minha leitura. Por um lado, entende haver uma ênfase exagerada da liberdade individual no uso da música e uma redução do pensamento ligado a problemas sociais como a desigualdade e o sofrimento (p. 6). Por outro lado, afasta-se da mitologização da cultura do rock enquanto contrapoder político e libertação, género o rock da década de 1950 causou um movimento de contestação tão forte que a geração da década de 1960 operou uma mudança política (p. 143). Esta leitura, prossegue, identifica o punk, o rave, o grunge e o hip hop como novos movimentos de contestação. Sim, conclui Hesmondhalgh, o rock foi socialmente importante na vida de milhões de pessoas, mas os jornalistas conservadores, os políticos mais velhos, os presidentes e os reitores das universidades também tiveram as suas bandas de rock preferidas - e o mundo continua semelhante.
O centro do livro é o período pós-1945, o que o leva a examinar géneros populares como o pop e o rock mas igualmente os estilos de música negra como o soul, o R&B e o hip hop. Diferentes géneros musicais envolvem diferentes configurações de emoção e sentimentos, visíveis quer na música quer na letra das canções.
David Hesmondhalgh é professor de Media e Indústrias Musicais na Universidade de Leeds. Ele é o autor de Cultural Industries, agora na terceira edição - um livro que funcionou como uma espécie de inspiração directa para o meu blogue, e sobre o qual já falei aqui diversas vezes - mas também escreveu Creative Labour (2011, com Sarah Baker), Popular Music Studies (2002, com Keith Negus), Western Music and its Others (2000, com Georgina Born) e a série de cinco volumes editados pela Open University Press sob a designação genérica de Understanding Media, em parceria com diversos investigadores e docentes dos media e das indústrias culturais.
Leitura: David Hesmondhalgh (2013). Why Music Matters.West Sussex: Wiley Blackwell, 198 p.
Ele adopta um duplo critério, vantajoso na minha leitura. Por um lado, entende haver uma ênfase exagerada da liberdade individual no uso da música e uma redução do pensamento ligado a problemas sociais como a desigualdade e o sofrimento (p. 6). Por outro lado, afasta-se da mitologização da cultura do rock enquanto contrapoder político e libertação, género o rock da década de 1950 causou um movimento de contestação tão forte que a geração da década de 1960 operou uma mudança política (p. 143). Esta leitura, prossegue, identifica o punk, o rave, o grunge e o hip hop como novos movimentos de contestação. Sim, conclui Hesmondhalgh, o rock foi socialmente importante na vida de milhões de pessoas, mas os jornalistas conservadores, os políticos mais velhos, os presidentes e os reitores das universidades também tiveram as suas bandas de rock preferidas - e o mundo continua semelhante.
O centro do livro é o período pós-1945, o que o leva a examinar géneros populares como o pop e o rock mas igualmente os estilos de música negra como o soul, o R&B e o hip hop. Diferentes géneros musicais envolvem diferentes configurações de emoção e sentimentos, visíveis quer na música quer na letra das canções.
David Hesmondhalgh é professor de Media e Indústrias Musicais na Universidade de Leeds. Ele é o autor de Cultural Industries, agora na terceira edição - um livro que funcionou como uma espécie de inspiração directa para o meu blogue, e sobre o qual já falei aqui diversas vezes - mas também escreveu Creative Labour (2011, com Sarah Baker), Popular Music Studies (2002, com Keith Negus), Western Music and its Others (2000, com Georgina Born) e a série de cinco volumes editados pela Open University Press sob a designação genérica de Understanding Media, em parceria com diversos investigadores e docentes dos media e das indústrias culturais.
Leitura: David Hesmondhalgh (2013). Why Music Matters.West Sussex: Wiley Blackwell, 198 p.