sábado, 1 de março de 2014

Como Queiram

Não vira no teatro de S. Luís, Como Queiram, de William Shakespeare (1599 ou 1600), encenado por Beatriz Batarda. Por uma grande sorte, apareceram os bilhetes que queríamos no teatro Carlos Alberto. Foi um consolo para o espírito estar naquela sala. Há um centro, Rosalinda (interpretada por Carla Maciel), mas outros centros luzem no palco: Orlando (Nuno Lopes) e Tocaspartes (Luísa Cruz), um bobo da corte que irradia ironia e alegria.

Como comédia, a peça acabaria por um conjunto de casamentos. O tradutor da peça, Daniel Jonas entende que isso parece apressar o final da peça, pois algumas narrativas pessoais ainda não tinham sido resolvidas. Na realidade, o pai de Rosalinda, que obrigara ao exílio o pai de Célia (Sara Carinhas) e esta, o que levou a prima Rosalinda também a refugiar-se na floresta, aceita a nova situação sem se entender a razão da sua mudança profunda de opinião. Mas a peça dura cerca de três horas! E, no final da representação, é visível o cansaço dos artistas. A felicidade destes é verem uma plateia cheia, jovem e entusiasta.

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