sábado, 15 de fevereiro de 2014

Mercado de Campo de Ourique

Há "novos espaços de comida do renovado Mercado de Campo de Ourique: das ostras com champanhe aos hambúrgueres e petiscos, passando por pratos mais elaborados em versão mercado", escreveu Alexandra Prado Coelho (Público) em 29 de novembro de 2013. E há muita gente ali. Dá para almoçar, tomar café, comprar legumes, peixe e doces, sentir diversos aromas - e ver o Miguel Sousa Tavares, ele mesmo ao vivo, com aquele ar de aborrecido permanente que ostenta. O mercado renovado lembrou-me o mercado perto do Callao em Madrid, mas melhor, de fusão, como me disseram, onde o clássico mercado de produtos se junta ao gourmet e à cozinha pós-moderna. E muito diferente do mercado do Bom Sucesso (Porto), que me parece mal desenhado para ter êxito.

O meu desejo é que o mercado do Bolhão (Porto) siga o exemplo de Campo de Ourique. Só assim é que eu considero justo que o Porto mereça ter sido escolhido como melhor destino europeu, como classificou o European Best Destination promovido pela European Consumers Choice para 2014. E o mesmo desejo também para o Mercado 31 de Janeiro, ali ao Saldanha (Lisboa), um sítio tão central e cosmopolita - mas tão feio e inóspito. O ideal seria montar um mercado gourmet junto às bancas dos legumes e da fruta e das escassas lojas laterais e trazer as bancas de peixe para o rés-do-chão, dentro da ideia de fusão de conceitos como o de Campo de Ourique. E, no andar de cima, ter uma biblioteca com wi-fi e uma cafetaria e criar um espaço para espetáculos, performances e outras atividades culturais.

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